Sunteți pe pagina 1din 77

OS CLÁSSICOS

OS CLÁSSICOS DADA SOCIOLOGIA:: MARX,


SOCIOLOGIA MARX, DURKHEIM
DURKHEIM E WEBER
E WEBER

arnaldolemos@uol.com.br
Os Clássicos da Sociologia

No século XIX, três pensadores desenvolveram teorias buscando


explicar a sociedade capitalista: Karl Marx , Emile Durkheim que
continuou o positivismo de Augusto Comte e Max Weber . Estes três
pensadores são denominados os clássicos da Sociologia.

1818-1883 1858-1917 1864-1920


arnaldolemos@uol.com.br
Os Clássicos da Sociologia

Objeto da
Sociologia Método

Karl Marx
Classes Sociais Dialética
(1818 – 1883)

Emile Durkheim
Fato Social Explicação
(1857 – 1917)

Max Weber Ação Social Compreensão


(1864 – 1920) Social

arnaldolemos@uol.com.br
OS CLÁSSICOS DA
SOCIOLOGIA

KARL MARX

arnaldolemos@uol.com.br
Marxismo
1. KARL MARX (1818-1883) VIDA E OBRAS

2. FONTES DO MARXISMO

•DIALÉTICA
•SOCIALISMO
•ECONOMIA POLÍTICA

3. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

4. ANÁLISE DA MERCADORIA

5. CONCLUSÃO

arnaldolemos@uol.com.br
BIBLIOGRAFIA BASICA
1. Cabrera, J.R. O pensamento sociológico de Karl
Marx. In Lemos Filho, Arnaldo e
outros.Sociologia Geral e do Direito. Campinas,
Ed. Alínea, 3ª edição, 2008
2. Costa, Cristina, Sociologia, uma introdução à
Sociedade 3ªedição. São Paulo, Ed.Atica,
2005
3.Quintanero, Tania. Um toque de clássicos.
3ªedição. Belo Horizonte, UFMG, 2994

4. Lemos, Arnaldo. Slides. FTP

arnaldolemos@uol.com.br
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
 Sader, Emir. A Exploração. In Sader Emir(org). Sete
Pecados do Capital. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2000
 Huberman, Leo. A História da Riqueza do Homem. Rio de
Janeiro, Ed. Guanabara, 2001, cap.18
 Aron,Raymond. Karl Marx.In As etapas do pensamento
sociológico.Brasília,UNB,1987
 Gertz, René(org). Max Weber & Karl Marx. São Paulo, Ed.
Hucitec,1994
 Castro, Ana Maria-Dias, Edmundo.Introdução ao
pensamento sociológico. Rio de Janeiro, Ed. Eldorado,1987
9ªedição.

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEITOS BÁSICOS

Socialismo Comunismo Dialética Estado

Forças de Produção Relações de Produção Ideologia

Infra-estrutura Super-estrutura Classes sociais

Alienação Mercadoria Mai-valia

Fetichismo da Mercadoria Força de Trabalho

Valor de Uso Valor de troca

arnaldolemos@uol.com.br
KARL MARX (1818-1883 )
VIDA E OBRAS
Nasceu na cidade de Treves , na Alemanha.

Doutorou-se em Filosofia.

Foi redator de um jornal liberal em Colônia.


Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde conheceu
Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e publicações.

Engels (1820-1895)

Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas onde participou da recém


fundada Liga dos Comunistas.Foi expulso da Bélgica.

arnaldolemos@uol.com.br
KARL MARX (1818-1883 )
VIDA E OBRAS

Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista", obra fundadora do


"marxismo", enquanto movimento político e social a favor do proletariado.

Com o malogro das revoluções de 1848, Marx mudou-se para Londres onde
se dedicou a um grandioso estudo crítico da economia política.

Marx foi um dos fundadores da Associação Internacional dos Operários ou


Primeira Internacional.

Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual.

Obras principais : A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia, Contribuição à


Crítica da Economia Política, A Luta de Classes na França, O Capital.

arnaldolemos@uol.com.br
2. FONTES DO MARXISMO

SOCIALISMO

ECONOMIA POLÍTICA

DIALÉTICA

arnaldolemos@uol.com.br
2.1 FONTES DO MARXISMO

SOCIALISMO Movimento Operário Francês

Devido as conseqüências sociais da


Revolução, alguns pensadores propõem uma
nova maneira de conceber a sociedade e
reivindicam a igualdade entre todos, não só do
ponto de vista político, mas também quanto às
condições sociais de vida

arnaldolemos@uol.com.br
2.1. FONTES DO MARXISMO

depende do convencimento da
utópico burguesia na distribuição de
seus bens.

