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AÇÕES COLETIVAS

A Ação coletiva se caracteriza pela


circunstância de atuar o autor não em
defesa do direito próprio, mas em busca
de uma tutela que beneficia toda a
comunidade ou grandes grupos, aos
quais compete realmente a titularidade
do direito material invocado.

Ação Coletiva

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2
Ação coletiva é a demanda que dá origem
a um processo coletivo, pela qual se
afirma a existência de uma situação
jurídica coletiva ativa ou passiva exigida
para a tutela de grupo de pessoas.

Atenção:
Ação civil pública é apenas uma espécie
de ação coletiva, assim como a ação
popular o mandado de segurança coletivo Ação Coletiva
etc.

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A ação coletiva é fruto da superação, no plano
jurídico institucional, do individualismo
exacerbado da concepção liberal do Iluminismo
e grandes revoluções do Séc. XVIII.
No Séc. XX descobriu-se que a ordem jurídica
não podia continuar disciplinando a vida em
sociedade à luz de considerações que
focalizassem o indivíduo solitário e isolado, com
capacidade para decidir soberanamente seu
destino.
A imagem que se passou a ter do sujeito de
direito, em sua fundamentalidade, é a da
pessoa humana dotada de um valor próprio,
Processo Coletivo
mas inserido por vínculos e compromissos.

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O processo é coletivo se a relação jurídica
ligitiosa (a que é objeto do processo) é coletiva.
Uma relação jurídica é coletiva se em um de
seus termos, como sujeito ativo ou passivo,
encontra-se um grupo (comunidade, categoria,
classe, etc.; designa-se qualquer um deles pelo
gênero grupo) e, se no outro termo, a relação
jurídica litigiosa envolver direito (situação
jurídica ativa) ou dever ou estado de sujeição
(situações jurídicas passivas) de um
determinado grupo.
Assim, presentes o grupo e a situação jurídica
Processo Coletivo
coletiva, está-se diante de um processo
coletivo”(Didier, Curso de Direito Processual
Civil, processo coletivo, 11. Ed. 2017).

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Tanto como os interesses individuais, os interesses difusos para alcançarem in concreto, a
tutela processual, têm de atingir a categoria de direito previsto em norma de natureza material.
A lei processual, não é, por si, fonte de direito subjetivos materiais, mas apenas instrumento de
proteção e realização daqueles previstos pelas normas de natureza material.
Tratando das ações coletivas, ensina Cappelletti que o que se protege, nesse novo tipo de
processo civil, é o “interesse difuso, na medida em que a lei substantiva o transforma em
direito”, direito que “não é nem público; nem privado; nem completamente privado, nem
completamente público”.
Segundo o mestre italiano, a evolução da tutela jurídica dos interesses difusos, tal como se dá,
aliás, com os interesses individuais, envolve dois momentos sucessivos, encadeados de
maneira lógica e necessária:
Num primeiro estágio, normas constitucionais e infraconstitucionais tomam o rumo de defender
os interesses difusos (ou, mais precisamente, alguns deles) e, assim, surgem “leis de direito
substancial que protegem o consumidor, o ambiente, as minorias raciais, civil rights, direitos
civils etc.”
No segundo estágio, sente-se a necessidade de alterar o sistema tradicional de tutela
processual, criando-se ações adequadas aos interesses difusos transformados em direitos
pelas leis materiais.
Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, v. II
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O legislador percebeu que, na solução dos
conflitos que nascem das relações geradas pela
economia de massa, quando essencialmente de
natureza coletiva, o processo deve operar
também como instrumento de mediação dos
conflitos sociais neles envolvidos, e não apenas
como instrumento de solução de lides.
A solução dos conflitos na dimensão molecular,
como demandas coletivas, permite o acesso
mais fácil à justiça, pelo seu barateamento;
Quebra de barreiras socioculturais, evita a
banalização que decorre de sua fragmentação e
Ação Coletiva
confere peso político mais adequado às ações
destinadas à solução desses conflitos coletivos. RELEVÂNCIA

