Sunteți pe pagina 1din 126

Pós Graduação

Gestão Turistica e Hoteleira

Gestão de Alimentação e Bebidas


Gestão de Alimentação e Bebidas

• Na indústria hoteleira adoptou-se o termo F&B ( Food & Beverage )


para designar todas as actividades relacionadas com a produção, o
serviço e a comercialização de comidas e bebidas.

• Esta actividade, independentemente da categoria do


estabelecimento a que se refere apresenta-se, como um tremendo
enigma.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Mesa de 4 pessoas
Valor unitário da refeição ( couvert ) = 25,00€
Receita total = 100,00€
IVA 13% - 70,00€ = (8,05€)
IVA 23% -30,00€ = (5,60€)
Receita NET = 86,35€
Custo Matérias primas = 27% (23,30€)
63,05€
Custos com pessoal = 30% (25,90€)
37,15€

Custos energéticos + Seguros + Rendas + Comunicações.............


Gestão de Alimentação e Bebidas
Introdução
• Aspectos que caracterizam o negócio de F&B:

1. Reduzidos níveis de Rentabilidade;


2. Elevada Concorrência;
3. Actividade aparentemente simples, mas de extrema complexidade;
4. Dificuldade em atingir e manter plena consistência ao longo do
tempo;
5. Mão de obra intensa em horários “pesados” ;
6. Imagem de qualidade difusa;
7. Elevada exposição pública, sujeita à critica fácil ;
8. Elevados riscos com a saúde dos consumidores;
9. Exigência de uma gestão rigorosa, competente e dedicada
Gestão de Alimentação e Bebidas
Introdução
• O controlo de F & B é um eficaz instrumento de gestão,
através do qual pode ser avaliado o desempenho de
qualquer operação de comidas e bebidas, relacionando
indicadores de gestão previamente estabelecidos com
valores reais.

Nota: Os efeitos negativos decorrentes da ausência ou da ineficácia


dos serviços de controlo, reflectem-se em múltiplos aspectos, tais
como: compras ineficientes, favoritismo na escolha de
fornecedores, desvio de mercadorias, excesso de desperdícios,
deterioração de produtos, excesso de stocks, fixação incorrecta dos
preços de venda, vendas não facturadas, entre outras situações
Gestão de Alimentação e Bebidas
Introdução
• Definição clara dos objectivos (ratios de custo, níveis de
rentabilidade, qualidade do produto e dos serviços,
standards de produtividade )

• Meios suficientes para a obtenção da informação


necessária, nomeadamente ao nível do equipamento e
do software informático

• Definição de normas e de procedimentos de trabalho

• Aplicação atempada de medidas correctivas adequadas.


Gestão de Alimentação e Bebidas
Introdução
• O controlo deverá ser entendido como um meio à
disposição para maximizar a qualidade e a rentabilidade
e simultaneamente prevenir a ineficiência ou o roubo.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
• O acto de vender é, nos nossos dias, algo muito complexo. O
consumidor comum é constantemente bombardeado com todo o
tipo de produtos, bens ou serviços que se possa imaginar. Assim
vender num restaurante é muito diferente do que vender numa loja
de comércio. Nesse tipo de estabelecimento comercial os produtos
estão expostos nas chamadas montras, onde a disposição das
roupas é previamente estudada com base nas necessidades dos
clientes.

• Num restaurante a venda é mais complexa, na realidade não se


vende só iguarias e bebidas. Para além da comida e bebida há todo
um conjunto de comodidades que o cliente usufrui, que devem ser
muito bem estudadas tais como a decoração, o conforto, os
utensílios e materiais, o atendimento, etc
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
• É obvio que todos os pratos que o restaurante serve não estão
expostos ao cliente directamente, salvo raras excepções (self), mas
sim organizadas numa Carta ou Ementa.
As ementas ou cartas, embora tenham a mesma missão – anunciar
ao cliente as iguarias disponíveis para a sua refeição – são
bastantes diferentes:

• Carta - Lista das várias famílias de iguarias, com vários itens a


preços variados. Permite ao cliente um grande leque de opções,
consumido pela ordem que desejar, pagando só o que consumir.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
• Ementa -Lista de iguarias a ser servida durante uma refeição,
normalmente (entradas, prato peixe, prato carne, sobremesas).
Conjunto limitado de itens fixos vendidos unitariamente e, quer o
cliente o consuma na totalidade ou não, o preço é fixo

-Elaboração de ementas e cartas


A elaboração da ementa de um restaurante deverá obedecer a
determinados requisitos, de forma a satisfazer o mercado onde está
inserido e assegurando a máxima rentabilidade, nunca pondo em
causa a qualidade final e respectiva satisfação do cliente.
Na elaboração de uma ementa ou carta devemos ter em
consideração os seguintes factores:
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Categoria do estabelecimento – A escolha dos pratos e das
iguarias deve estar de acordo com a categoria do estabelecimento.
Um estabelecimento de categoria superior deve primar pela
qualidade dos alimentos e pela originalidade dos seus pratos. O
mesmo já não será de esperar de um restaurante mais modesto.

- Perfil da clientela - O tipo de cliente com que trabalhamos, o seu


perfil e características são importantíssimos para a elaboração da
ementa.

- Preferências regionais – Em cada região encontrámos diferentes


preferências gastronómicas. Por exemplo no Litoral há preferência
por peixes enquanto no interior as preferências recaem sobre as
carnes.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Tendências de mercado – Os clientes tendem a consumir
determinados produtos que estão “na moda”. Por exemplo,
actualmente, nota-se uma forte tendência para o consumo de
produtos biológicos e de produtos gourmet.

- Época do Ano – Deve dar-se preferência a produtos sazonais que


pela sua qualidade quer pelo preço. Além disso nas diferentes
estações do ano os clientes tendem a procurar iguarias diferentes.
Por exemplo no verão deve-se apostar numa maior oferta de
saladas e outros pratos leves.

- Capacidade de Produção – Os espaços de preparação, confecção


e serviço condicionam muitas vezes a ementa com que vamos
trabalhar.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Competência Técnica do Pessoal – A formação, capacidade,
experiência e conhecimentos são também determinantes para a
concepção da ementa.

- Os Fornecedores – O fornecimento dos produtos e serviços


exteriores, podem condicionar a elaboração dos pratos da ementa.

- O Custo dos Produtos – Dependendo do tipo de cliente com que


vamos trabalhar, assim poderá ser a decisão de escolha da ementa
em relação ao preço dos produtos.

- O Ratio do Food-Cost – A dependência do preço de custo de um


prato e a sua relação com o seu preço de venda, poderá determinar
a sua inclusão ou não na ementa.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Caracterizações dos Pratos – Por vezes pratos muito rentáveis
podem estar descaracterizados da ementa, do espaço e da região
onde nos encontramos.

- Tempo de Produção – O tempo de confecção de um prato,


também é factor determinante para a sua inclusão na ementa.

- Análise da Concorrência – Estudar os produtos que os nossos


concorrentes oferecem, é uma importante referência de
planificação.

- Aproveitamento Integral dos Produtos – A relação que diversos


produtos têm na confecção dos pratos, é determinante para a
elaboração da ementa.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Na elaboração de uma ementa, além dos factores atrás
mencionados, devemos seguir algumas regras:

1. Não deverão figurar na mesma ementa:


- Duas carnes da mesma natureza (branca, vermelha ou rosada)
- Dois preparos comportando sensivelmente os mesmos
ingredientes
- Dois molhos com a mesma base

2. Evitar qualquer nome ou termo susceptível de induzir o


consumidor em erro

3. Não utilizar incorrectamente nomes de receitas consagradas


Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
4. Os pratos dia, devem variar todos os dias, se possível mais do
que um, sem data pré-anunciada, que cause efeito surpresa,
estarem de acordo com o tipo de cliente, estação do ano e hora a
que são servidos.

