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Exportações Importações de
Despesa de Formação de bens (FOB) bens (FOB) e Procura PIB a preços
Ano Procura interna
consumo final bruta de capital e serviços serviços externa líquida de mercado
Fonte: INE.
Função Consumo
• A função Consumo é uma relação que descreve os
determinantes da despesa das famílias;
C = f(Yd)
Função Consumo
• As famílias dividem o seu rendimento disponível
entre consumo e poupança da seguinte forma:
– Consumo autónomo (Ca), cuja magnitude é
independente do rendimento;
– Fracção do rendimento disponível [c(Y – T+R)], onde
c é a propensão marginal a consumir (mudança no
consumo que ocorre quando o rendimento
disponível varia em uma unidade);
C = Ca + c(Y – T + R) = Ca + cYd – cR
Função Consumo
Exemplo numérico:
C = 500 + 0.75Yd
(em mil milhões $USD)
Função Consumo
Exemplo numérico:
C = 500 + 0.75Yd
(em mil milhões $USD)
Notas:
• Yd=0: C=500;
• Área rosa: C > Yd (S<0);
• Área azul: C < Yd (S>0);
• Declive positivo
(c=dC/dYd=0.75) sugere
YdC;
• Mas c<1...
Função Consumo e função Poupança
• dC/dYd < 1: variações de Yd correspondem a variações
de menor amplitude em C;
• O rendimento disponível das famílias é usado de
duas formas, em Consumo (C) e em Poupança (S):
Yd = C + S
que implica que quando Yd aumenta em uma unidade,
o Consumo aumenta em c, a propensão marginal ao
consumo (PMC), e a Poupança aumenta em s, a
propensão marginal à poupança (PMS), onde:
c + s = 1 = PMC + PMS
Função Poupança
• A poupança é dada pela diferença entre Yd e C:
C = 500 + 0.75Yd
(mil milhões $USD)
S =Yd-C
• H: Yd = 0, S = -500;
• F: Yd = C S = 0;
(ponto limiar: C = Yd)
• D: Yd – C = 1500 = S.
Função Poupança
Forma geral: Exemplo numérico:
S=Y–T+R–C S=Y–T+R–C
= Y – T + R – (Ca + cYd) = Y – T + R – (500 + 0.75Yd)
= Yd – Ca – cYd
= – Ca + (1 – c)Yd
= – Ca + sYd
Ep
Ep = Ap + cY
Ap = Ca – cT + cR c
+ Ip + G + NX
Y
Despesa planeada (versão 1.0)
Exemplo:
• C = 500 + 0.75Yd
• Ip = 1200
• NX = - 200
• G=T=R=0
• Ap = ?
Despesa planeada (versão 1.0)
Exemplo:
• C = 500 + 0.75Yd
• Ip = 1200
• NX = - 200
• G=T=R=0
• Ap = ?
Ap = Ca – T + Ip + G + NX
Ap = 500 + 1200 – 200 = 1500
Equilíbrio (versão 1.0)
Quando é que a economia está em equilíbrio?
• A despesa agregada efectiva (E) e o rendimento total
(Y) são iguais por definição: E = Y;
• Mas a despesa planeada (Ep) não é sempre igual a Y,
apenas quando a economia está em equilíbrio;
– Apenas quando as famílias, empresas, governo, e sector
externo desejam gastar exactamente o valor do rendimento
gerado pelo valor actual da produção;
– Só nesta situação Iu = 0: as empresas não têm de aumentar
ou diminuir a produção;
– A produção e o rendimento são iguais à despesa planeada e
as empresas podem manter o mesmo nível de produção.
Equilíbrio (versão 1.0)
Graficamente:
Ep Y = Ep
Y = Ep
S = Ip
Iu = 0 Ep = Ap + cY
Em qualquer
Ap ponto:
Y=E
S=I
Y* Y (I = Ip + Iu)
Equilíbrio (versão 1.0)
Graficamente:
Ep Y = Ep
Y1 Y = Ep
S = Ip
Iu = 0 Ep = Ap + cY
Y < Ep
Ep1 S < Ip
Iu < 0
Y > Ep
Ep2 S > Ip Em qualquer
Ap Iu > 0 ponto:
Y2 Y=E
S=I
Y2 Y* Y1 Y (I = Ip + Iu)
Equilíbrio (versão 1.0)
Algebricamente:
em equilíbrio: Y = Ep e
Ep = C + Ip + G + NX =
= Ap + cY
pelo que...
Y = Ap + cY
Y – cY = Ap
Y (1 – c) = Ap
Y* = Ap
(1-c) (e S=Ip, Iu= 0).
Equilíbrio (versão 1.0)
Algebricamente:
• C = 500 + 0.75Yd
• Ip = 1200
• NX = - 200
• G=T=R=0 Ap = 500 + 1200 – 200 = 1500
Y = Ep
Y* = ?