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• Microssistemas que dialogam e
buscam viver em harmonia;
• O CDC surgiu da imposição expressa
do artigo 48 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias;
• O CDC se preocupa com a efetivação
da justiça;
• O CDC acabou servindo como um
microssistema processual para as Era da
ações coletivas;
• Diálogo das fontes.
Descodificação

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“Podemos apontar, ainda, para o fato de os processos
coletivos estarem intimamente ligados aos novos direitos
(direitos de grupo), desdobrando-se em estatutos
legislativos específicos, como a Lei n 6938/81 que já previa
a possibilidade de uma espécie de ação civil pública para a
responsabilidade civil por danos causados ao meio
ambiente (at. 14, §1); a Lei n 7853/89,dispondo sobre o
apoio às pessoas com deficiência; a Lei nº 7913/89, para a
proteção dos investidores em valores imobiliários; a Lei n
8069/90, para a defesa das crianças e dos adolescentes; a
Lei n 12529/11, contra as infrações da ordem econômica e
da economia popular; a lei 10257/01 (art. 10, usucapião
especial coletiva de imóvel urbano – resguardadas as
regras específicas sobre a legitimidade previstas no art. 12
do referido diploma e o procedimento especial da
usucapião) e a Lei n 10741/03, dispondo sobre o Estatuto Era da
do Idoso, prevendo a expressamente a proteção judicial
dos direitos coletivos lato sensu (arts. 78-93); a Lei n
12.846/2013, dispondo sobre a responsabilização
Descodificação
administrativa contra a administração pública, nacional ou
estrangeira (Lei Anticorrupção – arts. 18 a 21); a Lei
13146/2015 (Estatuto da pessoa com Deficiência)”. (Didier,
Curso de Direito Processual Civil, processo coletivo, 11
ed.2017, p. 62). TREY 9
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“Esse microssistema é composto pelo
CDC, a Lei de Ação Civil Pública (Lei
7347/85) , a Lei de Ação Popular
(4.717/65), no seu núcleo, e a lei de
Improbidade administrativa (8429/92), a
Lei do Mandado de Segurança (12016/09)
e outras leis avulsas, na sua periferia. A
única leitura possível deste microssistema
será aquela que o articula, em um diálogo
Era da
das fontes, com a Constituição e o CPC”. Descodificação
Didier, Curso de Direito Processual Civil,
processo coletivo, 11 ed.2017, p. 56)

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Nos conflitos de primeiro grau há antinomia aparente, a aplicação de critérios de
solução é o suficiente e estes critérios já eram utilizados no direito romano comum
e são eles:
a)critério cronológico: no qual lei posterior derroga a lei anterior
b) critério de especialidade: a norma especial derroga a norma geral
c) critério hierárquico: a lei superior derroga a lei inferior.
No caso de conflitos de segunda grau a simples aplicação dos critérios não é
suficiente para solução e há necessidade de meta-critérios.
a) hierarquia e cronologia  há a prevalência do critério hierárquico, então a
norma superior anterior derroga a posterior inferior.
b) especialidade e cronologia  prevalece o critério da especialidade
c) hierarquia e especialidade  não há regra fixa e a doutrina geralmente opta pela
hierarquia ou a solução mais justa.