Na elaboração das cartas há que ter atenção aos seguintes


aspectos:

1. É de todo vantajoso, aquando a elaboração da carta de


restaurante, mencionar a composição dos pratos, de forma a
facilitar a decisão da escolha por parte dos clientes.

2. O grafismo utilizado, deve ser atractivo, coerente com o estilo e


cultura do estabelecimento, de fácil leitura e com aspecto limpo.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
3. A ordem dos pratos, deve seguir uma lógica própria, tradicional
ou não, mas sempre com uma lógica própria. Não esquecendo que
deve aparecer sempre a composição do Couvert e respectivo preço,
referência ao IVA e taxas incluídas.

4. A variedade e diversidade dos pratos, é uma regra fundamental


na planificação das cartas. Uma carta deve ser composta por várias
variedades de produtos, mas nunca cair no exagero, devido à
acumulação de stocks e à dificultação da escolha do cliente.

5.A tradução, sempre que a localização o obrigue e para facilitar a


consulta,
deve ser apresentada em pelo menos 2 línguas (francês e inglês).

6. A apresentação dos pratos, deve ser sempre agrupadas por


famílias e exposta das confecções mais simples para as mais
compostas
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
7. Os pratos flamejados, preparados na sala, devem ser separados
ou mencionarem a palavra (flambé). Para assim o cliente poder
decidir sobre a origem da confecção.

8. Sempre que tenhamos pratos sujeitos a oscilação de preço


sistemática, tipo mariscos, devem estes aparecer no local do preço ,
com P.V. ( preço variável ). Para produtos cujas doses variam de
acordo com a vontade do cliente deverá constar o preço por Kg.

A análise destes factores permite a criação de uma carta ou ementa


que vá ao encontro das necessidades e expectativas do cliente,
constituindo uma valiosa Ferramenta de Marketing.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
-A Ementa
Uma ementa completa compõe-se geralmente de:
-Um acepipe ou sopa
-Um prato de peixe
-Um prato de carne
-Uma salada
-Uma sobremesa

A ementa simples, regra geral, é constituída por uma entrada, um


prato principal e uma sobremesa

Podemos ainda classificar a ementa mediante a existência ou não


de opção de escolha.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Exemplos:
Ementa com opção de escolha I

Sopa do Dia
.....................................................................................................
Asa de Raia no Vapor com Manteiga de Limão e Alcaparras
ou
Coxa de Pato Confitada com Batata Gratinada
.....................................................................................................
Cheesecake de Morango

Preço*: 7,50€

*Preços por pessoa e com IVA à taxa legal em vigor


Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Ementa Com Opção de Escolha II
Sopa do Dia
ou
Carpaccio de Carne com Rúcula e Parmesão
......................................................................................................
Salmão Corado sobre Espinafres Salteados com Molho de Ervas Finas e Alho
ou
Cherne no Forno à Portuguesa com Batatinhas
.....................................................................................................
Perna de Borrego Assada no Forno e Recheada com Broa e Chouriço
ou
Bife da Vazia Frito em Manteiga, Alho e Louro, com Batatinhas Salteadas
.....................................................................................................
Pudim de Abade de Priscos
ou
Fruta Tropical Laminada
Preço*: 19,00€
*Preços por pessoa e com IVA à taxa legal em vigor

Como vemos, o cliente escolhe os pratos assinalados mas a escolha é bastante


limitada.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Ementa Sem Opção de Escolha

Melão com Presunto


.............................................................
Medalhões de Pescada Dourados
.............................................................
Tornedó Três Pimentas
............................................................
Salada Verde
............................................................
Selecção de Queijos Internacionais
.............................................................
Trilogia de Gelados

Preço*: 34,00€

*Preços por pessoa; IVA à taxa legal em vigor


Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Nesta última ementa podemos verificar que o cliente não tem
opção de escolha estando pois limitado aos pratos apresentados.
Devido às limitações das ementas, os restaurantes mais
conceituados, colocam habitualmente à disposição do cliente, além
da ementa, a carta de Restaurante.

- As ementas popularizadas pelos franceses como menu du jour


(menu do dia),vendem-se actualmente com pomposas
denominações como “Menu Executivo” ou “Sugestão do Chefe”.
Estes menus ou ementas são mais comuns no serviço de almoços
e dão resposta à necessidade de refeições mais rápidas e a um
preço mais baixo.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Outros Tipos de Ementas

1. Ementas para Grupos -Estas ementas destinam-se a eventos


como Casamentos, Baptizados, Aniversários ou outras celebrações/
reuniões.

Sempre que a situação o exigir, deve-se ter dossiers com ementas


elaboradas para grupos ou banquetes, com composição dos pratos
e preço a cobrar por pessoa, indicando se necessário suplementos
como mesas de frios, aperitivos e digestivos. Estas devem de ser
de material barato para poderem ser levadas pelos clientes, devem
conter sempre nome e logótipo da empresa, morada e contactos
directos, para assim facilitar a escolha do cliente e ao mesmo tempo
publicitarem o estabelecimento.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
2. Ementa/ Menú Infantil – Consiste numa selecção de 2 a 3
pratos adequados aos gostos dos mais pequenos e com preços
mais reduzidos.
Exemplo:
Sopa de legumes+Bife com Batata Frita ou Douradinhos com
Batata Frita
+ Bola de Gelado.

3. Ementa/Menu Ovolactovegetariano, Celiaco, Vegan , Kosher


– Consiste numa sugestão de menu ajustada ás
necessidades/gostos de um grupo particular de clientes composta
normalmente por entrada, prato principal e sobremesa.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- A Carta

– A carta apresenta uma selecção mais completa de pratos do


que a ementa.

– O serviço à carta é mais demorado já que nenhum dos pratos


está confeccionado, existindo apenas a mise en place dos
mesmos. Só depois de o cliente fazer a sua escolha é que os
pratos começam a ser confeccionados.

– Existem cartas com mais ou menos pratos, sendo as compostas


por menos pratos vulgarmente chamadas de cartas reduzidas
ou cartas pobres.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Tipos de Cartas

– Carta de Restaurante – Composta pelo conjunto de iguarias


– Carta de Vinhos – Composta pelos vinhos à disposição do
cliente
– Carta de Sobremesas – Composta pelo conjunto de sobremesas
– Carta de Cafés – Composta por todos os cafés e digestivos
– Carta de Águas – Composta pela ofertas de águas minerais
nacionais e internacionais
– Carta de Bar – Bebidas de Bar e Cocktails
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- Organização da Carta de Restaurante

A capa deve ser elaborada aplicando as técnicas de imagem, deve


ser atractiva, condizer com a classe do restaurante, ter um arranjo
cuidadoso e de material de qualidade, deve conter o nome e
logótipo da casa, ser de fácil e rápida consulta, de tamanho
proporcionado, deve estar sempre bem limpa e sem rasuras com
letras bem legíveis.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
- No interior da carta deve-se agrupar as iguarias pelas
seguintes famílias:
- Acepipes
- Sopas
- Ovos
- Peixes
- Carnes
- Massas
- Guarnições
- Saladas
- Sobremesas (queijos doces e frutas)
Esta ordem não é rigorosa, pois por vezes, encontra-se trocada a
ordem entre acepipes e sopas, entre ovos e peixe, entre carnes e
massas, entre guarnições e saladas, entre outras.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Exemplo de uma carta de uso corrente:
CARTA :
Acepipes
-Ostras do Sado - 5.50€
-Camarão de Monte Gordo kg. - 6.00€
-Cocktail de marisco - 5.00€
-Espadarte fumado - 4.50€
-Espargos (quentes ou frios) molho à escolha - 5.00€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Sopas
Consommé com Jerez (quente ou frio) - 4.00€
Caldo verde à Minhota - 3.00€
Creme Rainha - 3.50€
Bisque de Lagosta - 5.00€

Ovos
Ovos mexidos com (espargos, presunto, cogumelos) - 3.50€
Ovos estrelados com (fiambre, presunto, paio) - 2.50€
Omeleta à caçador - 4.00€
Ovos em cocotte à moderna - 3.00€
Tortilha à Espanhola - 4.50€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Peixes
Rolinhos de Linguado à Flaviense - 22.50€
Pescada do alto (cozida, frita, grelhada) - 20.00€
Salmonetes à Setubalense - P.V.
Trutas do Minho à Navarra - 19.50€
Lagosta ao Natural - KG.

