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Universidade Federal de Pernambuco

Pós-graduação em Engenharia Civil e Ambiental


Área: Geotecnia
Disciplina: Ensaios de campo e Instrumentação
Prof.: Roberto Quental Coutinho

ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
EM SOLO IN SITU
Maristela da Silva Oliveira
Mikhael Ferreira

Recife
Dezembro de 2019
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE IN
SITU

1. INTRODUÇÃO
2. ASPECTOS GERAIS SOBRE PERMEABILIDADE
3. CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS
4. DEFINIÇÃO E EXECUÇÃO DOS ENSAIOS
5. OUTROS ENSAIOS
6. ESTUDO DE CASO
7. REFERÊNCIA
INTRODUÇÃO

Objetivo: os ensaios de permeabilidade são realizados


para determinar o coeficiente de permeabilidade dos
solos;
INTRODUÇÃO

Normas:
• As normas para execução dos ensaios de permeabilidade
de campo são da Associação Brasileira de Geologia de
Engenharia (ABGE), do U.S. Bureau of Reclamation —
Earth Manual e Harry R. Cedergeen — Seepage, Drainage
and Flow Nets, pois não existe normatização brasileira
sobre o tema.

• A NBR 13292 - regulamenta a determinação do coeficiente


de permeabilidade de solos granulares à carga constante.
INTRODUÇÃO
Aplicação: Barragens, túneis, implantação de aterros
sanitários, investigação de área contaminadas, etc.

BARRAGENS
TÚNEIS

ATERROS SANITÁRIOS
ÁREAS CONTAMINADAS
INTRODUÇÃO
Vantagens:
• Locais onde amostragens indeformadas são difíceis de
obtenção (Massad, 2010);
• São realizados no solo na sua condição real.

Desvantagens:
• Segundo Souza Pinto (2000) e Lambe e Whitman (1979), os
ensaios de campo são menos precisos, devido ao elevado
número de variáveis envolvidas;
• São ensaios pontuais;
INTRODUÇÃO

Hipóteses simplificadoras:

• Escoamento laminar (Lei de Darcy)


• Meio isotrópico e homogêneo
• Regime de escoamento permanente
2 - ASPECTOS GERAIS SOBRE A
PERMEABILIDADE DO SOLO
ASPECTOS GERAIS PERMEABILIDADE
DO SOLO
A permeabilidade dos solos é a propriedade relacionada a
facilidade ou dificuldade de escoamento da água, é expressa em
forma numérica através do coeficiente de permeabilidade (k).

• O coeficiente de permeabilidade indica a velocidade de


percolação, também chamada de velocidade de descarga.
(Souza Pinto, 2000).

• A velocidade de descarga é calculada dividindo-se a vazão pela


área, no caso de um permeâmetro;

• A velocidade real é obtida dividindo-se a velocidade de


percolação pelo índice de vazios do solo estudado;
ASPECTOS GERAIS PERMEABILIDADE
DO SOLO

MELO E TEIXEIRA ( 1967)


ASPECTOS GERAIS PERMEABILIDADE
DO SOLO
• ZONA NÃO SATURADA

• A velocidade de percolação, na zona não saturada,


varia em função das propriedades do meio poroso,
das características do fluido e do teor de umidade
volumétrica do material (Stephens, 1996);

• Há carência de estudos da dinâmica da água no que


diz respeito a condições não-saturadas. Para avaliação
destes fluxos, as propriedades hidráulicas da zona
não saturada precisam comumente ser estimadas
(Libardi, 2000)
ASPECTOS GERAIS PERMEABILIDADE
DO SOLO
• LEI DE DARCY
A lei de Darcy é válida para maioria dos tipos de escoamento em solo:

V = ki

• Velocidade constante e diretamente proporcional ao gradiente


hidráulico

• Fluxo laminar: Re < 1,0, linearidade entre gradiente hidráulico e


velocidade

• Ela é inválida para escoamento de líquidos em velocidades muito altas


ou escoamento de gases em velocidades muito baixas ou muito altas
(LAMBE e WHITMAN, 1979).
3 - CLASSIFICAÇÃO DOS
ENSAIOS
CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS

Nível Nível
constante variável

Infiltração Rebaixamento

Bombeamento Recuperação
(abaixo do (abaixo do
nível freático) nível freático)
CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS

Nível variável: Mede-se a vazão necessária por injeção


ou bombeamento para o nível d´água fica em um nível
constante durante a execução do ensaio. Este tipo de
ensaio é, em geral, realizado em solos pouco
permeáveis ( k < 10-4 cm/s).