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Diálogo das fontes
A técnica da solução de conflitos através do diálogo das fontes é uma técnica
nova porém não hegemônica ainda, no direito brasileiro usa-se a técnica
tradicional e a do diálogo das fontes, sendo este uma tendência contemporânea.
Quando a técnica tradicional é suficiente, podemos usa-la, mas quando há um
hard case é interessante usar o diálogo das fontes que vê o sistema jurídico como
um todo e não pensa na exclusão das normas (tudo ou nada) e os critérios se
equivalem:
a)critério de coerência  hierarquia
b)critério de complementação  especialidade
c)critério de adaptação  cronologia.
“Dai, novamente, insistir-se na visão de que o sistema jurídico não está pronto e
acabado, nas mãos do legislador, qual se estivéssemos sob a ideologia do
legislador racional, onisciente e onipotente, na capacidade de antever todas as
situações e regular um sistema jurídico sem conflitos”.
Eduardo Bittar – Introdução ao Estudo do Direito
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Ações Coletivas no
Código de Defesa
do Consumidor

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Legislação
Código de Defesa do Consumidor Constituição Federal
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos Artigo 5, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do
consumidores e das vítimas poderá ser exercida em Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
juízo individualmente, ou a título coletivo. Art. 129. São funções institucionais do Ministério
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida Público:
quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, III - promover o inquérito civil e a ação civil pública,
para efeitos deste código, os transindividuais, de para a proteção do patrimônio público e social, do
natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas meio ambiente e de outros interesses difusos e
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; coletivos;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,
para efeitos deste código, os transindividuais, de
natureza indivisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos,
assim entendidos os decorrentes de origem comum.

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Quadro de comparação

Direitos ou interesses difusos

Direitos ou interesses coletivos lato


sensu em sentido amplo ou “lato Direitos ou interesses
sensu” (transindividuais, coletivos stricto sensu ou em
metaindividuais, supra individuais). sentido estrito (coletivos
propriamente ditos)

Direitos ou interesses
individuais homogêneos

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Direitos Difusos Requisitos
1- O grupo tutelado por esses direitos é
Código de Defesa do Consumidor indeterminável, não é necessário que
Art. 81. A defesa dos interesses e se saiba exatamente quais as pessoas
direitos dos consumidores e das vítimas afetadas por eles;
poderá ser exercida em juízo 2- A prestação almejada é indivisível; a
individualmente, ou a título coletivo. ameaça ao direito a um dos seus
Parágrafo único. A defesa coletiva será titulares significa ameaça ao direito de
exercida quando se tratar de: todos seus titulares.
I - interesses ou direitos difusos, assim 3- a origem comum do direito decorre
entendidos, para efeitos deste código, de uma situação de fato.
os transindividuais, de natureza São direitos que pertencem a cada um
indivisível, de que sejam titulares individualmente e a todos que estão em
pessoas indeterminadas e ligadas por uma mesma situação de fato.
circunstâncias de fato;

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Direitos Difusos
Código de Defesa do Consumidor Exemplos:
Art. 81. A defesa dos interesses e Danos Ambientais;
direitos dos consumidores e das vítimas
poderá ser exercida em juízo Propagandas abusivas
individualmente, ou a título coletivo. Destruição de um patrimônio cultural
Parágrafo único. A defesa coletiva será
exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim
entendidos, para efeitos deste código,
os transindividuais, de natureza
indivisível, de que sejam titulares
pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

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Direitos Coletivos em Sentido Estrito
Código de Defesa do Consumidor Requisitos
Art. 81. A defesa dos interesses e 1)grupo tutelado é determinável, está
direitos dos consumidores e das vítimas ligado por uma relação jurídica comum;
poderá ser exercida em juízo
2)a prestação almejada é indivisível,
individualmente, ou a título coletivo.
mas posteriormente haverá como
Parágrafo único. A defesa coletiva será individualiza-la;
exercida quando se tratar de:
3)a origem comum do direito decorre de
II - interesses ou direitos coletivos, uma relação jurídica com a parte
assim entendidos, para efeitos deste contrária.
código, os transindividuais, de natureza
indivisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas
entre si ou com a parte contrária por
uma relação jurídica base;
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Direitos Coletivos em Sentido Estrito
Código de Defesa do Consumidor Exemplos:
Art. 81. A defesa dos interesses e Contratos de consórcio;
direitos dos consumidores e das vítimas
Estudantes de uma mesma escola que
poderá ser exercida em juízo
visam impedir o aumento da
individualmente, ou a título coletivo.
mensalidade escolar;
Parágrafo único. A defesa coletiva será
Associações de consumidores que
exercida quando se tratar de:
visam coibir o aumento abusivo de
I - interesses ou direitos difusos, assim planos de saúde
entendidos, para efeitos deste código,
os transindividuais, de natureza
indivisível, de que sejam titulares
pessoas indeterminadas e ligadas por
circunstâncias de fato;

