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TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTISMO NA

PERSPECTIVA TEÓRICA DE ALVARO VIEIRA


PINTO E GUERREIRO RAMOS E AS BASES
DO NOVO DESENVOLVIMENTISMO DO
BRASIL ATUAL

Ricardo Afonso Ferreira de Vasconcelos (IF-PA/PPGTE-UTFPR)


Mário Lopes Amorim (PPGTE -UTFPR)
Guerreiro Ramos:

• esforço maior de promover o desenvolvimento industrial-tecnológico com


vistas à superação do subdesenvolvimento e dos resquícios do secular
colonialismo.
• ruptura com o subdesenvolvimento através da estratégia de incentivo do
nacional-desenvolvimentismo.
• redução sociológica: para se chegar o desenvolvimento autônomo; consiste
na adaptação de conceitos da Sociologia Clássica às especificidades da
formação histórica e social do Brasil; se aplicava sobre a definição da
metodologia e dos objetivos das políticas públicas em prol da
transformação estrutural da sociedade no que se refere à implementação
de políticas de bem estar social e de realização de obras de infra-estrutura
com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e estruturar o país para
o desenvolvimento econômico.
• redução tecnológica: assimilação crítica, de acordo com as condições
nacionais.
Alvaro Vieira Pinto:
• percebe o componente de “alienação” contido na
disseminação do conceito de “era tecnológica”, buscando
entender a relação entre tecnologia e dominação.
• no caso das relações entre países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos, assevera que, a tecnologia demonstra o
seu caráter ideológico quando “é utilizada intencionalmente
como instrumento de dominação”, ou seja, “a tecnologia
serve principalmente de ideologia para exportação” (2005, p.
323).
• como romper o elo de dependência que submete esses
países subdesenvolvidos aos centros capitalistas
dominantes? Na concepção de AVP, a alternativa é o
incentivo ao nacionalismo, ou mais especificamente, a opção
pelo nacional-desenvolvimentismo, concebido como
instrumento capaz de promover o progresso tecnológico-
industrial das nações dominadas pelo imperialismo das
nações desenvolvidas.
Alvaro Vieira Pinto:

• princípio filosófico da consciência crítica da realidade


nacional: consiste em levar a população a refletir
criticamente sobre os fatores históricos e políticos que
determinam as suas condições materiais de existência
 a partir deste processo, o povo estaria capacitado a
se tornar o principal agente do seu projeto histórico de
existência.
• visa o aprimoramento da democracia para o
desenvolvimento e para a organização da relação entre
Estado e sociedade em função do pacto nacional-
desenvolvimentista.
O novo desenvolvimentismo de Lula/Dilma:

• recuperação do crescimento econômico e do


investimento criam um ambiente propício ao
crescimento do emprego.
• o ajuste monetário e fiscal diminui a dívida líquida do
setor público.
• no plano externo, as reservas atingiram 290 bilhões de
dólares em 2010 e a dívida externa tornou-se negativa.
• este novo cenário concorreu para o estabelecimento de
uma atmosfera de otimismo, reforçando a ideia de que o
país estava retomando o caminho do crescimento
econômico, preâmbulo para um novo ciclo
“desenvolvimentista.”
• adoção, especialmente a partir de do seu
segundo mandato presidencial, de uma
combinação de programas de inclusão social,
estímulo ao consumo interno e incentivo aos
setores industriais via estímulo a substituição
das importações, combinada com a inserção
mais vantajosa no cenário do mercado
globalizado, resultou na “ampliação do mercado
interno estimulando a criação de investimentos
e empregos” e rompendo com o círculo vicioso
anterior de uma histórica e permanente
“sobrepopulação trabalhadora
superempobrecida permanente” (SINGER,
2012, p. 18).
• ideia de que é possível a conciliação entre
um padrão dependente de
desenvolvimento e a implementação de
políticas distributivas (que promovam a
redução das desigualdades sociais e
equiparem as condições de
competitividade na sociedade).
• o “Lulismo” conseguiu concretizar duas
importantes propostas advogadas pelo
“desenvolvimentismo isebiano”, quais sejam:
retirar da extrema miséria e da exclusão social
camadas significativas das classes populares
através do processo de inclusão no consumo e
ao mesmo tempo manter a estabilidade do
status quo capitalista, ou seja, sem rupturas em
relação a ordem capitalista, tanto interna quanto
no âmbito do capitalismo global e, ao mesmo
tempo, garantindo a retomada do crescimento
econômico-industrial.
Conclusões:

• Assim como o desenvolvimentismo se constituiu numa


alternativa reformista e gradualista de resolução da
problemática envolvendo o desenvolvimento econômico-
tecnológico num quadro de inserção do Brasil na Divisão
Internacional do Trabalho (DIT), sob a logica da relação
centro/periferia do capitalismo do pós-guerra, o “novo
desenvolvimentismo” da Era Lula-Dilma busca ser uma
resposta às novas exigências de interrelação entre Brasil e o
mercado globalizado, preservando à lógica dominante do
capitalismo, além de reforçar o mito da “inclusão social” das
massas populares, sem que se percebam os aspectos de
continuidade da precarização do trabalho, da exploração dos
trabalhadores e da manutenção da desigualdade social,
inerentes ao modelo capitalista neoliberal e globalizado.
• o desenvolvimentismo, se constituiu numa alternativa ideológica que
negava o processo revolucionário imediato para a época, postergando sua
necessidade para uma futura fase mais amadurecida da “consciência
nacional”, bem como, privilegiava a luta pelo desenvolvimento nacional
como prioridade da nação e consequentemente, das classes sociais
“progressistas” em aliança: burguesia + proletariado, em contraposição aos
setores retrógrados ou atrasados da sociedade brasileira. Por conseguinte,
não cabiam nestas equações questões como: a) a exploração do
proletariado via aumento da taxa de lucro e mais-valia; b) as condições
precárias, tanto dos trabalhadores urbanos quanto dos trabalhadores
rurais; c) a permanência das desigualdades regionais, resultado visível de
um crescimento econômico descompassado, entre centro-sul
industrializado e nordeste-norte atrasados.
• Seguindo esta mesma lógica, a retomada de ideias desenvolvimentistas em
uma “nova roupagem” a partir do governo de Lula, colocam novamente a
perspectiva do desenvolvimentismo econômico como uma “fábrica de
sonhos” capaz de conciliar o país em torno do “lulismo”, promovendo a
inclusão no consumismo de setores sociais historicamente excluídos,
garantindo os interesses do agronegócio, do setor financeiro e industrial e a
plena integração do país no sistema econômico global. Tudo isso, pelas via
reformista e de conciliação de classes.

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