Carnes
Costeletas de Vitela com cogumelos - 24.00€
Escalopes “vienoise” - 23.00€
Bifes à cortador - 21.50€
Peru à Marechal - 20.50€
Chateaubriand com molho bearnês (2 pessoas) - 46.50€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Massas
Esparguete bolonhesa - 12.00€
Lasanhas verdes - 14.00€
Nhoquis à Romana - 14.50€

Guarnições e Saladas
Arroz de substância ou de miúdos - 4.50€
Batata frita ou salteada - 2.50€
Mistura de legumes - 3.50€
Bróculos ou couve-flor - 3.00€
Salada Mista - 2.00€
Salada Parisiense - 3.50€
Salada Primaveril - 3.50€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Cartas e Ementas
Sobremesas

Queijo Serra e Serpa - 4.50€


Queijo de Tomar, Alverca - 4.75€
Queijo fresco - 3.75€
Queijo Camembert e Roquefort 5.00
Pudim de Laranja 4.50
Omeleta com Rum 3.50
Crepes Suzette 5.00

Os preços das iguarias, não estão indicados com base nos preços
actualmente praticados mas sim, para dar a ideia de como o
cliente pode fazer a selecção de pratos e controlar o valor que quer
despender para a sua refeição.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
1ª Fase – COMPRA

Objectivo: Politica de compras que assegure o bom


funcionamento das suas operações por um lado, e que
garantam o menor investimento possível por outro.

-Verificação da aquisição dos produtos nas melhores condições


de preço, quantidade e qualidade.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
1.1- Actualmente podemos encontrar vários tipos de
politicas de compras. Vamos centrar-nos nos três que
actualmente são mais comuns:

1- Interna: Gestão efectuada directamente pelo Director ou


Director de F&B em conjunto com o ecónomo

2- Central de Compras comum: HOTELSHOP ( cooperativa


sem fins lucrativos ).

3- Direcção de Compras : Criação de um departamento próprio


de Compras. Normalmente encontramos esta situação em
grupos hoteleiros com um número relevante de unidades.
Actualmente há cadeias que criam ou se associam a portais de
compras com vantagens bastante significativas
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
Chefe de Compras – Elemento responsável pelas compras
da unidade.
- Leal e honesto para com a empresa para resistir a eventuais
tentativas de suborno.
- Elevados conhecimentos técnicos, nomeadamente no que diz respeito
á apreciação e distinção das várias qualidades de produtos bem como
da sazonalidade dos mesmos.
- Vasta experiência profissional, pois deverá conhecer as exigências do
serviço e da clientela e estar familiarizado com os fornecedores e com
os preços do mercado.
- deve privilegiar o diálogo com os chefes das secções e com os
fornecedores, por forma a melhor se aperceber da qualidade dos
produtos a adquirir.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
- O aparecimento de novos produtos e novos fornecedores no mercado,
deve merecer um cuidado especial, nomeadamente ao nível do estudo
e análise dos mesmos. São também importantes as visitas regulares a
mercados, empresas abastecedoras, congressos e feiras onde sejam
apresentados os novos produtos
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
1.2. Ponto de Encomenda

É o momento exacto em que deve ser dada ordem de


compra.
Tem de se definir um Stock Mínimo para cada produto em
função do seu consumo médio diário ( cmd ) e do seu tempo de
aprovisionamento ( ta ) , desde a sua encomenda até á sua
entrega no estabelecimento hoteleiro ( nº de dias ).

-Quando o produto atinge o SM significa que chegou a altura de


efectuar a encomenda do produto.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
-O Stock Mínimo é entendido como a quantidade mínima de produto
necessária para a manutenção da nossa actividade sem qualquer tipo
de quebra

Fórmula : SM = cmd x ta

- Apenas aplicável a produtos que se destinam a ser armazenados.


Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
Podemos também definir um Stock de Segurança para cada
produto em função do seu Stock Mínimo.

Este stock serve para fazer face á necessidade de termos uma


margem de segurança para produtos de maior rotação, ou para
produtos em que possamos ter uma alteração imprevista no seu
tempo de aprovisionamento.

Cmd x ta + % segurança
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
1.3.Rotação de Existências em Armazém ( Inventory
Turnover )

Indicador de Gestão extremamente importante, pois a sua análise


permite avaliar a boa dinâmica do serviço de compras. Quanto mais
elevada fôr a rotação de stocks, melhor é o desempenho da empresa

Definição: Rotação de Stocks, traduz quantidade de vezes que uma ou


mais mercadorias são adquiridas e consumidas num determinado
periodo de tempo.

Fórmula: Rotação de Stocks = Consumo mensal / Stock Médio

Stock Médio = ( Stock Inicial + Stock Final ) : 2


Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
Se fizermos uma compra semanal de um determinado produto,
significa que num mês temos uma rotação de quatro, senão
vejamos:

Consumo mensal = 180 Gfas de vinho da casa


Stock médio = 45
Rotação = 180: 45 = 4
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra
1.4. Escolha de Fornecedor

- Fundamental a existência de mais do que um fornecedor por cada tipo


de produto, especialmente dos que têm custo mais elevado.
- Concorrência saudável entre fornecedores, altamente benéfico para
quem compra.
- Garante a continuidade de fornecimento
- Escolha normalmente recai sobre os fornecedores que apresentam o
melhor equilibrio entre os factores qualidade, preço, condições de
pagamento, prazo e condições de entrega e garantia de seriedade e
solidez.
- Dar preferência a fornecedores que têm facilidades em nos fornecer um
conjunto alargado de produtos em detrimento de fornecedores que nos
fornecem apenas um produto.
- Simplificação de processos
- Menos custos associados.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Compra

Conclusão: O Fornecedor ideal deverá ser aquele que nos apresentar


o melhor produto, ao mais baixo preço, concedendo o mais alargado
prazo de pagamento e assegurando a entrega do produto o mais
rapidamente possivel ( na prática este tipo de fornecedor não existe ).

- Deverá existir sempre uma ficha de avaliação de Fornecedores


Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Recepção Mercadorias
2ª Fase – Recepção de Mercadorias
-Controlo da qualidade, do preço, da quantidade e do estado de
conservação das mercadorias recebidas.
-Há quem não dê a devida importância á fase de Recepção de mercadorias
considerando uma tarefa morosa e desnecessária. Os fornecedores
geralmente apressados aproveitam este facto para apenas entregarem a
mercadoria sem fazer a sua prévia conferência o que pode resultar que os
mesmos se “enganem” e registem nas facturas ou guias de remessa
quantidades e preços diferentes daqueles que foram pedidos e/ou
acordados. Também muitas vezes a qualidade entregue poderá não
corresponder á solicitada.
- A recepção de mercadorias é normalmente desempenhada por um
elemento do economato , conhecedor dos produtos pedidos e é sempre
aconselhável que o Chefe de Cozinha também esteja presente na
Recepção dos produtos mais específicos e caros ( carnes, peixes, produtos
gourmet… )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Recepção Mercadorias
- Localização e equipamento.
- A área de Recepção de mercadorias deve localizar-se preferencialmente,
entre a entrada de serviço e o Economato, no mesmo piso que os locais de
produção e de serviço, onde deverá existir um cais de descarga e
recepção. Desta forma serão evitadas perdas de tempo e de equipamento

- Esta área deve estar equipada com o seguintes equipamentos:


- Balança Decimal
- Balança de Plataforma ( raro )
- Carros manuais para facilitar o transporte das mercadorias.
- Termómetros ( preferência lazer )
- Carros mecânicos e elevadores ( unidades de grande
dimensão )

- Por razões óbvias, é fundamental que este local esteja em perfeitas


condições de higiene e limpeza.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Recepção Mercadorias
- Normas de Recepção
- É aconselhável a fixação de horários para a recepção de mercadorias,
principalmente para os produtos frescos destinados á área de produção
cuja utilização é necessária no próprio dia.
- Normalmente na parte da manhã
- Permite uma melhor racionalização das tarefas dos funcionários
envolvidos nas tarefas do Economato.