SOCIALISMO
PRÉ-
MARXISTA

não supõe um instrumento de


poder para atingir seu
apolítico objetivo

arnaldolemos@uol.com.br
2.1. FONTES DO MARXISMO

científico
conhecimento das leis que regem
o mecanismo do sistema
capitalista
SOCIALISMO
MARXISTA

supõe um instrumento de
político poder, a organização da classe
operária

arnaldolemos@uol.com.br
2.2. FONTES DO MARXISMO

ECONOMIA POLÍTICA Economia Política Inglesa -

Segundo Adam Smith a riqueza de uma


nação é o resultado de homens que
buscam seus interesses: “cada indivíduo
busca apenas o seu próprio ganho...
Perseguindo os seus interesses promove
os interesses da própria sociedade”

Para Marx, a riqueza não é resultado do


trabalho de homens isolados
(Individualismo) que buscam Adam Smith
interesses particulares, mas sim do 1723-1790
trabalho coletivo (coletivismo)

arnaldolemos@uol.com.br
2.3. FONTES DO MARXISMO

DIALÉTICA Filosofia Clássica alemã: Hegel

DIA + LEGEIN : pensar o contrario

Método de apreensão da realidade

todo real é racional


Idealismo todo racional é real

O real é contraditório,mutável,
em movimento
HEGEL

Tese, antítese, síntese

arnaldolemos@uol.com.br
arnaldolemos@uol.com.br
2.3. FONTES DO MARXISMO

DIALÉTICA MARX: Rompimento com o Idealismo

A dialética hegeliana, idealista, é “corrigida


e aplicada ao materialismo existente que
era essencialmente mecanicista”.

As leis da dialética são as leis do


mundo material.

A realidade social vista através de


suas contradições.

MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO

arnaldolemos@uol.com.br
arnaldolemos@uol.com.br
arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

Textos Básicos:

1848 O Manifesto Comunista

1859 Prefácio à Contribuição à Crítica da


Economia Política

1863 O Capital

arnaldolemos@uol.com.br
PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO
DA SOCIEDADE

Conceito de Homem

Conceito de Trabalho

Conceito de História

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

HOMEM ser de
necessidades

satisfação produção de
das bens
necessidades materiais

produção de
bens TRABALHO
materiais

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

Relações

A ) com a Natureza Forças de Produção


(instrumentos de
produção)
+
B ) dos Homens entre si Relações de
(divisão do trabalho) Produção

modo de produção
História

Antigo Feudal Capitalista


arnaldolemos@uol.com.br
“A história humana é a história das relações dos
homens com a natureza e dos homens entre si.”

Nesses dois tipos de relação


aparece como intermediário um
elemento essencial: O TRABALHO HUMANO

Assim como Darwin havia descoberto a lei


da evolução das espécies, Marx descobriu
as leis da HISTÓRIA

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

SUPER ESTRUTURA

IDEOLÓGICA
IDEOLÓGICA

POLÍTICA JURÍDICA

ESTADO DIREITO

FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO


(MODO DE PRODUÇÃO)

INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

arnaldolemos@uol.com.br
Forças de Produção
(materiais)
O trabalho do homem, o trabalho do animal a serviço do
homem, a natureza, os instrumentos de produção. Toda
capacidade humana de produzir.

Relações de Produção
(sociais)
São os modos específicos de organização do trabalho e da
propriedade, devido a divisão do trabalho.

Modo de Produção

Cada época histórica possui um conjunto de forças produtivas


a que correspondem determinadas relações de produção.

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

SUPER ESTRUTURA

IDEOLÓGICA
IDEOLÓGICA

CONSCIÊNCIA
POLÍTICA JURÍDICA

ESTADO DIREITO

FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO


(MODO DE PRODUÇÃO) EXISTÊNCIA

INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

arnaldolemos@uol.com.br
Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política

A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais


e de consciência, encontra-se na base econômica e
material da sociedade, no modo como os homens
estão organizados no processo produtivo

“O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da


vida social, política e espiritual em geral”

“Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas


ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência”

“Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a


imensa superestrutura erigida sobre ela”

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Determinismo: (relação de
DETERMINISMO causalidade) : relação
mecanicista e não dialética
OU
CONDICIONAMENTO ?

