UFMG.0307 - Procedimentos para Recuperação Das Estruturas de Concreto

PROCEDIMENTOS PARA
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS

DE CONCRETO
UFMG
Curso de especialização em Engenharia Civil
Prof: José Eduardo de Aguiar
recuperacao@recuperacao.com.br
(31) 3297-8964
Desempenho X Tempo

2 Prof: José Eduardo de Aguiar
O equilíbrio na prática
Cargas Atuantes
Mecânica Física Química/Biológicas
Projeto Materiais Mão-de-obra

Capacidade de Suporte
Tipo básico de falha de equilíbrio
Expectativa incorreta de carga

Tipo básico de falha de equilíbrio
Capacidade inadequada de suporte

Fluxograma das atividades para reparos
Identificação dos problemas
Inspeção detalhada
Projeto de recuperação,
reforço e proteção
Intervenção
Inspeção de rotina

Inspeção detalhada - Normas
• NBR 9452 (Ago/1986)

Vistorias de pontes e viadutos de concreto
• DNIT publicação IPR-709 (Dez/2004)

Manual de inspeção de pontes rodoviárias
• FHWA (Federal Highway Administration);
• AASHTO (American Association of State
Highway and Transportation Officials).

Levantamento das Cadastramento das

Ensaios
informações patologias
Ficha de descrição e antecedentes
• Características da estrutura;
• Uso da estrutura;
• Data da construção;
• Histórico da vida em serviço;
• Característica do meio ambiente.

Inspeção detalhada – Sequência
Pista e elementos do estrado
As de juntas de dilatação, passeios e guarda-corpos,
dispositivos de drenagem, sinalização, barreiras e gabarito
horizontal.

Elementos da superestrutura
Aparelhos de apoio, vigamento principal, vigamento
secundário, laje, balanços extremos e balanços laterais.

Elementos da infraestrutura
Encontros, proteção de taludes, pilares, gabaritos vertical,
proteção dos pilares, fundações e cortinas.


Ensaios
CRATE - SISTEMA DE RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA PARA TERMOELÉTRICA
TORRE DE RESFRIAMENTO
1,20
JUNTAS DE CONCRETAGEM
1,50
,67
18
3,00
0,20
8,028
0,50
1,50
0
1,5
0,30 0
0,5
39,12
0 0,15
0,3
0,8
0
1,26
2,00
0
0,5
3,28 3,22 3,28 3,28 3,22 3,28 3,28 3,22 3,28 3,28 3,22 3,28 1,0
0
3,0
0
3,5
4,525
3,5
2,0
0
2,0
1,0
0
7,5
5,0
1,5
0
0
0
8,028
1,00
3,5
1,0
0
0
3,0
1,00
0
0
0,3
1,0
1,0
0
2,0 0,4
0
3
1,9
0
0,30
2,00 0
0 0,3
0,80 0,3 5
3,50 3 3,3
0,30 1,9
0,60
1,70 0
0,3
0
0,4
5
6,8
0,60
0,80
3,00
0,50
0
1,8
0,50
0,50
1,50
ARMADURA EXPOSTA
3,00
3,50
3,00
ARMADURA EXPOSTA COM

PERDA DE SEÇÃO
1,80
1,80
0,60
6, JUNTA DE CONCRETAGEM/
67
FISSURA
0,60
1,50
1,00
0,50
INFILTRAÇÃO
5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 7,00
URGENCIAMENTO
Cadastramento das patologias
Principais parâmetros a serem considerados
Estrutural: aspectos relacionados com a segurança

estrutural, sua estabilidade e capacidade
portante.
Funcional: aspectos relacionados com a segurança e

conforto dos usuários.
Durabilidade: aspectos relacionados com a vida útil da

estrutura, mantendo-se íntegra.

Principais aspectos a serem observados
Parâmetro de estabilidade
 Peças estruturais deslocadas ou desalinhadas;
 Transversinas ou longarinas mal apoiadas em pilares;
 Trincas junto aos apoios ou aparelhos rompidos;
 Impactos com ruptura de armadura passiva ou ativa;
 Deformações excessivas;
 Fissuração sistemática;
 Falhas de concretagem em pontos de alta tensão de
compressão;
 Deslizamento de taludes ou outras anomalias que
possam comprometer as fundações.
Aparelhos de apoios móveis (metálicos)
Rolo simples
Aparelhos de apoios móveis (elastoméricos)
Neoprene fretado
CHAPA DE AÇO ELASTÔMERO

 Exposição e oxidação das chapas de aço;