- Normas Básicas:
- Verificação da Qualidade ou Marca
- Verificação das quantidades
- Verificação dos Preços
- Verificação do Estado de Conservação ( Estado das embalagens,
temperaturas...)
- Verificação das normas legais ( prazos de validade, rotulagem )
- Condições de Transporte
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Recepção Mercadorias
- A verificação da mercadoria deve corresponder exactamente ao conteúdo
do documento que a acompanha , seja factura ou guia de remessa, bem
como todas as especificações pedidas no momento da encomenda.
- Caso os produtos entregues não correspondam aos requisitos solicitados
deve imediatamente ser emitida uma “nota de devolução “ onde é indicada
a razão pela qual a mercadoria não foi recebida.
-Logo que recebida e conferida a mercadoria deverá ser transportada para
os respectivos destinatários ( secções ou locais de armazenagem no
economato ).

- Registo Diário de entrada de Mercadorias


Todas as mercadorias que diariamente entram no Economato são
registadas de forma a obter-se um controlo eficaz dos produtos recebidos.
Neste registo podem analisar-se os produtos e as quantidades entradas, os
fornecedores e numeração dos respectivos documentos, os preços
unitários e preços totais, bem como o destino das mercadorias (
economato, cozinha, bar, etc. )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
3ª Fase – Armazenagem das Mercadorias

- Depois de compradas e devidamente recepcionadas as mercadorias


são canalizadas, consoante a sua natureza e as suas características,
para os respectivos locais de armazenagem.

- A armazenagem dos produtos de características e naturezas diferentes,


carece de condições especificas, pelo que é essencial a existência de
divisões próprias para o efeito.

Despensa ou Economato
- É o local onde são armazenados todos os géneros alimentícios de menor
perecibilidade, ou seja, produtos enlatados, enfrascados, ensacados,
empacotados, enfim, os também designados produtos de mercearia.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
- A sua localização deverá ser próxima do local de recepção das
mercadorias. A sua área deve ser dimensionada de acordo com as
características da operação , do seu volume de negócios e da distância dos
centros abastecedores.
- Deve ser um local fresco, arejado, com pouca humidade, bem iluminado,
revestido com materiais de cores claras facilmente laváveis e equipado
com bancadas, prateleiras e tinas com entrada e saída de água.
Câmaras Frigorificas
- destinam-se a conservar todos os alimentos deterioráveis , que carecem
da acção do frio para prolongarem a sua durabilidade, mantendo as suas
características próprias.
- No armazenamento dos alimentos nas câmaras frigorificas não deverão
haver misturas de produtos de características diferentes, de forma a ser
evitada, por um lado , a transmissão de cheiros e, por outro, pela
circunstância de cada tipo de alimento necessitar de temperaturas
diferentes para a sua conservação.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
-Deverão existir pelo menos 5 câmaras frigoríficas:
- Frutas e Legumes – 4 a 6C
- Carnes e Aves - 1 a 3C
- Peixes e Mariscos – 0 a 1C
- Leite e Derivados – 2 a 4C
- Conservação de Congelados – (- 18C )
Cave

- Local onde se armazenam todas as bebidas: Vinhos, espirituosos,


refrigerantes, cervejas, águas e restantes bebidas. Anexo a este local
deverá haver um outro para arrumação do vasilhame que os bares e os
restaurantes da unidade deverão devolver diáriamente.
- Tal como o nome indica a Cave deverá situar-se abaixo do piso térreo do
edifício.
A mais importante característica da cave reside na sua temperatura. Esta
não deverá sofrer oscilações, devendo situar-se entre os 8 e os 13C.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
Não é aconselhável a existência de janelas, pois a luz natural provoca
oxidação e alteração na cor do vinho, nem tão pouco deverá situar-se junto
a caldeiras, tubagens de água quente, elevadoresou outras instalações que
produzam calor, ruídos ou trepidações.

Artigos de papelaria, de drogaria e de manutenção


- Para cada uma destas famílias de produtos é conveniente a existência de
armazéns separados ainda que de reduzidas dimensões, dadas as
características especiais que os distinguem.

Reserva de Material
- Este sector ( que pode ou não estar subdividido dependendo da dimensão
da empresa ) serve para a arrumação de material e equipamento de
reserva, tal como : mesas, cadeiras, mobília diversa, roupa de mesa, loiças,
talheres, vidros, material áudio – visual, e outro )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
- Factores que podem levar á deterioração dos produtos nos
seus locais de armazenagem:
- Temperaturas Inadequadas
- Excessivo grau de humidade
- Períodos excessivos de armazenamento ( não cumprimento do
FIFO )
- Insuficiente Ventilação
- Inadequada separação dos alimentos
- Falta de condições de higiene
- Tempo excessivo entre a entrega e a armazenagem do produto.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
Ficha de Stock
A ficha de stock é um importante documento de armazém ,elaborado
individualmente para cada produto. Destina-se a registar todas as
movimentações de quantidades e de preços , dando a qualquer momento a
informação da s existências bem como do respectivo preço médio. Permite
ainda analisar as oscilações dos preços a que foram sendo adquiridas, bem
como permite observar o número de rotações num dado período (
turnover )

Valorização das Existências em Armazém


A flutuação de preços obriga á adopção de um critério uniforme para a
valorização de mercadorias. Dos vários métodos existentes, o cálculo do
custo médio é aquele que melhor se adapta a economias relativamente
estáveis como é o caso da nossa economia.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
- O cálculo do preço médio consiste em dividir o valor total do stock de um
determinado produto pela quantidade existente desse produto:

Preço médio = Valor do Stock : Existências

Vinho da Casa Stock Mínimo=15


Data Documento Entrada Saida Existência Preço Custo Preço MédioDéb/Cre Saldo
Jan 15 2 0 30
Fev Factura 60 75 2,2 2,16 132 162
Mar Requisição 20 55 2,16 43,2 118,8
Abr Requisição 40 15 2,16 86,4 32,4
Maio Factura 48 63 2,4 2,34 115,2 147,6
Junho Requisição 30 33 2,34 70,2 77,4
0
0
0
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Armazenagem
Inventário

Entende-se por inventário a contagem física de todas


as mercadorias armazenadas num determinado
armazém, sendo o seu principal objectivo o de apurar
eventuais desvios relativamente aos registos
contabilisticos, isto é, aos dados resultantes dos
lançamentos das entradas ( compras ) e das saídas de
armazém ( requisições ).

Inventário Inicial + Compras – Saídas = Requisições


Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Distribuição
4ª Fase – Distribuição de Mercadorias
A Distribuição é a última fase do circuito das mercadorias que está sob a
responsabilidade e orientação dos sectores de aprovisionamento e de
armazenagem da empresa. A partir desta fase, a responsabilidade pela boa
utilização dos produtos passará directamente para as mãos dos
responsáveis pela produção e venda, nomeadamente, chefes de cozinha,
de restaurantes, de banquetes, etc.

-Requisição Interna
A Requisição Interna, é o documento interno que permite a saída das
mercadorias do armazém para as diferentes secções da unidade hoteleira (
cozinha, cafetaria, restaurante, bar, andares, Recepção, etc )
- Nenhum artigo deve sair do armazém sem a respectiva Requisição
Interna
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Distribuição
- Geralmente, cada secção possui um livro de requisições com numeração
própria e até com cores diferentes para melhor identificação e posterior
controlo.