Equilíbrio (versão 1.0)
Algebricamente:
• C = 500 + 0.75Yd
• Ip = 1200
• NX = - 200
• G=T=R=0 Ap = 500 + 1200 – 200 = 1500
Y = Ep
Y = 1500 + 0.75Y
0.25Y = 1500
Y* = 1500/0.25 = 6000
Exercício
Suponha que numa dada economia se verificam as
seguintes relações:
C = 100 + 0.6Y e I = 300
a) Quais são os valores de equilíbrio do rendimento,
consumo, e poupança?
b) Se o investimento aumentar em 50 unidades, qual é o
aumento no rendimento de equilíbrio?
c) Suponha que as pessoas, para cada nível de
rendimento, resolvem poupar mais 10 u.m. Calcule os
novos níveis de poupança e de rendimento de
equilíbrio.
Exercício
C = 100 + 0.6Y e I = 300
a) Quais são os valores de equilíbrio do rendimento,
consumo, e poupança?
Y = Ep
Ep = C + Ip + G + NX = C + Ip
logo,
logo,
Paradoxo da poupança!
Exercício
C = 100 + 0.6Y e I = 300
c) Suponha que as pessoas, para cada nível de
rendimento, resolvem poupar mais 10 u.m. Calcule os
novos níveis de poupança e de rendimento de
equilíbrio.
a): Y* = 1000, C* = 700, S* = 300
b): Y*= 975, C* = 675, S* = 300
Paradoxo da poupança: se todos quiserem poupar mais, o
resultado final é uma diminuição do nível de rendimento, com
uma poupança igual à inicial. Explicado pelo decréscimo da
procura, que causa um decréscimo na produção e
rendimento, e como a poupança incide sobre um Y inferior...
BTW, a poupança é igual a quê?...
Efeito Multiplicador (versão 1.0)
• O rendimento depende do valor da despesa planeada
autónoma (Ap), pelo que...
– Uma variação na despesa agregada autónoma (Ap) induz
uma variação no nível de rendimento/produto (Y);
– A variação induzida em Y é superior à variação inicial em
Ap, efeito a que se chama “efeito multiplicador”;
– O efeito multiplicador corresponde ao rácio entre a
variação no rendimento/produto e a variação na
despesa planeada autónoma que a causou:
Y dY
multiplica dor (k)
Ap dAp
Efeito Multiplicador (versão 1.0)
O efeito multiplicador corresponde ao rácio entre a
variação no rendimento/produto e a variação na despesa
planeada autónoma que a causou:
Y dY 1 1
multiplica dor (k)
Ap dAp 1 c s
Algebricamente:
Ap0 = 1500 & Y* = 6000
Ap1 = 2000 & Y* = 8000
Ap = 500 & Y* = 2000 [Y*>Ap]
multiplica dor (k) ?
Efeito Multiplicador (versão 1.0)
O efeito multiplicador corresponde ao rácio entre a
variação no rendimento/produto e a variação na despesa
planeada autónoma que a causou:
Y dY 1 1
multiplica dor (k)
Ap dAp 1 c s
Algebricamente:
Ap0 = 1500 & Y* = 6000
Ap1 = 2000 & Y* = 8000
Ap = 500 & Y* = 2000 [Y*>Ap]
Y 2000 1
multiplica dor (k) 4
Ap 500 0.25
Efeito Multiplicador (versão 1.0)
Graficamente:
• O aumento de 500
em Ap causa um
deslocamento para
cima de Ep;
• O aumento de 500
em Ap tem um efeito
multiplicador,
aumentando Y em
2000.
Despesa planeada (versão 2.0)
Ep = C + Ip + G + NX
Componentes:
• C = Ca + cYd
• Yd = Y – T + R
• Impostos: T = Ta + tY
• Transferências: R
• Investimento: Ip = f(i, expectativas, ...)
• Gastos Públicos: G
• NX = X – M
– Exportações: X = f(YRestoMundo, Tx. Câmbio real, ...)
– Importações: M = f(Y, Tx. Câmbio real, ...)
Despesa planeada (versão 2.0)
Ep = C + Ip + G + NX
Componentes:
• C = Ca + cYd Menos variáveis
• Yd = Y – T + R exógenas!
• Impostos: T = Ta + tY
• Transferências: R
• Investimento: Ip = f(i, expectativas, ...)
• Gastos Públicos: G
• NX = X – M
– Exportações: X = f(YRestoMundo, Tx. Câmbio real, ...)
– Importações: M = f(Y, Tx. Câmbio real, ...)
Despesa planeada (versão 2.0)
Ep = C + Ip + G + NX
Manipulando...
Ep = [Ca + c(Y – (Ta + tY) + R)] + Ip + G + X – M
Ep = Ca + cY – ctY – cTa + cR + Ip + G + X – M
Ep = cY – ctY + Ca – cTa + cR + Ip + G + X – M
Ep = Ap + [c(1 – t)]Y
onde
Ap = Ca – cTa + cR + Ip + G + X – M
Despesa planeada (versão 2.0)
Graficamente:
Ep
Ep = Ap + [c(1 – t)]Y
Ap = c(1-t)
Ca + cR – cTa + Ip + G + X
–M
Y
Equilíbrio (versão 2.0)
Algebricamente:
Y Ep
e
E p Ca cR cTa I p G X – M [c(1 – t)]Y
Ap [c(1 – t)]Y
pelo que...