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Diferença
“O elemento diferenciador entre o direito
difuso e o direito coletivo é, portanto, a
determinabilidade e a decorrente coesão
como grupo, categoria ou classe anterior à
lesão, fenômeno que se verifica nos direitos
coletivos stricto sensu e não ocorre nos
direitos difusos.

(Didier, Curso de Direito Processual Civil,


processo coletivo, 11 ed.2017, p. 75).

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Direitos Individuais Homogêneos
Código de Defesa do Consumidor Comentário
Art. 81. A defesa dos interesses e Os direitos individuais homogêneos
direitos dos consumidores e das vítimas foram criados como uma ficção jurídica,
poderá ser exercida em juízo tal categoria de direitos atende a um
individualmente, ou a título coletivo. imperativo do direito: realizar a justiça
Parágrafo único. A defesa coletiva será frente aos reclamos da vida
exercida quando se tratar de: contemporânea. Essa ficção jurídica
tem como finalidade única e exclusiva
III - interesses ou direitos individuais de possibilitar a proteção coletiva
homogêneos, assim entendidos os (molecular) de direitos individuais com
decorrentes de origem comum. dimensão coletiva (em massa). Sem
essa expressa previsão legal, a
possibilidade de defesa coletiva de
direitos individuais estaria vedada.

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Origem Comum
Direitos Individuais Homogêneos O CDC afirma que a origem deste
direito deve ser comum que, conforme a
Código de Defesa do Consumidor doutrina majoritária, pode ser uma
Art. 81. A defesa dos interesses e situação de fato ou uma relação
direitos dos consumidores e das vítimas jurídica. Já em uma visão minoritária diz
poderá ser exercida em juízo que a origem comum só pode decorrer
individualmente, ou a título coletivo. de uma situação de fato.
Parágrafo único. A defesa coletiva será A pretensão referente a determinados
exercida quando se tratar de: fatos concentra-se no acolhimento da
tese jurídica geral da qual podem
III - interesses ou direitos individuais aproveitar diversas pessoas.
homogêneos, assim entendidos os
decorrentes de origem comum. Ex.: pessoas que comprar carros com
defeito, o que os liga não é
necessariamente a relação jurídica e
sim o fato de terem comprado um
veículo com defeito.
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Direitos Individuais Homogêneos
Código de Defesa do Consumidor Origem Comum
Art. 81. A defesa dos interesses e Geralmente a tutela coletiva repressiva
direitos dos consumidores e das vítimas (posterior a lesão) será para direitos
poderá ser exercida em juízo individuais homogêneos. Quando ainda
individualmente, ou a título coletivo. não tiver ocorrido a lesão, ação coletiva
Parágrafo único. A defesa coletiva será preventiva (inibitória) para evitar o dano
exercida quando se tratar de: a um número indeterminado de
pessoas, relacionadas ou não entre si
III - interesses ou direitos individuais (grupo de ‘possíveis vítimas) terá como
homogêneos, assim entendidos os objeto um direito difuso ou coletivo,
decorrentes de origem comum. conforme o caso.

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Características
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elit. Origem Natureza da
ação coletiva
Difuso Indeterminável Indivisível Situação de Essencial
Fato
Coletivo em Determinável Indivisível Relação Essencial
sentido Jurídica
estrito

Ind. Determinável Divisível Divisível Contingente


Homogêneos (origem Opção do
comum) legislador

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Quais pretensões são passíveis de ações coletivas?
Interesse: é qualquer pretensão em geral, é o desejo de
obter determinado valor ou bem da vida, de satisfazer uma
necessidade. O interesse de alguém pode encontrar ou
não respaldo no ordenamento jurídico.