- A Requisição Interna deverá ser emitida em duplicado, ficando o original


na posse do Economato (secção fornecedora ) e o duplicado na posse do
chefe da secção requisitante para conferência da mercadoria aviada.

- Actualmente já se realizam todas as requisições internas em suporte


informático, sendo as mesmas geradas nos POS das secções.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Distribuição
Informações que devem constar de uma Requisição Interna:
- Data da Requisição
- Identificação da secção requisitante
- Designação do Produto
- Quantidades Requisitadas
- Quantidades fornecidas
- Preço Médio
- Valor Total
- Identificação de quem requisita e de quem avia a requisição
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Distribuição
Normas de Distribuição

- As mercadorias deverão ser levantadas no economato a um determinado


horário pré estabelecido , por secção , de forma a evitar aglomerações
desnecessárias.
- Outra regra fundamental no processo de distribuição de mercadorias, é o
cumprimento do principio em que o primeiro produto a entrar no armazém,
será o primeiro produto a sair ( first in first out )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
• Análise de Desperdícios
Um aspecto fundamental a considerar na gestão da Produção é
a análise dos desperdícios resultantes da preparação e do
corte das carnes e dos peixes.

- São produtos com um peso bastante elevado no conjunto dos custos


de produção e que merecem rigor na compra e posterior utilização.
- Uma vez que estes produtos normalmente são comprados em bruto
, terá de ser feita uma valorização que corresponda ao peso liquido que
representam, isto é, á parte do produto que nós efectivamente
aproveitamos.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
Podemos encontrar no mercado uma peça de carne ( ex. lombo de vaca )
a diferentes preços , e a mais barata ser menos rentável do que a mais
cara pelo simples facto de ter mais desperdício.

Produto: Lombo de Vaca Fresco Quantidade = 5Kg cada


Fornecedor A: Fornecedor B:
Preço Unitário = 25€ Preço Unitário = 27€
Desperdício = 2 Kg Desperdício = 1,5 Kg
Peso Liquido = 5-2 = 3Kg Peso Liquido = 50-1,5 = 3,5 Kg
Preço por Kg Liq.= (25x5):3 Preço por Kg Liq. = (27x5):3,5
125:3= 41.6€ 135:3.5= 38.57€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
• Ex. Tabela de Desperdícios

Robalo Posta 35%


Cherne Filete 40%
Linguado Inteiro 10%
Linguado Filete 45%

Lombo de Vaca Tornedó 35%


Vazia Rosbife 30%
Borrego Costeletas 20%
Pojadouro Escalopes 25%
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
• Análise dos potenciais de venda
A análise dos potenciais de venda , é um mecanismo de controlo que
permite avaliar se o consumo de determinado produto coincide com a sua
venda efectiva, isto é, permite comparar a venda potencial com a venda
real.

Sempre que a venda real é igual à venda potencial, estamos perante a


situação ideal.

Exemplo:
Capitação de um bife de Lombo de Vaca = 200 gr
Potencial de venda de 1 Kg de Lombo de Vaca = 5 Unidades.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção

As carnes e os peixes têm desperdicios inconstantes, têm aplicações


culinárias diferentes, são inventariados em estado bruto e em estado
“liquido”, têm quebras de produção , isto é, existe um sem número de
situações que obrigam a estarmos atentos e a considerar as mais diversas
variaveis relativamente ás diferenças entre as nossas vendas potenciais e
as nossas vendas reais.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção

-As vendas potencias são calculadas mediante o consumo realizado durante


o periodo em análise, através da informação fornecida pelos inventários e
pelas compras.

-As vendas reais são calculadas em função dainformação recolhida nos


P.O.S. No referido periodo, tendo em conta as capitações pré-definidas pelas
fichas técnicas de produção.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
Inventário Inicial 5 Kg - Filetes e postas preparados ( P.Liq. )
9 Kg - 2 Chernes Inteiros ( P. Bruto )
Compras do mês 52 Kg - Chernes Inteiros ( P. Bruto )
Inventário Final 2 Kg- Filetes e postas preparados ( P. Liq )
5 KG - 1 Cherne Inteiro ( P. Bruto )

% Desperdicio médio 35%

Nº de doses vendidas 66
Nº de doses vendidas 100
Capitação filetes 0,300Kg
Capitação Posta 0,380Kg
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
Mapa de Controle de Potenciais de Venda
VARIAVEIS VALOR EXPLICAÇÃO
1 Inventário Inicial. Peso Liquido 5 contagem no inicio do mês ( P. Liq )
2 Inventário Inicial. Peso Bruto 9 contagem no inicio do mês ( P. Bruto)
3 Entradas ( Peso Bruto ) 52 Compras feitas no mês
4 Inventário Final. Peso Liquido 2 Contagem no final mês ( P.Liq )
5 Inventário Final. Peso Bruto 5 Contagem no final mês ( P.Bruto )
6 % Desperdicio 35% Valor médio de desperdicio
7 Consumo Potencial. Peso Bruto 56 2+3-5
8 Consumo Potencial. Peso Liquido 3 1-4
9 Conversão Peso Liquido em Bruto 4,6 8 / 100% - 6
10 POTENCIAL VENDA.PESO BRUTO 60,6 7+9
11 Vendas de Filetes 20 doses vendidas x capitação (P. Bruto)
12 Vendas de Postas 38 doses vendidas x capitação (P. Bruto)
13 TOTAL DE VANDAS PESO BRUTO 58 11 + 12
14 Desvio ( Peso Bruto ) 2,6 10 - 13
15 % Desvio 4,30%
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção

-As principais razões para a ocorrência de desvios são:


- Inventariações incorretas
- Taxas de desperdicio mal calculadas
- Capitações excessivas
- Faturação incorreta
- Roubo
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
• Teste do Cortador

-O Teste do cortador é um importante instrumento de gestão ,


uma vez que permite valorizar as diferentes subdivisões de
uma determinada peça de carne ou de peixe comprada por
inteiro, através de uma comparação com os preços do
mercado.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção

VAZIA SEM OSSO 18 Kg Custo Unitário Kg = 17€ Custo total ( 18 x 17 ) 306

Preço Unit. Valor total Valor total Preço


Composição da Peça Peso Mercado Mercado Mercado % Valorização Interna Unitário

Bife 10 20 € 200 € 63,49% 194,3 19,4

Escalopes 4 17 € 68 € 21,59% 66,1 16,5

Strogonoff 3 14 € 42 € 13,33% 40,8 13,6

Hamburguers 1 5€ 5€ 1,59% 4,9 4,9

TOTAL 18 315 € 100% 306


Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
• Ficha Técnica de Produção

A ficha técnica de produção ou ficha técnica de cozinha, é o instrumento que garante a


manutenção de um controlo de qualidade permanente em toda a produção de F&B. Numa
operação organizada, para cada item disponivel na oferta de F&B é elaborada uma ficha técnica
que deve incluir as seguintes informações:

- Designação ou nome do Produto


- Fotografia
- Ponto de Venda
- Numero de doses confeccionadas
- Ingredientes utilizados, quantidades, preço unitário e preço total
- Descrição do modo de preparação
- Preço de Venda Liquido ( sem IVA )
- Custo Total
- Custo por dose
- Margem de contribuição unitária
- Ratio de food cost
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
• Vantagens inerentes á utilização de Fichas técnicas:
- A produção (cozinha, bares,….) assegura a necessária padronização, pois
independentemente do elemento que executa a confecção o resultado final deverá
manter-se constante, desde que sejam respeitadas as dosagens ( capitações ), o
modo de preparação e a apresentação final.

- Os responsáveis pelo serviço ( Restaurante, e outros pontos de venda ) são


informados sobre os ingredientes, a preparação do prato, a explicação a dar ao
cliente e a mise en place necessária.