 Falta de contato pleno das faces superior e inferior;
 Deslocamento do aparelho de apoio;
 Presença de óleos nocivos ao elastômero;
 Movimentações em desacordo com o projeto.
Aparelhos de apoios móveis (elastoméricos)
Corpos de prova em teste de distorção

Peças estruturais deslocadas

Movimentações acima da normalidade

Elementos mal apoiados em pilares

Trinca junto aos apoios

Falhas em pontos de alta compressão

Erosão afetando as fundações

Impactos com ruptura de armaduras

Fundações expostas

Parâmetro de funcionalidade
 Juntas de dilatação e cabeceiras causando
solavanco brusco e impacto na estrutura;
 Formação de lâmina d’água possibilitando
derrapagem ou aquaplanagem;
 Falta de sinalização de gabarito inadequado;
 Falta de dispositivos de proteção em peças
estruturais sujeitas à impactos;
 Falta de guarda corpo;
 Falta de defensas rígidas;
 Buracos na pista.

Buracos no pavimento

Falta de sinalização de gabarito inadequado

Falta de elementos de proteção

Juntas de dilatação com solavancos

Problemas na junta de dilatação
Tração
Compressão
Rotação

Parâmetro de durabilidade
 Estado de fissuração inaceitável;
 Presença de águas nos caixões perdidos;
 Armadura protendida com água no interior das bainhas;
 Armadura (passiva ou ativa) exposta a alto grau de corrosão;
 Destacamento de concreto por corrosão;
 Ausência de pingadeiras;
 Existência de falhas concretagem;
 Degradação por incêndio;
 Reação álcali-agregado.
Armadura exposta com corrosão

Estado de fissuração inaceitável

Presença de água nos caixões perdidos

Presença de entulho nos caixões perdidos

Ausência de pingadeiras

Falhas de concretagem

Lixiviação

Degradação por fogo

Falta vedação de junta de dilatação

Reação álcali-agregado

Equipamentos de inspeção e acesso

 Binóculo;
 Telescópios;
 Escadas telescópicas;
 Andaimes apoiados ou suspensos;
 Plataformas apoiadas em barcos;
 Caminhão tipo Munck com braços articulados;
 Plataformas especiais de inspeção em pontes;

Abertura de caixão perdido

Inspeções sub-aquáticas

Inspeções em ambientes confinados

Caminhão tipo Munck com braço articulado

Braço telescópico

Plataforma especial de inspeção em pontes

Plataformas suspensas

Aparelhos óticos de aproximação


Ensaios
Ensaios para avaliação do concreto
Extração de corpos de prova

Localização de
armaduras e medição
da espessura da
camada de cobrimento

Avaliação da resistência superficial

Avaliação da resistência superficial

Medição das temperaturas por termografia
Câmera infra-vermelha

Ultra-sonografia


Permeabilidade de água
sob pressão

Inspeção em cabos protendidos

Potencial eletroquímico

Ensaios de laboratório (teor de cloretos e sulfatos)

Microscopia ótica
VAZIOS
ARGILA
CIMENTO QUARTZO
Aumento de 150 X (argamassa de 1910)

Deflectômetro
Edifício Palace I (RJ)

Medidor de fissuras (fissurômetro)

Medidor de movimentação de fissuras
S.A.T.
AVONGARD

Monitoramento por Extensometria Eletrônica

Aspersão de fenolftaleína

Percussão auscultativa

Projeto
Avaliação Procedimentos
Prioridade Planilha Fotos
estrutural executivos
• Análise das informações de campo;
• Análise dos resultados dos ensaios;
• Verificação analítica dos projetos estruturais;
• Diagnóstico com as causas prováveis das anomalias;
• Previsão de vida útil.

Projeto
Matriz de avaliação da estrutura

Nível de deterioração
INSIGNIFICANTE REGULAR GRANDE CRÍTICO
MUITO FORTE
1 ANO
Período de Monitoramento
Agressividade Ambiental
2 ANOS
FORTE
MODERADA
3 ANOS
Prioridade da Intervenção
I - em até 1 ano
4 ANOS
FRACA
II - de 1 a 2 anos
III - de 2 a 3 anos
IV - em até 4 anos
IV III II I
Prioridade de Intervenção
Projeto
• Especificações técnicas;
• Detalhes construtivos;
• Materiais utilizados.
Projeto: Reforço das estruturas
Alargamento de seção



Fixação de chapas de aço

(Fixação por ancoragem) Curso de especialização em Engenharia Civil

(Chumbador químico + adesivo)

Protensão externa

Protensão externa

Lajes Fibra de carbono
Pilar
Silos / Tanques
Vigas Curso de especialização em Engenharia Civil