Direito subjetivo: é a possibilidade de exigir-se de maneira


garantida, aquilo que as normas de direito atribuem a
alguém como uma pessoa, a um grupo de pessoas ou a
um ente, em relação a um determinado bem e/ou
pessoas.

Para não deixar dúvidas de que tanto interesses como


direitos são tutelados, tanto a CF quanto o CDC aplicam
Processo Coletivo
esta terminologia, como por exemplo no artigo 127 CF e
81 CDC.

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Legitimidade “Ad Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo
único, são legitimados
concorrentemente:
causam” I - o Ministério Público,
II - a União, os Estados, os Municípios e o
Distrito Federal;
III - as entidades e órgãos da Administração
Pública, direta ou indireta, ainda que sem
personalidade jurídica, especificamente
destinados à defesa dos interesses e direitos
protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas
há pelo menos um ano e que incluam entre
seus fins institucionais a defesa dos
interesses e direitos protegidos por este
código, dispensada a autorização
assemblear.
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Litisconsórcio Facultativo
Lei da Ação Civil Pública
Art. 5o Têm legitimidade para propor a A legitimidade é:
ação principal e a ação cautelar: Concorrente – não há um ente
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a exclusivo legítimo para entrar com a
outras associações legitimadas nos ação
termos deste artigo habilitar-se como
litisconsortes de qualquer das partes.
Disjuntiva – cada ente pode agir
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio sozinho caso queira.
facultativo entre os Ministérios Públicos
da União, do Distrito Federal e dos
Estados na defesa dos interesses e
direitos de que cuida esta lei.

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a)Teoria ampliativa: dispõe que os
Ministério Público direitos indisponíveis automaticamente
sempre legitimam a atuação do Ministério
Constituição Federal Público como autor – assim, em se
Art. 129. São funções institucionais do tratando de direito indisponível o
Ministério Público: Ministério Público sempre poderia atua;
b)Teoria Restritiva: dispõe que inexiste a
III - promover o inquérito civil e a ação legitimidade do Ministério Público para
civil pública, para a proteção do tutela de direitos individuais
patrimônio público e social, do meio homogêneos, por ausência de previsão
ambiente e de outros interesses difusos constitucional
e coletivos; c)Teoria Eclética: dispõe que no caso
concreto se identificar a existência de um
relevante interesse social haverá
legitimidade do ministério público para
defesa dos direitos individuais
homogêneos.
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Doutrina A doutrina se divide quanto à possibilidade de
direitos individuais homogêneos serem
“Tratando-se da defesa de interesses tutelados pelo Ministério Público em sede de
difusos, pela abrangência dos interesses, a ação civil pública, pela sua característica de
atuação do Ministério Público sempre será divisibilidade. Parece acertado que se permita
exigível. Já em matéria de interesses ao MP tal atuação, pela relevância social que
coletivos e de interesses individuais pode tomar, mas somente quando se
homogêneos, o Ministério Público atuará compatibilize com sua destinação institucional.
sempre que: Dessa forma, são três as hipóteses de atuação
legítima do MP na defesa de direitos
a) haja manifesto interesse social individuais homogêneos:
evidenciado pela dimensão ou pelas
características do dano (mesmo o dano (a) quando os direitos forem indisponíveis;
potencial); (b) quando houver interesse social relevante
b) seja acentuada a relevância do bem envolvido; (c) quando houver relevância social
jurídico a ser defendido; na tutela coletiva. (LUÍS ROBERTO
BARROSOin Estudos em homenagem a
c) esteja em questão a estabilidade de um Carlos Alberto Menezes Direito,
sistema social, jurídico ou econômico”. Coordenadores Antônio Celso Alves Pereira e
(SERGIO CAVALIERI FILHO, Programa de Celso Renato Duvivier de Albuquerque Mello,
direito do consumidor, Atlas, 2008, p. 314)” Renovar, 2003, p. 444-445)
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Relevância Social
A relevância social pode ser objetiva
(decorrente da própria natureza, dos
valores e bens em questão como a
dignidade humana, saúde, meio
ambiente, etc) ou subjetiva (aflorada
pela qualidade especial dos sujeitos,
como por exemplo: idosos, deficientes,
crianças etc) Sabendo disso,
precisamos destacar que o STJ e o STF
entendem que a relevância social pode
ser tanto de natureza objetiva, como
subjetiva.