Y Ap [c(1 t)]Y
Y [c(1 t)]Y Ap
1 1
Y* Ap Ap , onde
1 c( 1 t) 1 c( 1 t)
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
O efeito multiplicador corresponde ao rácio entre a
variação no rendimento/produto e a variação na despesa
planeada autónoma que a causou...
1
Y* Ap
1 c( 1 t)
Y dY 1
multiplica dor (k)
Ap dAp [1 c(1 t )]
Why do I care!?
Y 1
k Y Ap Y Ap
Ap [1 c(1 t )]
... dá-me a variação no produto/rendimento induzida por uma
variação na despesa.
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
O efeito multiplicador corresponde ao rácio entre a
variação no rendimento/produto e a variação na despesa
planeada autónoma que a causou...
1
Y* Ap
1 c( 1 t)
Y dY 1
multiplica dor (k)
Ap dAp [1 c(1 t )]
Why do I care!?
Y 1
k Y Ap Y Ap
Ap [1 c(1 t )]
... dá-me a variação no produto/rendimento induzida por
uma variação na despesa.
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Ex.: Multiplicador dos gastos públicos (G): vamos
assumir que os gastos públicos aumentam, ceteris
paribus.
Ap Ca cR cTa I p G X M p
com Ca cR cTa I p X M p 0
Em equilíbrio...
1
Y* Ap Ap
1 c( 1 t)
Y * Ap Y * G
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Ex.: Multiplicador dos gastos públicos (G): vamos
assumir que os gastos públicos aumentam, ceteris
paribus.
Ap Ca cR cTa I p G X M p
com Ca cR cTa I p X M p 0
Em equilíbrio...
1
Y* Ap Ap
1 c( 1 t)
Y * Ap Y * G
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Ex.: Multiplicador das transferências (R).
Y 1
Consumo (autónomo):
Ca 1 c( 1 t)
Y 1
Investimento:
I a 1 c( 1 t)
Y c
Transferências (autónomas):
Ra 1 c( 1 t)
Y c
Impostos (autónomos):
Ta 1 c( 1 t)
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Fontes de mudança na Despesa Planeada:
Ap = Ca + – c Ta + cR + Ip + G + NX
1. 1 u.m. em Ca faz Ap em 1 u.m. na mesma direcção;
2. 1 u.m. em Ta faz Ap em c 1 u.m. na direcção
oposta;
3. 1 u.m. em R faz Ap em c 1 u.m. na mesma
direcção;
4. 1 u.m. em Ip faz Ap em 1 u.m. na mesma direcção;
5. 1 u.m. em G faz Ap em 1 u.m. na mesma direcção;
6. 1 u.m. em NX faz Ap em 1 u.m. na mesma direcção.
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Nota: multiplicador das R < multiplicador dos gastos
Y c Y 1
Ra 1 c( 1 t) Ga 1 c( 1 t)
porquê?
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Nota: multiplicador das R < multiplicador dos gastos
Y c Y 1
Ra 1 c( 1 t) Ga 1 c( 1 t)
porque ...
quando o Estado aumenta os seus gastos, a
produção e o rendimento aumentam imediatamente,
ao passo que quando as transferências aumentam,
primeiro aumenta o consumo, e só depois há um
aumento na produção.
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Ex.: Multiplicador da taxa marginal de imposto (t)
Y0 Ca 0 cY0 t0Y0 R0 I p 0 G0 X 0 M 0
Y1 Ca1 cY1 t1Y1 R1 I p1 G1 X 1 M1
Y1 Y0 ...
Efeito Multiplicador (versão 2.0)
Ex.: Multiplicador da taxa marginal de imposto (t)
Y0 Ca 0 cY0 t0Y0 R0 I p 0 G0 X 0 M 0
Y1 Ca1 cY1 t1Y1 R1 I p1 G1 X 1 M1
SO = Ta – Ga – Ra + tY
Y
Ta - Ga - Ra
Saldo orçamental
Pergunta interessante:
Um aumento dos gastos públicos provoca uma
melhoria ou uma deterioração do saldo orçamental?
• À primeira vista: deterioração: gastos SO
mas...
• gastos rendimento impostos efeito = ?
logo...
• Multiplicador dos gastos em relação ao SO:
SO Y Y 1
t 1 e
Ga Ga Ga 1 c1 t
Saldo orçamental
Pergunta interessante:
Um aumento dos gastos públicos provoca uma
melhoria ou uma deterioração do saldo orçamental?
• Multiplicador dos gastos em relação ao SO:
SO Y Y 1
t 1 e
Ga Ga Ga 1 c1 t
t
1
1
t 1 c(1 t )
1 c 1 t
0
1 c1 t 1 c1 t 1 c1 t
pelo que um aumento nos gastos deteriora o SO!
Exercício
Suponha que numa dada economia se verificam as
seguintes relações:
C = 100 + 0.8Y I = 200
T = 50 + 0.25Y G = 300
R = 80 – 0.125Y