- O controlador obtém uma informação precisa sobre o custo e o respectivo ratio,


bem como da margem de contribuição unitária.

- O gestor assegura a consistência em todo o ciclo produtivo, desde a confecção até


ao serviço ao cliente, permitindo-lhe uma análise á rentabilidade individual de cada
produto.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ciclo das Mercadorias- Produção
INDICADORES DE GESTÂO

Ratio de food cost Unitário = Custo Total Unitário : Preço de Venda Líquido x 100

Margem contribuição Unitária = Preço Venda liquido Unitário – Custo Total Unitário

Ratio de Beverage cost Unitário = Custo Total Unitário : Preço de Venda Líquido x 100

Ratio de Food cost total = Custos totais Liquidos: Vendas totais Liquidas x 100

Ratio de Beverage cost total = Custos totais Liquidos : Vendas Totais Líquidas x 100

Ratio de F&B Cost Total = Custos Totais Liquidos : Vendas totais Líquidas x 100

Ratio Padrão = É a percentagem de custo de matérias definida como objectivo para a


operação de F&B
Gestão de Alimentação e Bebidas
Análise de Ratio F&B Unitário
Feijoada de Carnes e Mariscos 10 doses
Quantidade Unid Produtos Preço Un. Custo Preço Ttl
1 Kg Feijão Encarnado 1 1
0,75 Kg Lombo Vaca Fresco 23 17,25
0,75 Kg Lombo de Porco 11 8,25
1 Kg Camarão Grande 25 25
1 Kg Lagosta Fresca 35 35
1 Qb Ingredientes 1 1
Custo Total Liq 87,5
Custo Unitário 8,75
Preço venda Unit. Liquido 18
Ratio Unitário de Custo 49%
Margem Contribuição Unitária 9,25
Ratio Unitário Custo PADRÃO 35%
Gestão de Alimentação e Bebidas
Análise de Ratio F&B Unitário
Feijoada de Carnes e Mariscos Alternativa 1 10 doses
Quantidade Unid Produtos Preço Un. Custo Preço Ttl
1 Kg Feijão Encarnado 1 1
0,75 Kg Lombo Vaca Fresco 21 15,75
0,75 Kg Lombo de Porco 9 6,75
1 Kg Camarão Grande 23 23
1 Kg Lagosta Fresca 32 32
1 Qb Ingredientes 1 1
Custo Total Liq 79,5
Custo Unitário 7,95
Preço venda Unit. Liquido 18
Ratio Unitário de Custo 44%
Margem Contribuição Unitária 10,05
Ratio Unitário Custo PADRÃO 35%
Gestão de Alimentação e Bebidas
Análise de Ratio F&B Unitário
Feijoada de Carnes e Mariscos Alternativa 2 10 doses
Quantidade Unid Produtos Preço Un. Custo Preço Ttl
1 Kg Feijão Encarnado 1 1
0,6 Kg Lombo Vaca Fresco 21 12,6
0,6 Kg Lombo de Porco 9 5,4
0,8 Kg Camarão Grande 23 18,4
0,8 Kg Lagosta Fresca 32 25,6
1 Qb Ingredientes 1 1
Custo Total Liq 64
Custo Unitário 6,4
Preço venda Unit. Liquido 18
Ratio Unitário de Custo 36%
Margem Contribuição Unitária 11,6
Ratio Unitário Custo PADRÃO 35%
Gestão de Alimentação e Bebidas
Análise de Ratio F&B Unitário
Feijoada de Carnes e Mariscos Alternativa 3 10 doses
Quantidade Unid Produtos Preço Un. Custo Preço Ttl
1 Kg Feijão Encarnado 1 1
0,75 Kg Lombo Vaca Cong. 19 14,25
0,75 Kg Lombo de Porco 9 6,75
0,75 Kg Camarão Grande 23 17,25
0,75 Kg Lagosta Cong 28 21
1 Qb Ingredientes 1 1
Custo Total Liq 61,25
Custo Unitário 6,125
Preço venda Unit. Liquido 18
Ratio Unitário de Custo 34%
Margem Contribuição Unitária 11,875
Ratio Unitário Custo PADRÃO 35%
Gestão de Alimentação e Bebidas
Análise de Ratio F&B Unitário
Ratio Padrão 32% Creme de Marisco Bife à Portuguesa

Preço Unitário de Venda Liquido 5€ 15 €

Preço Unitário de Custo Liquido 0,25 € 6€

Margem Contribuição Unitária 4,75 € 9,00 €

Ratio Unitário de Custo 5% 40%

Doses Vendidas no mês 1250 1250 2500

Total de Receita Liquida 6.250 € 18.750 € 25.000 €

Total de Custos Liquidos 313 € 7.500 € 7.813 €

Ratio Geral 31%


Gestão de Alimentação e Bebidas
PRIME COST
PRIME-COST
-O custo de pessoal calcula-se, tendo em conta os seguintes items:
€ Massa Salarial (*)
€ Alimentação do Pessoal
€ Encargos Sociais
€ Gratificações
€ Prémios
€ Outros
(*) A Massa Salarial se for calculada numa base anual, será:
Massa Salarial = Salário Mensal x 14 Meses
Desta forma é então possível encontrar o custo de pessoal.
Gestão de Alimentação e Bebidas
PRIME COST

Quanto à caracterização deste tipo de custo, sendo um custo de


exploração, é automáticamente directo e controlável. No que se refere a
ser fixo ou variável, considera-se, em princípio, um custo fixo, pois não
varia, havendo no entanto um montante considerado variável constituído
pelas horas extras, quer de pessoal efectivo, quer de pessoal extra
contratado
Gestão de Alimentação e Bebidas
PRIME COST

O PRIME-COST (em valor absoluto) É O SOMATÓRIO DO F&B COST


COM O CUSTO DO PESSOAL

PRIME-COST = F&B COST + CUSTO PESSOAL F&B

O Prime-Cost é um custo variável, e o mais importante de gerir


no departamento de F&B, pois é constituído pelos 2 custos não só de
mais difícil gestão, mas principalmente de maior peso no total dos custos.
Gestão de Alimentação e Bebidas
PRIME COST
Gestão de Alimentação e Bebidas
PRIME COST

Exercício Prático

Calcule o Prime-Cost, tendo em conta:

F&B Cost = € 300.000


Custo Pessoal = € 250.000
Horas Extras = € 50.000
Volume Vendas = € 1.000.000
Gestão de Alimentação e Bebidas
PRIME COST

Resolução:

Prime-Cost em valor absoluto = 300.000 + 250.000 + 50.000


= € 600.000

Prime-Cost em % = ( 600.000 : 1.000.000 ) x 100 = 60%


Gestão de Alimentação e Bebidas
Ponto equilibrio- Break Even Point

Definição:
O Ponto de Equilibrio, também designado por Breakeven point, é o
momento em que os somatórios dos custos fixos e variaveis da
operação é igual ao volume de vendas registado. A partir desse
momento a empresa começará a gerar lucros.
- Custos Fixos: custos inerentes ao funcionamento da empresa,
independentemente do nivel de atividade da mesma. São custos que não
têm qualquer relação com as vendas, como por exemplo, pessoal, material
de exploração, seguros, rendas, contratos de manutenção, entre outros
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ponto equilibrio- Break Even Point

- Custos Variaveis: tal como o nome indica, são custos que variam consoante a
atividade da empresa e que estão diretamente ligados à produção seja de F&B
seja de Alojamento ( carnes, lavandaria, amenities, peixes,...)