Nível constante: a posição do nível d´água é alterada


para um nível inicial de ensaio. No ensaio é
acompanhado o nível retornar a sua posição original.
CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS
CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS
• ESCOLHA DO TIPO DE ENSAIO:

• A escolha adequada de um determinado método


dependerá das características do solo e das condições do
local a ser estudado (BANTON, 1993).

• Manual de Sondagens (ABGE, 2013) sugere os seguintes


critérios para escolha entre infiltração ou rebaixamento:

Para os Ensaio de rebaixamento:


• A carga hidráulica do trecho ensaiado for superior a 0,02
MPa (> 2 metros);
• O rebaixamento da água no interior do revestimento for
inferior a 10 cm/min.
4 - DEFINIÇÃO E EXECUÇÃO
DOS ENSAIOS
DEFINIÇÃO
Consiste na medição da vazão, representada pelo volume de
água absorvido ou retirado, durante um intervalo de tempo,
em função da aplicação de diferentes pressões induzidas por
coluna d’água, resultantes da injeção ou retirada de água do
solo (Manual de Sondagens ABGE (2013).

Injeção de água no furo


• Ensaio de infiltração
• Ensaio de rebaixamento
Retirada de água do furo
• Ensaio de bombeamento
• Ensaio de recuperação
ASPECTOS IMPORTANTES NA
PROGRAMAÇÃO DOS ENSAIOS

PROPRIEDADES DO SOLO
• Permeabilidade do solo
• Coesão do solo

TÉCNICAS
• Ensaios em sondagens
• Ensaios em poços
• Ensaios em cavas
• Slug test
PROGRAMAÇÃO DO ENSAIO

1. Definição do trecho ensaiado


2. Preparação do trecho ensaiado
3. Escolha do tipo de ensaio (infiltração, rabaixamento,
bombeamento ou recuperação)
4. Equipamentos (Manual ABGE, 2013)
5. Execução e acompanhamento de ensaios
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

• Bomba d’água
• Hidrômetro
• Tambor graduado em litros (capacidade de 200l)
• Provetas graduadas a cada 50 ml com capacidade de 1 l
• Funil com orifício de 1” com diâmetro maior min de 20 cm
• Escarificador
• Medidor de nível d’água

(Manual ABGE, 2013)


GRÁFICO ORIENTATIVO PARA
VAZÕES – ENSAIO EM SONDAGENS

• Trecho 1 m em furos de 6,35 cm


GRÁFICO ORIENTATIVO PARA
VAZÕES – ENSAIO EM POÇOS

• Trecho 1 m em furos de 6,35 cm


INFILTRAÇÃO

Infiltração a nível constante

Procedimentos:
1. Enche-se o furo até a boca, tornando-se o tempo zero
2. O nível d’água é mantido constante por certo intervalo de
tempo por fonte apropriada
3. Mede-se a vazão

Pode-se estimar um tempo médio de 20 min por ensaio


REBAIXAMENTO

Infiltração a nível varável

Procedimentos:
1. Enche-se o furo até a boca, anotando-se esse instante
2. Mantem-se o nível estável na boca por 10 min para
saturação (ensaios acima do nível d’água do terreno)
3. Interrompe-se a introdução de água, tomando esse como
tempo zero, e acompanha-se o rebaixamento do nível
com tempo (15”, 30”, 1’, 2’, 3’, 4’, ...)
4. O ensaio é finalizado quando atingir 20% da carga inicial
aplicada ou 30 min de ensaio
BOMBEAMENTO

Procedimentos:

1. Começa-se a bombear a água


do furo, tomando-se esse
como tempo zero

2. Anota-se o volume e variação


do nível d’água para que o
nível d’água fique
praticamente estável
RECUPERAÇÃO

• Bombeia-se água até que seu nível esteja rebaixado o


suficiente em relação ao nível freático ou
piezométrico ( pelo menos 1 m)
• Interrompe-se o bombeamento, tomando-se esse
como tempo zero
• Mede-se a velocidade de recuperação para os tempos
de 15”, 30”, 1’, 2’, 3’, 4’, ..
SLUG TEST
5 - OUTROS ENSAIOS
PERMEÂMETRO GUELPH

• Obtém a permeabilidade saturada através de um furo


com carga de pressão constante;

• Um dos métodos mais aceitos e mais rápido nos


procedimentos de ensaio, fácil execução e cálculo, de
maior exatidão e menor perturbação no solo (RGAB e
COPPER, 1990)
ENSAIO DE LEFRANC