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Jurisprudência
Ação civil pública. Interesses individuais AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CORTE NO
homogêneos de relevância social. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
Reco- nhecimento da legitimidade ativa PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO.
POSSIBILIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA DO
do Ministério Público para seu MINISTÉRIO PÚBLICO. PRECEDENTES DO
ajuizamento. 1. Em ações civis públicas STJ. O Ministério Público tem legitimidade
em que se discutem interesses para ingressar com a ação civil pública contra
individuais homogêneos dotados de o corte ilegal do fornecimento de energia
grande relevância social, reconhece-se elétrica, em razão de débitos pretéritos dos
a legitimidade ativa do Ministério consumidores. A atuação do Parquet, nessas
Público para seu ajuizamento. 2. ocasiões, está respaldada na defesa de direito
Pacífica jurisprudência do Supremo individual homogêneo, pois o que caracteriza
Tribunal Federal nesse sentido. (STF, essa homogeneidade é o fato de se realizar o
AGRG no AI 813.045/RJ, 1a T., rel. Min. corte de energia por débitos pretéritos e não as
Dias Toffoli, DJe 29.4.2013) razões que efetivamente ensejaram a
cobrança do valor arbitrado pela
concessionária. Precedentes. (STJ, AgRg. no
AgRg. no REsp. 1.155.380/ RS, 2a T., rel. Min.
Castro Meira, DJe 10.9.2013)
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O entendimento do STJ e STF é que
Defensória Pública mesmo ante a função institucional da
Defensoria Pública, que é atuar em prol
Constituição Federal dos necessitados, nada obsta que, diante
Art. 134. A Defensoria Pública é da natureza difusa do direito a ser
instituição permanente, essencial à defendido se extravase o espectro do
função jurisdicional do círculo dos necessitados – ou seja, não é
Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e necessário que ele fique apenas na
instrumento do regime democrático, esfera dos necessitados, seja com
fundamentalmente, a relação aos direitos difusos, coletivos,
orientação
jurídica, a promoção dos direitos individuais homogêneos.
humanos e a defesa, em todos os
graus, judicial e extrajudicial, dos
A) Somente direitos coletivos em sentido
direitos individuais e coletivos, de forma
estrito e individuais homogêneos
integral e gratuita, aos necessitados, na
porque tem titulares determináveis.
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta
Constituição Federal. B) Todos por conta da intenção de
solução de conflitos.
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“Os entes políticos (União, Estados,
Defensória Pública Municípios, Distrito Federal) figuram
como colegitimados ativos para as ações
Código de Defesa do Consumidor coletivas em defesa do consumidor
Art. 82. Para os fins do art. 81, (CDC, art. 82, II) porque ao Poder
parágrafo único, são legitimados Público incumbe, naturalmente, promover
concorrentemente: (Redação e preservar a qualidade de vida e a
dada pela Lei nº 9.008, de existência digna dos cidadãos, binômio
21.3.1995) (Vide Lei nº 13.105, de que compreende a defesa do consumi
2015) (Vigência) dor (CF, art. 170, V)”. (RODOLFO DE
CAMARGO MANCUSO, Manual do
II - a União, os Estados, os Municípios e consumidor em juízo, 3. ed., Saraiva, p.
o Distrito Federal; 94)”