- Custos semi variaveis: São custos que possuem uma componente fixa e uma
outra variavel a qual depende da actividade da empresa ( gás, electricidade,
água..)
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ponto equilibrio- Break Even Point
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ponto equilibrio- Break Even Point

Ponto de equilibrio em volume de vendas =


Custos Fixos / ( 100% - % Custos variaveis )

Custos fixos = 625.000


Custos variaveis = 28%
BEP = 625,000 / ( 100%-28% )
BEP = 625,000 / 72%

BEP = 868,056€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Ponto equilibrio- Break Even Point
• Ponto de equilibrio em volume das refeições =
Custos Fixos / ( preço médio refeição – custo variavel da
refeição)
Custos Fixos = 625,000
Preço medio refeição = 37€
Custo variavel da refeição = 28%
Custo variavel Refeição = ( 37 x 28% ) = 10,36€
BEP = 625,000 / ( 37 – 10,36 )
BEP = 625,000 / 26,64€
BEP = 23,461 Refeições
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus
• Planificação de cartas:

• Baseada em 2 principios:
- Lei de OMNES ( Planificação )
- Lei de Hurst & Smith ( rentabilidade )
– Simples
– Atractiva
– Fácil leitura
– Traduzida

• Objectivos:
– Instrumentos de gestão das vendas
– Criar harmonia ( escolha de pratos )
– Ajustar a carta á procura dos clientes
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus
• Lei de Omnes

• 1ª Lei: Numa familia de items de uma carta, o item com o preço


mais elevado não deve exceder 2,5 a 3 vezes o item de preço mais
baixo

• 2ª Lei: Numa familia de items, o número de iguarias de valor mais


baixo somado ao número de iguarias de valor mais alto deverá ser
igual ao numero de iguarias de valor médio

• 3ª Lei: As promoções com o objectivo de vender a imagem do


restaurante devem-se fazer dentro da gama de iguarias de preço
médio

• 4ª Lei: O valor do ratio entre o preço médio de procura e o preço


médio de oferta, deve estar compreendido no intervalo de 0,9 e 1
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes

Items PVL
Frango Assado 3,25€
Costeletas de Porco na Grelha 3,50€
Bifinhos de Vitela C/ Cogumelos 4,75€
Cordon Blue 5,25€
Carne de Porco á Alentejana 5,75€
Espetada Mista 6,25€
Bife com molho 3 Pimentas 8,25€
Tornedó com Roquefort e Natas 9,50€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes
• Lei de Omnes – aplicação:
1ª Lei:

Tornedó com Roquefort e Natas 9,50€


:
Frango Assado 3,25€
2,92
– A 1ª lei verifica-se, na medida em que o quociente entre o prato
mais caro e o prato mais barato não é superior a 3
– Esta variação do custo do prato na familia, é neutro aos olhos
do cliente, pois não existe uma grande disparidade de valores
entre os preços.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes
Items PVL
Frango Assado 3,25€
Costeletas de Porco na Grelha 3,50€
Bifinhos de Vitela com Cogumelos 4,75€
Cordon Blue 5,25€
Carne de Porco á Alentejana 5,75€
Espetada Mista 6,25€
Bife com molho 3 Pimentas 8,25€
Tornedó com Roquefort e Natas 9,50€
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes
• Lei de Omnes – aplicação:

2ª Lei:
Considerando os diferentes niveis de preços e
observando as variações concluimos que as grandes
variações se verificam entre o 2º e o 3º prato e entre o
6º e o 7º prato. São estas as principais fronteiras.

Assim, a 2ª lei verifica-se uma vez que o somatório dos


pratos de preço mais baixo é mais alto é igual ao nº de
pratos de preço médio
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes
3ª Lei

As promoções deverão ser feitas utilizando os pratos de


preço médio.

( Aplicação directa )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes
Items 1-PVP 2- Couverts Receita ( 1x 2)

Frango Assado 3,25€ 60 195,00€


Costeletas de Porco na 3,50€ 55 192,50€
Grelha
Bifinhos de Vitela c/ 4,75€ 70 332,50€
Cogumelos
Cordon Bleu 5,25€ 87 456,75€
Carne de Porco á 5,75€ 90 517,50€
Alentejana
Espetada Mista 6,25€ 75 468,75€
Bife com molho 3 pimentas 8,25€ 23 189,75€
Tornedó c/ Roquefort e Natas 9,50€ 18 171,00€

TOTAL 46,50€ 478 2.523,75€


Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes

• O PMP ( Preço médio de procura ) é o preço médio que


o cliente procura no estabelecimento

PMP = Receita total


Nº total de Couverts

PMP = 2523,75 = 5,28


478
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes

• O PMO ( Preço médio de oferta )é o preço médio que o


estabelecimento oferece aos clientes

PMO = Total Preço de Venda


Nº Total de Pratos

PMO = 46,5 = 5,81


8
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Omnes

PMP / PMO = X 5,28 / 5,81 = 0,91

A 4ª lei verifica-se. O PM do prato que o cliente procura é ligeiramente


inferior ( cerca de 10% ) ao PM dos pratos que temos para oferecer.

Na eventualidade do PMP ser superior ao PMO (ratio superior a 1 )


significa que os clientes procuram pratos cujo Preço está acima do
nosso PMO. Básicamente podemos afirmar que estamos a “perder”
dinheiro, pois os nossos pratos estão com valor inferior á procura do
cliente.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei Hurst & Smith
• Para verificar-mos a Rentabilidade de um prato de uma dada Familia (
Sopas, Entradas, Pratos principais, sobremesas ) devemos analisar as
vendas de um determinado periodo ( mês, trimestre, Semestre, ano ) e
verificar o total de receitas e de custos resultantes da actividade desse
periodo de modo a podermos verificar a margem de contribuição total
dessa familia.

• Após o cálculo da margem de contribuição da familia deveremos calcular a


margem de contribuição média unitária

M.Contribuição Unit.Média = Margem Contribuição Total / Total couverts vendidos

• Todos os pratos que tenham uma margem de contribuição superior á média


, contribuem para o “sucesso do negócio “ - têm Alta Rentabilidade
• Os pratos que tenham uma margem de contribuição abaixo da média, têm
baixa rentabilidade
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Hurst & Smith

• A Lei de Hurst e Smith permite-nos fazer a análise da nossa carta


em função da rentabilidade e da popularidade dos items que a
compõem.

• Através desta análise consegue-se medir o desempenho de cada


um dos items da carta, permitindo saber quais aqueles que
realmente interessam vender e aqueles que devem ser substituidos.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Hurst & Smith
• Para verificar-mos a Popularidade de um prato de uma dada
Familia ( Sopas, Entradas, Pratos principais, sobremesas )
devemos analisar as vendas de um determinado periodo ( mês,
trimestre, Semestre, ano ) .
• A lógica, levar-nos-ia a calcular o Indice de popularidade, da
seguinte forma
100% / Nº Items da familia

• No entanto foi definido que em regra nenhum prato terá uma


popularidade superior a 70%.
Assim, passou-se a calcular o Indice de popularidade com base em:

70% / Nº Items da familia


Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Hurst & Smith
• Após o cálculo dos indices de Popularidade e de Rentabilidade,
verificamos quais os pratos que tem Alta ou Baixa Popularidade e
os que têm Alta ou Baixa Rentabilidade e verificamos que podemos
obter várias conjugações:

Alta Popularidade / Alta Rentabilidade = STAR Alta Popularidade / Baixa Rentabilidade = PLOWHORSE

Baixa Popularidade / Alta Rentabilidade = PUZZLE Baixa popularidade / Baixa Rentabilidade = DOG
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Hurst & Smith
• Caracterizando as diferentes familias de produtos que obtemos temos:

• Star ( AA )- São os pratos que têm elevada procura e apresentam boas


margens de contribuição, contribuindo de forma decisiva para a
rentabilidade do negócio.
Deverá haver uma constante preocupação na manutenção da qualidade,
da quantidade, da apresentação e do preço de cada um destes pratos
porforma a garantir a manutenção da procura
• Plowhorse ( AB )- São pratos muito procurados, atraindo clientela ,
apresentando contudo fracos niveis de rentabilidade
Pela sua atractividade são pratos que vale a pena serem mantidos ,
devendo procurar aumentar a sua rentabilidade através da redução dos
seus custos, ou caso o mercado o aceite num aumento do seu preço de
venda
Gestão de Alimentação e Bebidas
Engenharia de Menus - Lei de Hurst & Smith

• Puzzle ( BA )- São pratos com caracteristicas opostas aos


anteriores. São produtos pouco procurados mas com boas margens
de contribuição.
Deverá haver uma constante preocupação na tentativa de aumentar
a procura destes pratos, ou caso contrário, verificar se se justifica a
sua manutenção na carta em virtude da pouca rotação dos produtos
em stock que correm o risco de se deteriorarem.