Ele pode ser executado em diversas profundidades e


consiste em introduzir ou bombear água numa cavidade
de forma constante
• Pode ser feito a carga constante ou variável
• Pode ser executada em furos de sondagem
MÉTODO DE HOSLEV

• São utilizados piezômetros instalados até a


profundidade que se deseja ensaiar
INFILTRÔMETROS DE ANEL DUPLO

• Para realização do ensaio preenche-se uma lâmina de


7,5 cm de altura de água, sendo 5 cm entre o cilindro
externo e interno.
• Utilizando uma régua graduada, o nível é lido em
vários intervalos de tempo
CÂMARA DE FLUXO

• Consiste de um cilindro metálico de aço inox com


diâmetros de 80 cm e 1 mm de espessura.

• A cravação é feita por pressão (macaco hidráulico 10


T)

• O ensaio é realizado seguindo a mesma rotina do


infiltrômetro de anel duplo
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE AO
AR

• A permeabilidade de um meio poroso ao ar é função da sua


permeabilidade intrínseca e do grau de saturação.

• A lei de Darcy permanece válida para fluxo de gases desde


que seja adaptada para levar em consideração a
compressibilidade e viscosidade do fluido. (IGNATIUS
(1999) apud Mariano (2008))

• Mecanismos de transporte: difusão, advecção e mistura


mecânica.
6 – ESTUDO DE CASO
TESTE DE INFILTRAÇÃO CARGA
VARIÁVEL

• LOCAL: complexo alcalino carbonatítico (CACB) –


Araxá – MG
• Objetivo: caracterização hidrogeológica para plano
de drenagem superficial da mina nióbio
• Solo: areia fina siltosa e argilas e siltes argilosos

• Testes de infiltração carga variável


• Acima do nível dágua
• Medição de variação de nível com régua graduada
LOCALIZAÇÃO DOS TESTES

Gomes e Costa (2016)


PROCEDIMENTOS DE ENSAIO
1. Perfuração do poço com trado (furo com prof. 25 cm e diâmetro
de 11 cm);
2. Efetuar descrição do solo;
3. Encher o furo com água até a superfície, visando a saturação do
solo;
4. Fixar uma tala no furo para referência de nível (nível zero,
tempo zero, e estado inicial de ensaio);
5. Encher o furo, quando atingir o nível de referência, iniciar a
contagem do tempo para os decréscimos de níveis através de
uma régua milimetrada;
6. Fazer o registro de decrécimo de nível d’água para os tempos
de 30’’(segundos); 1’ (minuto); 1,5’; 2’; 2,5’; 3’; 3,5’; 4’; 5’; 6’; 7’; 8’;
10’; 12’; 14’; 16’; 18’; 20’; e 22’ (vinte e dois minutos);
7. O ensaio é concuído após 22 min ou após o furo secar.
Gomes e Costa (2016)
PROCEDIMENTOS DE ENSAIOS

Anel de saturação Procedimentos de leitura

Gomes e Costa (2016)


CÁLCULO DE K
I – Constante geométrica do cilindro
r – raio do furo
h – altura do furo
t - tempo
• K med = 4,67 x 10 -5 m/s

Gomes e Costa (2016)


REFERÊNCIAS
Mariano - AVALIAÇÃO DA RETENÇÃO DE GASES EM CAMADAS DE COBERTURA DE ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
Universidade Federal De Pernambuco Centro De Tecnologia E Geociências Departamento De Engenharia Civil
Doutorado Em Engenharia Civil. Recife, Julho De 2008.

ABGE-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL. Ensaios de


permeabilidade em solos: orientações para sua execução no campo. Boletim, n. 4, 2013.

Manual de Sondagens 5ª Edição. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), São Paulo,
Brasil, 2013.

Gomes e Costa (2016) Estudo do coeficiente de permeabilidade em ensaios de poço pelo padrão ABGE – Complexo
alcalino carbonatítico do Barreiro (CACB). Araxá – MG.
MASSAD, Faiçal. Obras de terra: curso básico de geotecnia. Oficina de textos, 2010.

PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.

Aguiar, A. B. (2001) O emprego do Permeâmetro de Guelph na determinação da permeabilidade do solo, de camadas


de lixo e sua cobertura [Rio de Janeiro] 2001 XVII, 90 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M. Sc., Engenharia Civil, 2001) Tese –
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em : http://www.getres.ufrj.br/pdf/AGUIAR_AB_01_t_M_geo.pdf

https://blog.apl.eng.br/saiba-como-e-executado-o-ensaio-de-permeabilidade-do-solo/

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