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Situação-problema (Harvard):
Suas duas filhas estão brigando acirradamente pela única
laranja que sobrou na sua casa. Você é chamado pelas
duas para intervir. O que você decide?
Solução tradicional: dividir a laranja ao meio e dar uma
metade a cada filha.
Mediação
Situação-problema (Harvard):
Solução aparentemente correta: em seguida, uma filha
espreme a sua metade e faz um suco, jogando o resto
fora; a outra usa a casca como ingrediente para fazer um
doce e joga a poupa fora.
Conclusão: A tradição está viciada por sistemas
adversariais. É preciso foco nos interesses que geraram a
disputa.
Mediação
Conceito:
SERPA: “mediação é um processo onde e através do qual uma
terceira pessoa age no sentido de encorajar e facilitar a resolução
de uma disputa sem prescrever qual a solução”
TARTUCE: “mediação consiste na atividade de facilitar a
comunicação entre as partes para propiciar que estas próprias
possam, visualizando melhor os meandros da situação
controvertida, protagonizar uma solução consensual”
Lei 13.140/15, art. 1º, parágrafo único. Considera-se mediação a
atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder
decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e
estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para
a controvérsia.
Mediação
Diferenças com a conciliação:
Conciliação Mediação
Mediação Circular-Narrativa
• Modelo de Sara Cobb
• Foco nas relações sociais e históricas das pessoas e na disputa entre elas
de forma sistêmica
Mediação Transformativa
• Modelo de Bush e Folger
• Foco na transformação da postura adversarial em colaborativa pela
reconstrução do vínculo entre as partes
Mediação – Princípios (doutrina)
• Resgate da responsabilidade do indivíduo
Dignidade humana • Indivíduo como protagonista da solução de seu conflito
• Valorização da percepção e do senso de justiça do indivíduo
Autodeterminação das partes • Partes têm total poder de decisão sobre os resultados
Simplicidade
Voluntariedade
• O que é dito perante o conciliador extrajudicial ou parajudicial
não pode ser levado a juízo pelas partes
Confidencialidade • Não pode o conciliador testemunhar sobre o que aprendeu na
condição de conciliador nem abrir mão do sigilo
Mediação – Princípios (Lei 13.140/2015, art. 2º)
I - imparcialidade do
mediador;
II - isonomia entre as
partes;
III - oralidade;
VIII - boa-fé
Instituição reconhecida
pela ENFAM
Capacitação (específica) para
mediar Requisitos curriculares
pelo CNJ e MJ
Mediação
Processo mediador extrajudicial: Aceitação e
Fornecimento Assistência no contrato de
de material Informação
engajamento de outras mediação
escrito Oral
partes
O mediador:
Lei 13.140/15, art. 5º Aplicam-se ao mediador as mesmas
hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz.
Parágrafo único. A pessoa designada para atuar como mediador tem
o dever de revelar às partes, antes da aceitação da função, qualquer
fato ou circunstância que possa suscitar dúvida justificada em relação
à sua imparcialidade para mediar o conflito, oportunidade em que
poderá ser recusado por qualquer delas.
Art. 6º O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano,
contado do término da última audiência em que atuou, de
assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
Art. 7º O mediador não poderá atuar como árbitro nem
funcionar como testemunha em processos judiciais ou
arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como
mediador.