Não há a necessidade de pertinência


temática, porém há necessidade de um
mínimo de vinculação.
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Entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda
que sem personalidade jurídica
Havendo correlação entre os direitos ou
Código de Defesa do Consumidor interesses difusos, coletivos ou individuais
homogêneos e os fins institucionais de
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, determinados órgãos e entidades da
são legitimados administração pública, confere-se a estes
concorrentemente: (Redação dada pela legitimidade para a sua defesa judicial. Trata-se
Lei nº 9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº de atribuição de personalidade judiciária que só
13.105, de 2015) (Vigência) produz efeitos na arena processual e que não
da Administração Pública, direta ou indireta, legitima esses entes despersonalizados à prática
ainda que sem personalidade dos atos da vida civil.
jurídica, especificamente destinados à A doutrina defende que determinados órgãos que
defesa dos interesses e direitos protegidos por não tenham personalidade jurídica a Lei confere
este código; personalidade denominada personalidade
judiciária ou personalidade judicialforme – por
exemplo: a Mesa da Câmara ou do Senado,
Secretarias, dos Governos, PROCONS

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Entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda
que sem personalidade jurídica
A fundações privadas estão legitimadas?
Código de Defesa do Consumidor A) Não, pois, a leitura conjugada do artigo 5, IV
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, da Lei de Ação Civil Pública e 82,III do Código
são legitimados de Defesa do Consumidor, chega-se a
concorrentemente: (Redação dada pela interpretação que diz respeito apenas as
Lei nº 9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº fundações que integram a Administração
13.105, de 2015) (Vigência) Pública Indireta. O CDC sequer cita
fundações
da Administração Pública, direta ou indireta,
ainda que sem personalidade B) Sim, pois a LACP não se referiu a fundações
jurídica, especificamente destinados à públicas ou privadas, apenas citou fundações.
defesa dos interesses e direitos protegidos por Entendimento da 1 Seção do STJ.
este código;

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Entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda
que sem personalidade jurídica
A fundações privadas estão legitimadas?
Código de Defesa do Consumidor A) Não, pois, a leitura conjugada do artigo 5, IV
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, da Lei de Ação Civil Pública e 82,III do Código
são legitimados de Defesa do Consumidor, chega-se a
concorrentemente: (Redação dada pela interpretação que diz respeito apenas as
Lei nº 9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº fundações que integram a Administração
13.105, de 2015) (Vigência) Pública Indireta. O CDC sequer cita
fundações
da Administração Pública, direta ou indireta,
ainda que sem personalidade B) Sim, pois a LACP não se referiu a fundações
jurídica, especificamente destinados à públicas ou privadas, apenas citou fundações.
defesa dos interesses e direitos protegidos por Entendimento da 1 Seção do STJ.
este código;

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As associações legalmente constituídas
1)A associação deve estar legalmente constituída;
Código de Defesa do Consumidor 2)Sua constituição deve ter ocorrido a pelo menos
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, um ano do fato que enseja a propositura da ação;
são legitimados e
concorrentemente: (Redação dada pela 3)Há ainda a necessidade que seus fins
Lei nº 9.008, de 21.3.1995) (Vide Lei nº institucionais haja previsão da defesa dos
13.105, de 2015) (Vigência) interesses e direitos protegidos pelo CDC, a
IV - as associações legalmente constituídas há doutrina denomina tal requisito como se tratando
pelo menos um ano e que incluam entre seus de pertinência temática ou representatividade
fins institucionais a defesa dos interesses e adequada
direitos protegidos por este código, dispensada
a autorização assemblear.
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser
dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos
arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto
interesse social evidenciado pela dimensão ou
característica do dano, ou pela relevância do
bem jurídico a ser protegido.
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