Fibra de carbono

Projeto: Recuperação superficial
Anatomia de uma estrutura a ser recuperada

Localização das áreas

Remoção do concreto deteriorado

Delimitação da área

Limpeza da superfície

Limpeza da superfície

Complemento de armadura
Se o aço perdeu mais que 10% de sua seção,

geralmente é necessário o complemento

Fixação de armadura complementar

Fixação de armadura complementar
Comprimento de traspasse (L)
Armadura tracionada
Ø armadura Armadura comprimida 50 % de emendas na 100% de emendas na
mesma seção mesma seção
> 12,5 mm L ≥ 40ø L ≥ 40ø L ≥ 60ø
≤ 12,5 mm L ≥ 30ø L ≥ 30ø L ≥ 45ø

Preparo da superfície

Preparo da superfície

Mistura da argamassa de reparo
 Só utilizar sacos inteiros.

 Não aplicar argamassa depois de 30 minutos.
Execução do reparo superficial - até 5 cm
(argamassa polimérica)
Legenda
1. Pintura com Xypex
2. Limpeza da armadura
(máximo 12 horas)
3. Argamassa de reparo
4. Acabamento

Tratamento com cristalização profunda (Xypex)
5 cm de
profundidade
10 dias 30 dias

Aplicação de argamassa polimérica

Execução de reparos profundos com graute de cimento
Legenda
1. Xypex
2. Graute
3. Armadura limpa
(Máximo 12 horas)
4. Fôrma de madeira

Projeção de concreto ou argamassa

Cura com água ou produto químico

Projeto
Cliente:
Data:
PLANILHA ESTIMATIVA DE QUANTITATIVOS E CUSTOS Obra Serviço:
Localidade: Folha: 01 / 01
CÓDIGO DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNIDADE QUANTIDADE PREÇO UNITÁRIO (R$) VALOR TOTAL (R$)
1 Serviços de recuperação de estrutura
1.1 Limpeza das superfícies de concreto com jato de água sob pressão m² 1,00 2,00 2,00
1.2 Delimitação da área de reparo utilizando disco de corte (Makita) m 1,00 3,00 3,00
1.3 Apicoamento mecânico ou manual de concreto m² 1,00 4,00 4,00
1.4 Limpeza das armaduras m² 1,00 5,00 5,00
Aplicação de uma demão de pintura com material cristalizante de cimento (tipo Xypex) m² 6,00 6,00
1.5 1,00
no substrato - consumo = 0,8 Kg/m²
1.6 Preparo e aplicação de argamassa modificada com polímeros para reparos estruturais m² 1,00 7,00 7,00
1.7 Preparo e aplicação de graute não retrátil de alto desempenho m³ 1,00 8,00 8,00
1.8 Confecção e assentamento de forma de madeira m² 1,00 9,00 9,00

Projeto
Intervenção para os reparos
Procedimentos executivos mais utilizados

LIMPEZA GERAL DAS SUPERFÍCIES
Hidrojateamento de água sob pressão

Hidrojateamento de água sob pressão

Jateamento abrasivo de escória de cobre

Jateamento abrasivo de escória de cobre

LOCALIZAÇÃO DAS PATOLOGIAS

REMOÇÃO DE CONCRETO COMPROMETIDO






DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REPARO

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REPARO

COMPLEMENTO DA DEMOLIÇÃO

LIMPEZA DE ARMADURAS





COMPLEMENTO DE ARMADURAS



PINTURA DE ARMADURA (NÃO)

PREPARO DO SUBSTRATO

PINTURA COM CRISTALIZAÇÃO PROFUNDA
(XYPEX)

MISTURA DE ARGAMASSA POLIMÉRICA
(mínimo de 5 minutos)

APLICAÇÃO DE ARGAMASSA POLIMÉRICA






ACABAMENTO DA ARGAMASSA POLIMÉRICA
Sarrafear e desempenar logo após o “puxamento”

ACABAMENTO DA ARGAMASSA POLIMÉRICA

CURA DA ARGAMASSA POLIMÉRICA
(CURA QUÍMICA)

ASPECTO FINAL DA ARGAMASSA POLIMÉRICA

NÃO PODE HAVER TRINCAS

PREPARO DO GRAUTE EM BETONEIRA
Utilizar betoneira limpa, protegida de sol e chuva
Adicionar água
limpa aos poucos
Misturar 5 minutos
ADICIONAR ENTRE 30% A 50% DE PEDRISCOS

PREPARO DE GRAUTE
(PEQUENAS QUANTIDADES)
Utilizar recipiente limpo, protegido

de sol e chuva
Mistura manual ou mecânica (5

minutos)
Consistência uniforme, utilizar no

máximo em 30 minutos
UTILIZAR BALANÇA PARA AS DOSAGENS DE
CAMPO

TRANSPORTE DE GRAUTE

FÔRMA PARA O GRAUTE

FAZER CACHIMBO PARA O GRAUTE

VEDAÇÃO DA FÔRMA COM GESSO

VERTER GRAUTE FLÚIDO
 Não vibrar;
 Verificar possibilidade de
adicionar pedrisco.

