Gestalt-terapia A TEORIA DA GESTALT E A DINÂMICA DE GRUPOS • Surgiu no princípio do século XX. A palavra Gestalt significa o modo como os elementos estão agrupados juntos. • A noção de que o todo é maior do que suas as partes constituintes e de que seus atributos (do todo) não podem ser deduzíveis a partir do exame isolado das partes constituintes é um dos pilares da teoria. • A Gestalt-terapia fundamenta-se no Existencialismo porque muito próximo da Fenomenologia, absorveu o que a maioria das terapias existenciais considera importante, o encontro existencial interpessoal. • Um encontro existencial visa a autoatualização e a gestalt-terapia considera todo o campo biopsicosocial, incluindo organismo/ambiente, como importante. • Pode ser considerado “existencial” tudo que diz respeito à forma como o homem experimenta sua existência, a assume, a orienta, a dirige. A noção de responsabilidade de cada pessoa que participa ativamente da construção de seu projeto existencial em sua relativa liberdade. (Ginger, 1987. p . 36) • Existencialismo como ética, sustentada pela liberdade, a ação da liberdade é um ato consciente, uma awareness, uma escolha. • A Gestalt-terapia é fenomenológica por ser centrada na descrição subjetiva do sentimento (awareness) do indivíduo. É mais importante descrever do que explicar: o “como” precede o “porque”. O essencial é o processo que está se desenvolvendo aqui e agora. • Fenômeno é o que se torna luz, o que se apresenta, traduzido para a Gestalt é aquilo que damos significado, damos sentido ao mundo; sem consciência não há mundo e sem mundo não há o nós. O sujeito só percebe e dá significado se há intencionalidade, a subjetividade vai se constituir a partir desse movimento. • • Com essa posição fenomenológica podemos justificar o “aqui e agora” da Gestalt-terapia. O presente é ao mesmo tempo o passado, o presente e o futuro. Neste momento estão minhas experiências, meu self, meus projetos. O passado está em mim, na minha fala, na minha respiração, nos meus movimentos e na minha expressão. O passado é reestruturado em cada momento existencial. • Sua proposta é que cada pessoa atinja uma real percepção de si como um ser em relação, uma reflexão sobre o tipo de sociedade que vivemos e em que base ética estamos fundamentados. • A teoria da gestalt é precursora da idéia de incluir o observador na descrição do fenômeno observado, dentro do princípio, hoje universalmente aceito e sustentado pela teoria da relatividade, que não há objetividade pura na aproximação científica de qualquer fato natural. • Lewin, em seus primeiros trabalhos com grupos se apropriou de alguns aspectos da gestalt. Entre estes, o princípio de que os fenômenos só se tornam inteligíveis ao observador que consente em participar da vivência grupal. Isto levou a formular a aproximação metodológica denominada pesquisa-ação, no qual não só o observador era incluído no grupo, como não se escotomizava o fato de que com tal inclusão o modificava, o que, no entanto, não invalidava a proposta investigatória. Face to face groups • Contexto de pequenos grupos cuja configuração deve permitir aos participantes existirem psicologicamente uns para os outros e se encontrarem em uma situação de interdependência interação possível no decurso da experiência. • Os pequenos grupos, além de permitirem a observação “ao vivo” dos processos de interação social, constituem- se em uma unidade experimental de referência para a formulação de hipóteses que possam posteriormente ser confrontadas e comparadas com o encontro em outros agrupamentos humanos. Outras contribuições de Lewin: • Autoridade e tipos de liderança: estabeleceu três estilos básicos de liderar: autocrático, o laissez-faire e o democrático. • Descreveu as várias etapas do processo de solução de problemas em grupo: definição do problema; promoção de ideias, verificação das ideias, tomada de decisão, execução. Indicações Bibliográficas; • Perls, Frederick; Hefferline, Ralph; Goodman, Paul.(1997). Gestalt-Terapia. São Paulo: Summus Editorial. – http://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=b9pCM5xaJ6IC&oi=fnd&pg=PA2&dq=gestalt+terapia+conceitos&ots= cHhWK_2wXe&sig=CaI6fG2KPvgvXNI8hq0PvcXj0Rk#v=onepage&q=gestalt%20t erapia%20conceitos&f=false • Yontef, G.M. (1993) Awareness, Dialogue & Process - Essays in Gestalt. São Paulo: Summus Editorial. – http://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=32wrxZ6soz4C&oi=fnd&pg=PA7&dq=gestalt+terapia+conceitos&ots= C1rsum- goA&sig=wU2tKJDSxRyDeX_ksjftWHWEMHs#v=onepage&q=gestalt%20terapia %20conceitos&f=false • Ribeiro, Jorge Ponciano. (1985). Gestalt-terapia: refazendo um caminho. São Paulo: Summus Editorial. – http://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=cJCjXZO1QPQC&oi=fnd&pg=PA5&dq=gestalt+terapia+conceitos&ots =hleTbkv- XB&sig=F0_FfXL3r6ZfW02eU9xTX5fioK8#v=onepage&q=gestalt%20terapia%20c onceitos&f=false