• DOG ( BB )- São pratos com pouca procura e com pouca


rentabilidade, devendo ser de imediato substituidos por outros
pratos que apresentem melhores expectativas de vendas e de
margem de lucro.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências - 4ª e 5ª gama
• A era industrial chegou aos alimentos através dos produtos de 1ª
gama ou produtos frescos: hortofruticulas, peixe, carne, ovos, etc….
Sem qualquer tipo de processamento

• Vieram depois os produtos de 2ª gama ou produtos congelados,


que têm a vantagem de se poder conservar durante periodos longos
mantendo as suas caracteristicas originais.

• Posteriormente surgiram os produtos de 3ª gama ou produtos


enlatados, que são produtos cozinhados e esterilizados nas
próprias embalagens, prontos a consumir e mantidos á temperatura
ambiente por periodos de tempo longos ( mais de um ano ).
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências - 4ª e 5ª gama

• Entretanto os produtos de 1ª gama hortofruticolas deram origem


aos produtos de 4ª gama. Produtos escolhidos,
lavados/desinfectados/descascados, cortados e acondicionados em
atmosfera modificada, para aumentar o tempo de prateleira dos
produtos frescos ou minimamente processados.

• A 5ª gama industrial diz respeito aos alimentos pré-cozinhados,


submetidos a calor através da cozedura, pasteurização ou
esterilização e que, a partir de diferentes ingredientes, constituem
um prato pronto a servir.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências - 4ª e 5ª gama
• A evolução da industrialização de alimentos tem, assim
seguido duas vias distintas:

1. A que envolve o aumento do tempo de prateleira dos produtos


frescos ( 4ª gama ) e a que se debruça sobre a conservação
dos alimentos já cozinhados ( 5ª gama ).

2. Estas duas vias completam-se ao permitir fornecer ao


consumidor final refeições fáceis de adquirir e transportar e
que necessitam, quando muito, de um aquecimento para a
temperatura ideal de consumo.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• A NASA procurava soluções para arrefecer e congelar os alimentos
por forma a parar / evitar o desenvolvimento bacteriológico.

• Para isso criou o primeiro “arrefecedor” rápido / congelador, e


assim, o sistema surgiu sendo rapidamente aproveitado para outras
utilizações
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• O que é e como funciona:

– Sistema de Catering baseado na confecção completa de um produto,


seguida de arrefecimento rápido e armazenagem a temperatura baixa e
controlada com subsequente reaquecimento / regeneração na altura de
consumo do alimento.

– Cook & Chill significa cozer e arrefecer, e o processo consiste em


cozinhar o alimento a temperaturas superiores a 74ºC por mais de
cinco minutos e a arrefecer em equipamentos que baixam a
temperatura do produto rapidamente até à temperatura de 3ºC.

– O processo deverá ser desenvolvido dentro de rigorosos métodos de


controle de temperatura utilizando equipamentos de tecnologia
avançada.

– O processo reduz ao mínimo o risco de contaminação do alimento pois


a passagem pela zona de perigo ( 5ºC e 65ºC ) é reduzida a um tempo
mínimo.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
– Os arrefecedores funcionam por circulação de água ( ideal para
produtos com uma DLC até 45 dias ) ou ar ( para produtos
consumidos até 5 dias ).

– Com isso é possível produzir refeições para consumo futuro


com características, consistência e sabor idênticos aos
preparados na hora.

– O processo minimiza os riscos de contaminação, preserva as


características nutricionais dos alimentos e não deixa o efeito de
pasteurização no sabor e na consistência dos alimentos.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
– O processo pode ser solução para inúmeras situações, não se
restringindo ás dimensões da cozinha.

– Actualmente podemos ver este processo em cozinhas centrais,


em hotéis, restaurantes e em organizações de eventos.

– Para os hotéis e restaurantes que têm como principal


característica a de trabalhar com uma população flutuante, faz
com que o Cook & Chill colabore para equacionar fluxos de
saída da produção e dar rapidez ao atendimento.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Ciclo de Produção

– Recepção
– Armazenamento
– Preparação
– Confecção (Cozedura / fritura / grelha )
– Arrefecimento
– Fraccionamento
– Armazenamento ( temperatura controlada )
– Distribuição / Transporte
– Regeneração
– Empratamento
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Confecção

- Tempo e temperatura suficiente para assegurar a destruição de


microrganismos patogénicos (centro do alimento + de 70ºC, mínimo
2 minutos ).

- Controlo da temperatura no final da confecção através de sonda

- Controle do óleo da fritura


Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Arrefecimento Rápido
- Células de arrefecimento

- Redução de temperatura dos 74ºC aos 10ºC, em menos de 2


horas.

- Controlo de temperatura, através de sonda e tempo de


arrefecimento.

-Após arrefecimento, selar alimentos


( Colocar etiqueta e armazenar em temperatura controlada )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Arrefecimento Rápido
- Células de arrefecimento

- Redução de temperatura dos 74ºC aos 10ºC, em menos de 2


horas.

- Controlo de temperatura, através de sonda e tempo de


arrefecimento.

-Após arrefecimento, selar alimentos


( Colocar etiqueta e armazenar em temperatura controlada )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Distribuição das Refeições

- Sala de distribuição à temperatura constante de 8ºC

- Separação das refeições por cliente ( centrais ).

- Uso de máscara e desinfecção das mãos

- Recolha de amostras: Frio positivo ( validade + 72hrs ); Frio


negativo ( validade + 7 dias ).
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Transporte.

- Em veículos refrigerados, com controlo de temperatura.


- Centro do alimento – 7ºC

• Recepção de Mercadorias

- Estado da embalagem
- Rotulagem / Data de validade
- Temperatura:
- Ideal – 7ºC
- 7ºC a 10ºC – Consumir em 24 hrs
- + que 10ºC - Rejeitar
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Armazenagem e Regeneração

- Armazenagem entre 0ºC e 4ºC

- No dia de consumo não deve exceder os 10ºC, até ao momento


da regeneração.

- A refeição só pode ser consumida dentro do seu prazo de validade


( “Consumir até….” )

- Regeneração em forno convector, em fogão ou microondas ( de


acordo com as indicações da confecção )
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Vantagens:

- Permite a produção de refeições com antecedência ( com DLC


mínimas de 6 dias ).

- Maior segurança alimentar.

- Apenas uma cozinha distribui para vários locais (Cozinha Central).

- O arrefecimento rápido impede a formação de cristais de gelo,


garantindo assim a preservação das qualidades nutritivas e
organoléticas dos alimentos.
Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Vantagens ( cont. )

- Redução dos gastos energéticos e de equipamento.

- Diminuição do desperdício (todo o produto regenerado é


consumido).

- Melhor qualidade microbiológica

- Organização da produção com optimização do tempo

- Ritmo de trabalho mais constante e otimização da mão de obra.


Gestão de Alimentação e Bebidas
Novas tendências – Cook & Chill
• Desvantagens

- Necessidade de adaptar algumas ementas/pratos, devido à


dificuldade na utilização de alguns produtos (ex.: Batata frita).

- Necessidade de pessoal com formação especifica na área de


Produção.

- Grande investimento inicial ( equipamento tecnologicamente


evoluído ) na Unidade de Produção.

S-ar putea să vă placă și