Condicionamento : é uma
variável. corre o risco de ser
flexível demais

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

MPC RELAÇÕES DE PROPRIEDADE

PROPRIETÁRIOS NÃO PROPRIETÁRIOS

BURGUESIA PROLETARIADO

CLASSE DOMINANTE CLASSE DOMINADA

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

MPC RELAÇÕES DE PROPRIEDADE

PROPRIETÁRIOS NÃO PROPRIETÁRIOS

BURGUESIA PROLETARIADO

CLASSE DOMINANTE CLASSE DOMINADA

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

arnaldolemos@uol.com.br
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

SUPER ESTRUTURA

IDEOLÓGICA
IDEOLÓGICA

CONSCIÊNCIA
POLÍTICA JURÍDICA

ESTADO DIREITO

FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO


(MODO DE PRODUÇÃO) EXISTÊNCIA

INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

arnaldolemos@uol.com.br
Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política

A determinadas forças de produção correspondem


determinadas relações de produção que se expressam em
relações jurídicas e que constituem um modo de produção

FORÇAS DE
PRODUÇÃO (FP)
MODO DE PRODUÇÃO
RELAÇÕES DE
PRODUÇÃO (RP)

As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as


relações de produção não acompanham o ritmo de seu
desenvolvimento
As forças de produção se chocam com as relações de produção
existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as
relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até
ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas
relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na
época de revolução social.
arnaldolemos@uol.com.br
ANÁLISE DA MERCADORIA

1. O duplo valor dos bens materiais


• Valor de uso
• Valor de troca

2. A determinação do valor de troca

3. Os processos históricos de troca

4. A força de trabalho como mercadoria

5. O processo da mais valia

6. O fetichismo da mercadoria

arnaldolemos@uol.com.br
1. O duplo valor dos bens materiais

homem

necessidades

satisfação

produção de
bens materiais
Valor de uso
Utilidade do bem material para o seu produtor
valor dos bens

Valor de troca
Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu

produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA

Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem


embutido nela umarnaldolemos@uol.com.br
valor de uso
2. A determinação do valor de troca

O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ?

QUANTIDADE ?

NECESSIDADE ?

FINALIDADE ?

EQUIVALÊNCIA (valores iguais)

arnaldolemos@uol.com.br
2. A determinação do valor de troca

equivalência

trabalho

equivalência
02 horas 02 horas 04 horas

tempo de trabalho necessário para


a sua produção
arnaldolemos@uol.com.br
2. A determinação do valor de troca

Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua


produção

Tempo médio
Socialmente
Tempo social

Exemplo : compra no supermercado


Pacote de arroz = 10 reais
O preço é o que aparece. O que significa?

Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias,


há uma comparação de trabalho humano. Logo toda
mercadoria expressa relações sociais

arnaldolemos@uol.com.br
O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho
concreto de um ramo de produção determinado,não é o
trabalho de um gênero particular, mas o trabalho
humano abstrato, o trabalho humano geral.

“Ao equiparar os seus diversos produtos na troca


como valores, os homens equiparam os seus diversos
trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta,
mas fazem-no”.

arnaldolemos@uol.com.br
3. Os processos históricos de troca
I) Processo Pré-Capitalista

a) Processo de circulação simples (troca direta)

A troca direta não dinamiza a troca


M M
Há necessidade de um equivalente geral

b) Processo de circulação complexa (troca indireta)

M D (equivalente geral) M

O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO

arnaldolemos@uol.com.br
3. Os processos históricos de troca
II) Processo Capitalista

D M D Qual a vantagem ?

D M D+ Dinheiro tem valor de uso ?

D M D+ M D++ M D+++ ...

arnaldolemos@uol.com.br
3. Os processos históricos de troca

O processo pré-capitalista a mercadoria é produto do


começa com M trabalho

O processo capitalista o dinheiro é necessariamente


começa com D produto do trabalho ?

arnaldolemos@uol.com.br
Questão Básica

De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?

Comércio = troca de mercadoria, conquista,


pirataria, saque, exploração, suborno, fraude ...

“Se o dinheiro .... vem ao mundo com uma mancha


congênita de sangue numa das faces, o capital vem
pingando da cabeça aos pés, de todos os poros,
sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1)

arnaldolemos@uol.com.br
capitalismo

máquina
matéria prima
(Capital constante)

D +
M D+

força de trabalho
(Capital variável)

arnaldolemos@uol.com.br
capitalismo

No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma


mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua
força de trabalho: camponeses e artesãos

Camponeses = expulsos do campo


Artesãos = destituídos de suas ferramentas

arnaldolemos@uol.com.br
4. A força de trabalho como mercadoria
Qual o valor desta mercadoria ?

a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de


trabalho necessário para que ela exista
b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria
c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos
meios necessários para que ela exista
d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu
dono, o trabalhador
e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos
meios necessários para que o trabalhador exista
f) ora, um dia o trabalhador vai morrer
g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos
meios necessários à subsistência do trabalhador e sua
reprodução
arnaldolemos@uol.com.br
capitalismo

Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa


quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de
trabalho.

MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O


VALOR DA FORÇA DE TRABALHO

PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO


VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE
GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À
REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA

Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o


estritamente necessário ao futuro trabalhador.

arnaldolemos@uol.com.br
capitalismo

É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o


assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e
o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer.

A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA

arnaldolemos@uol.com.br
5. O processo da mais valia

Primeiro Modo Hipótese: 08 horas

Tempo Necessário:
o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo
valor é igual ao valor da força de trabalho
Tempo Excedente:
o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de
trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente
um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça
Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das
horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais
valia:
Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas
tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando
a mais valia arnaldolemos@uol.com.br
5. O processo da mais valia
Segundo Modo

5. Exemplo Produção de um par de sapatos

Matéria 100 unid de Como o capitalista


Prima = moeda obtém o lucro?
Desgaste 20 unid de
Instrumentos = moeda Não é no âmbito da
30 unid de compra e venda
Salário Diário =
moeda É no âmbito da produção

O valor de um par de sapatos é a soma de todos os


valores representados pelas diversas mercadorias que
entraram na produção

arnaldolemos@uol.com.br
5. O processo da mais valia
09 horas de
trabalho

01 par a cada
03 horas

Nessas 03h o
trabalhador cria uma
quantidade de valor
correspondente ao seu
salário
Nas outras 06h produz
mais mercadorias que
geram um valor maior do
que lhe foi pago na
forma de salário
arnaldolemos@uol.com.br
5. O processo da mais valia

Meios de Produção 120


+ +
salário 30
=
150

Meios de Produção 120 x 03


+ +
salário 30
=
390 03
=
130

arnaldolemos@uol.com.br
MAIS VALIA

Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades


de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao
capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos
pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao
operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo
capitalista

Assim como um boi produz mais do que consome e


enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais
valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios
de produção. Os trabalhadores são os bois do sistema
capitalista

arnaldolemos@uol.com.br
SAMBA DA MAIS VALIA
Sergio Silva

Mercadoria é alienação
Síntese de muitas determinações
Trabalho e salário, a danação
A realidade social é feita de
A grana diz: trabalho sozinha
contradições
A fórmula é d –m - d’
Mas a árvore não pode esconder o
arvoredo
Síntese de muitas determinações
Vem um grande analista e revela o
a realidade brasileira é feita de
segredo
contradições
Da acumulação de capital
Mas o grande analista indicou o
caminho
É mais valia pra cá
Ninguém pode vencer esta luta
É mais valia pra lá
sozinho
Capitalismo é selvagem e global
É luta de classe e exploração
É mais valia pra cá
Tem a novela, meu bem,
É mais valia pra lá
E tem a Xuxa também
Tempo roubado do trabalho social

arnaldolemos@uol.com.br
Tem a novela, meu bem,
E tem a Xuxa também
Pro demitido tem no Jornal Nacional
Tem desemprego, meu bem,
O Manifesto falou,
E tem a dengue também
O comunista escutou
Desigualdade e tortura federal
Tem que seguir o movimento
No Brasil tudo foi ti-ti-ti
popular
Todo mundo pensando do Gianotti à
O grande mestre mostrou
Chauí
A grande escola ensinou
Mas agora é hora de transformação
De ver o samba no pé se revoltar
O Carnaval traz nossa revolução
Lá no Rio, os herdeiros da filosofia
Descobriram o pandeiro e a cuíca
Síntese de muitas determinações
vazia
A realidade social é feita de
Mas agora é hora de
contradições
transformação
Mas a árvore não pode esconder o
O Carnaval traz nossa revolução
arvoredo
Vem o grande analista e revela o
segredo
Da acumulação de capital

arnaldolemos@uol.com.br
O FETICHISMO DA MERCADORIA

FETICHISMO
Adoração ou culto de fetiches
FETICHE
Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido
pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e
presta culto
MARX

FREUD (1856 – 1939)


(1818 – 1883)
A aplicação do processo do
A aplicação do processo de fetichismo ao
fetichismo ao comportamento social: a
comportamento individual: mercadoria e o dinheiro são
fetiches sexuais fetiches
arnaldolemos@uol.com.br
O que é MERCADORIA ?
Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias,
o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois,
relações sociais
Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de
valor de troca (preço)

Exemplo de relações:
a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy,
a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria menino-
que-faz-pacotes

As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as


outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria:
01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver
01 cigarro marca X = um estilo de vida
01 calça jeans griffe X = um vida jovem
arnaldolemos@uol.com.br
O FETICHISMO DA MERCADORIA

As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais,


dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem
como coisas

A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra:


uma coisa que existe por si e em si

A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes

COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ?