DEFEITOS NO GRAUTE

NÃO PODE TER FALHAS E FISSURAS

APLICAÇÃO DE CONCRETO PROJETADO



ACABAMENTO DE CONCRETO PROJETADO

APLICAÇÃO DE ARGAMASSA PROJETADA

Tratamento de trincas – Injeções
Epóxi
Poliuretano
Microcimento
Gel de acrílico
Tratamento de trincas – Injeções
1 - Preparo da junta 2 - Furação dos bicos
3 - Vedação das juntas 4 - Injeção de microcimento

Tratamento de trincas – Grampeamento

Proteção da superfície das estruturas
Estuque
Hidrofugante
Reparo Mineral

Impregnação – Reparo mineral

Impregnação – Reparo mineral

Impregnação – Estuque artesanal

Impregnação – Estuque industrial
Substrato deve estar saturado
Espessura máxima deve ser 3 mm

Impregnação – Hidrofugante

Tinta acrílica
Tinta base óleo
Tinta epóxi
Tinta poliuretano
Pintura – Tinta à base óleo

Pintura – Tinta epóxi + poliuretano

Rebôco
Cerâmicas
Pedras artesanais
Fibras cerâmicas
Pisos anti-ácidos
Barreiras Espessas – Cerâmicas

Barreiras (térmica) – Fibras cerâmicas

Barreiras (anti-ácida) – Piso epóxi

Manta asfáltica
Manta elástica cimentícia

Membrana (à quente) - Manta asfáltica

Membrana (à frio) - Polimérica


Proteção – Borracha EPDM ou Neoprene

Pingadeiras

Proteção catódica

Reavaliação da Avaliação dos

Evolução das Registro de
matriz de materiais
patologias novas patologias urgenciamento utilizados
Obra realizada em
março de 2005

Inspeção realizada
em março de 2006

Constatação: Desprendimento de 30 módulos

Recomendação: Reposição imediata
Estudo de caso
Recuperação estrutural da Casa dos Glendons

Rede de fissuras em pilar

Segregação e fissuras em pilares

Fissuras nas vigas de cintamento

Deformação da viga de cintamento e da alvenaria

Descolamento da alvenaria no encontro do concreto

Síntese das patologias
• Deformação e fissuras verticais nas vigas de cintamento

de concreto armado;
• Deformação, fissuras e descolamento da alvenaria em

alguns painéis;
• Fissuras e segregação em pilares.

Abertura de poço de visita

Inspeção detalhada – Ensaios
Medição da camada de cobrimento

Medição da camada de cobrimento
Local Medidas 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª Média Mínima
Parede 4 34 38 41 40 39 38,4 34
Parede 5 22 33 38 31 30 30,8 22
Parede 3 32 29 30 42 32 33,0 29
Parede 6 24 32 38 46 31 34,2 24
Parede 6 25 28 34 43 32 32,4 25
Parede 6 31 28 30 32 30 30,2 28
Pilar 11 42 38 31 29 30 34,0 29
Pilar 10 48 36 29 25 32 34,0 25
Pilar 9 40 37 50 55 46 45,6 37
Pilar 6 62 71 75 58 60 65,2 58
Pilar 5 80 75 75 60 58 69,6 58
Pilar 1 80 68 60 72 56 67,2 56

Extração de corpos de prova (3 unidades)

Medição da profundidade de carbonatação
Diâmetro Comprimento Carbonatação

CP Localização Constatações
(mm) (mm) (mm)
Presença de
Parede 6
1 100 150 25 armadura sem
(entre P1 e P5)
corrosão
Nenhuma
2 Pilar 1 40 100 30
anormalidade
Nenhuma
3 Parede 1 40 150 45 anormalidade

Resistência à compressão
CP Localização Resistência à compressão (MPa)
1 CP1 30,0
2 CP2 29,0
3 CP3 31,0

