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COMO SURGEM
AS LEIS?
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Conceito e Espécies
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Art. 59. O processo legislativo compreende
a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
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Emendas Constitucionais – Processo
Legislativo Especial
As Emendas Constitucionais são espécies normativas que modificam a Constituição. Esta por
ser rígida, pois exige para a modificação do seu texto processo legislativo especial e mais
dificultoso em relação a elaboração de outras leis, não visa impedir mudanças no seu texto,
mas assegurar maior estabilidade à obra do poder constituinte originário. Por isso mesmo,
veiculam normas constitucionais e gozam de supremacia ante as demais normas do sistema.
Não são superiores às leis ordinárias, uma vez que inexiste hierarquia entre
elas. Pois partem da mesma fonte de fundamento a CF.
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Leis Ordinárias – É ato legislativo típico,
primário e geral.
É ato normativo primário que extrai seu fundamento da validade diretamente da constituição. Todavia,
a Constituição veda a disciplina das leis delegadas sobre certas matérias. Assim, não serão objeto de
lei delegada os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a
legislação sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de
seus membros, a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais e os planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
A autorização do Congresso para o Presidente da República elaborar lei delegada terá a forma
de resolução, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Por outro lado, pode a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional.
Entretanto, se isso ocorrer, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
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Medidas Provisórias
As medidas provisórias são criação da Constituição Federal de 1988. Tiveram por
fonte inspiradora a Constituição Italiana, que prevê o Governo pode adotar, sob sua
responsabilidade, em casos extraordinários de necessidade e de urgência, com
apresentação às câmaras, para sua conversão em lei. As medidas provisórias,
criadas em substituição aos decretos-leis, nada mais são do que atos normativos,
com força de lei (logo não são leis), editados exclusivamente pelo Presidente
da República, em casos de relevância e urgência. Assim, não obstante tenham
força de lei, com esta não se confundem, pois não provêm do Poder competente para
legislar. As medidas provisórias não são equivalentes de leis parlamentares, não são
leis expedidas pelo Executivo. Muito pelo contrário, a medida provisória é apenas
uma medida administrativa de natureza normativa.
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Decretos Legislativos
São espécies legislativas por meio das quais se expressa o Congresso Nacional
no desempenho de sua competência exclusiva prevista no art. 49 da
Constituição.
Conceito de lei:
1. Iniciativa:
Obs.: A iniciativa geral deve ser entendida como indicativa de que os legitimados
com ela contemplados poderão dar início ao processo legislativo sobre quaisquer
matérias, ressalvadas as hipóteses de iniciativa reservada.
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b) Iniciativa parlamentar: A apresentação do projeto de lei cabe aos
membros do Congresso Nacional (Senadores e Deputados Federais).
- Requisito interno: com não menos de 3/10%(três décimos por cento) dos
eleitores em cada um deles.
Casa Revisora: O projeto de lei terá o mesmo curso da Casa iniciadora, isto
é, passa primeiramente pelas Comissões e depois vai ao plenário para um
turno de discussão e votação.
A casa revisora pode proceder das seguintes formas:
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Aprovar sem emendas: O projeto de lei aprovado no Legislativo seguirá para sanção ou veto do Executivo (art.
66 da CF).
Rejeitar: O projeto de lei será arquivado. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá
constituir objeto de novo projeto, na próxima sessão legislativa, salvo proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67 da CF).
Emendar: Somente as emendas voltam para a Casa Iniciadora, sendo vedada a apresentação de subemendas
(art. 65, parágrafo único da CF).
A emenda que determina o retorno à casa de origem é aquela que de alguma forma modifique o sentido jurídico
da proposição, pois se não modificar, não precisa voltar. Ex: correção de português não precisa voltar.
Se a Casa Iniciadora concordar com a emenda: O projeto será encaminhado para o autógrafo (constitui o
documento formal que reproduz o texto definitivamente aprovado pelo Legislativo) e depois segue para o
Presidente da República.
Se houver divergência: Prevalecerá a vontade de quem fez a deliberação principal (princípio da primazia da
deliberação principal). O projeto segue para o Presidente com a redação da Casa Iniciadora.
A Câmara está numa posição de prevalência em relação ao Senado, pois os projetos extraparlamentares iniciam-
se pela Câmara e, portanto, é ela quem faz a deliberação principal. O princípio da primazia da deliberação
principal não se aplica ao procedimento da emenda constitucional, pois precisa de aprovação nas duas casas.
Deliberação executiva: O Presidente recebe o projeto de lei aprovado no
Congresso
z Nacional com ou sem emendas, para que sancione ou vete. A sanção
poderá ser expressa ou tácita.
A promulgação confere à lei uma executoriedade. A esta tem que se somar uma
notoriedade que decorre da publicação. Esta notoriedade é ficta, assim presume-se
que as pessoas conheçam a lei.
Em regra geral, a lei começa a vigorar em todo País 45 dias depois de oficialmente
publicada, salvo disposição em contrário. Nos Estados estrangeiros, entra em vigor 3
meses após a publicação (art. 1º e §1º da LICC). Porém, a lei pode estabelecer a data
de início de vigência.
Segundo a Lei complementar 95/98, alterada pela Lei complementar 107/01, a lei não
pode entrar em vigor na data da sua publicação, salvo se de pouca importância.
O Projeto ingressa pela Câmara dos Deputados: A Câmara tem o prazo de 45 dias para aprová-lo ou rejeitá-lo.
Se silenciar: O projeto obstará a pauta da Câmara até que decida sobre a aprovação do projeto. - As medidas provisórias
não ficam obstruídas, mas as demais deliberações sim.
Aprovado na Câmara, o projeto vai ao Senado, que também terá 45 dias para aprovar, rejeitar ou apresentar emendas:
Silenciar: O projeto obstará a pauta do Senado até que decida sobre a aprovação do projeto. As medidas provisórias não
ficam obstruídas, mas as demais deliberações sim.
Emendar: O projeto voltará para a Câmara dos Deputados, que terá prazo de 10 dias para apreciá-la, totalizando 100 dias
(art. 64, §3º da CF).
Os prazos não correm no período de recesso (ficam suspensos) e nem se aplicam às matérias de Código (art. 64, §4º da
CF).