Projeto – Diagnóstico estrutural
Avaliação do concreto
A resistência à compressão média apurada foi de 30 MPa, superior à prevista
em projeto, que era de 15 MPa.
A partir dos ensaios para verificação das espessuras de cobrimento das

armaduras, pode-se concluir que os cobrimentos dos pilares, dentro da amostragem
utilizada, estão, em geral, com as espessuras razoáveis, dentro da recomendação da
NBR 6118:2003, que preconiza cobrimento de pelo menos 40 mm para vigas e pilares
na classe III de agressividade ambiental. As medidas nas paredes apresentam valores
médios de 30 mm, um pouco abaixo do recomendado.
Os concretos dos corpos-de-prova apresentam-se compactos, sendo que as

medições das profundidades de carbonatação apresentaram resultados dispersos,
variando entre 25 mm a 45 mm, indicando que não houve boa homogeneidade no
lançamento e adensamento do concreto. As medições feitas com fenolftaleína indicam
que a frente de carbonatação ainda não está atingindo o alinhamento principal das
armaduras, ou seja, a vida útil de projeto ainda está preservada nas áreas íntegras, uma
vez que a camada passivante ainda não foi dissolvida.

Previsão de vida útil
Consideramos um tempo de exposição de 20 anos, um cobrimento
médio das armaduras de 32 mm e a carbonatação com 25 mm. Com
estas informações verificamos que a previsão de vida útil é de 32 anos,
ou seja, a frente de carbonatação deverá atingir o alinhamento
principal das armaduras das paredes em 2018, iniciando o processo
corrosivo.
Previsibilidade profundidade de carbonatação (REC 0)
35
Profundidade (mm)
30
25
20
15
10
5
0
- 5 10 15 20 25 30 35
tempo (anos)

Avaliação das deformações

A estabilidade estrutural das paredes está comprometida pela
deformação excessiva causada pela expansão da escória que
foi utilizada para preenchimento dos vazios abaixo da laje de
piso.
A pressão resultante da expansão da escória foi muito grande,

provocando uma deformação significativa nos elementos de
concreto armado. Como conseqüências surgiram fissuras no
concreto e nos painéis de alvenaria que acompanharam a
deformação das paredes.
As deformações podem continuar, pois não há certeza de que o

processo de expansão da escória já esteja estabilizado.
Avaliação das demais patologias
Além das fissuras nas vigas de cintamento, foram verificadas outras
anomalias na estrutura de concreto armado.
A verificação de cargas indica que não há correlação das fissuras com

alguma deficiência estrutural, como esmagamento ou deformação do
elemento. A causa mais provável é corrosão das armaduras provocada
por alguma falha no transcorrer da vida em serviço do elemento.
Foram identificados outros pontos com patologias localizadas, como

destacamentos de concreto, segregação e armaduras expostas. Estas
anomalias ocorreram devido à falhas pontuais no lançamento e
adensamento do concreto. Devemos realçar a situação da base do
pilar 11, que apresenta sérias patologias, com significativa perda de
seção de concreto.

Projeto – Matriz de avaliação estrutural
Prioridade da Intervenção
I - em até 1 ano
II - de 1 a 2 anos
III - de 2 a 3 anos
IV - em até 4 anos

Projeto – Procedimentos executivos
Síntese das terapias
•Selar as fissuras das vigas de cintamento de concreto com argamassa
polimérica;
•Reforçar a face externa das paredes com chapas de aço coladas;
•Demolir e constituir os painéis de alvenaria danificados;
•Reforçar o encontro pilar/alvenaria com tela eletro-soldadas;
•Tratar de forma localizada as áreas com segregação, destacamentos
e armaduras expostas dos elementos de concreto com graute ou
argamassa polimérica;
•Proteger as superfícies externas de concreto com pintura de reparo
mineral.


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Projeto Materiais Mão-de-obra

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Projeto Materiais Mão-de-obra

Identificação dos problemas

Curso de especialização em Engenharia Civil

• NBR 9452 (Ago/1986)

• DNIT publicação IPR-709 (Dez/2004)

Curso de especialização em Engenharia Civil

Levantamento das Cadastramento das

Ficha de descrição e antecedentes

Curso de especialização em Engenharia Civil

Curso de especialização em Engenharia Civil

Curso de especialização em Engenharia Civil

Curso de especialização em Engenharia Civil

Levantamento das Cadastramento das

ARMADURA EXPOSTA COM

Estrutural: aspectos relacionados com a segurança

Funcional: aspectos relacionados com a segurança e

Durabilidade: aspectos relacionados com a vida útil da

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CHAPA DE AÇO ELASTÔMERO

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 Exposição e oxidação das chapas de aço;

Corpos de prova em teste de distorção

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Erosão afetando as fundações

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Equipamentos de inspeção e acesso

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