As relações sociais de trabalho aparecem como relações


materiais entre as pessoas e como relações sociais entre
coisas
Os homens são transformados em coisas e as coisas são
transformadas em “gente”
arnaldolemos@uol.com.br
O FETICHISMO DA MERCADORIA
Os homens são transformados em coisas:

trabalhador Uma coisa chamada força de trabalho

uma coisa chamada mercadoria que possui


trabalho outra
coisa chamada preço
uma coisa chamada capital que possui outra
proprietário
coisa chamada capacidade de ter lucros.

E a coisas são transformadas em “gente”:


Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir,
poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si
mesmas, independente dos homens que as realizam

Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem


sob a forma de coisas: reificação (Lucaks)
arnaldolemos@uol.com.br
Questões Finais

Por que os homens conservam essa realidade ?

Como se explica que não percebam a reificação ?

Como entender que o trabalhador não se revolte contra


uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição
humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ?

Como explicar que essa realidade nos apareça como


natural, normal, racional, aceitável ?

De onde vem o obscurecimento da existência das


contradições e dos antagonismos sociais ?

De onde vem a não percepção da existência das


contradições e dos antagonismos sociais ?

A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao


fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA
arnaldolemos@uol.com.br
ALIENAÇÃO alienum = alheio - outro

Alienar um imóvel Vender = separar o proprietário da propriedade

CAPITALISMO ALIENAÇÃO ECONÔMICA

Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de


produção da vida material e do saber do qual dependia a
fabricação de um produto e a própria posição social do artesão
O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas
simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da
fábrica
O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o
salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na
vida cotidiana
O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de
si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência
falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA
arnaldolemos@uol.com.br
IDEOLOGIA

É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas


e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que
obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do
“sistema”, como se estivessem se comportando segundo sua
própria vontade
A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia
da classe dominante nessa época.
Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e
servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que
ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o
pagamento de seu salário.
Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma
parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro.
O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é
uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e
assumida pela classe dominada como se fosse sua.
arnaldolemos@uol.com.br
CONCLUSÃO

A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE

A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

arnaldolemos@uol.com.br
A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE
1. A teoria marxista repercutiu de maneira decisiva não só na Europa
como também nas colônias européias e em movimentos de
independência. Organizou partidos políticos, sindicatos, levou
intelectuais à crítica da realidade e influenciou as atividades
científicas, de um modo geral, e as ciências humanas em
particular.
2. Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer
relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência.
3. Por sua formação filosófica, concebia a realidade social como uma
concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de
produção que caracteriza cada sociedade num tempo espaços
determinados.
4. Por outro lado, cada sociedade representava para ele uma
totalidade, isto é, um conjunto único e integrado de diversas
formas de organização humana, nas suas mais diversas
instâncias: família, poder, religião, etc., de tal maneira que suas
análises, apesar de históricas, trazem conclusões de caráter geral
e aplicáveis a formações históricas diferentes.
arnaldolemos@uol.com.br
A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

1. O sucesso e a penetração do materialismo histórico, quer no


campo da ciência, quer no campo da organização política, se
deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter
totalizador que imprimiu às suas idéias
2. Alem desse universalismo da teoria marxista, outras
questões adquiriram no marxismo novas dimensões. Uma
delas foi a questão da objetividade científica, tão perseguida
pelas ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade
só se coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim
como a ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica
se refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma
visão crítica da realidade. Assim a objetividade não é uma
questão de método, mas de como o pensamento se insere no
contexto das relações de produção e na história.

arnaldolemos@uol.com.br
A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

3. A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”,


preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece
em Marx. Para ele, a sociedade é constituída de relações de
conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social.
Fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são
constituintes dos diversos momentos históricos e não
disfunções sociais.
4. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o
pensamento científico e a ação política de sua época bem das
posteriores, formando duas maneiras de atuação sob a
bandeira do marxismo:
1. Abraçar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde
estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada
dos meios de produção.
2. Exercer a crítica da realidade social, procurando suas
contradições, desvendando as relações de exploração e
expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o
papel dessas relações no processo histórico.
arnaldolemos@uol.com.br
A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

5. Contribuições da teoria marxista para o desenvolvimento das


ciências sociais

1. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da


relação entre consciência e realidade e da correta
inserção do homem e de sua práxis no contexto social.
2. A habilidade com que o método marxista possibilita
o constante deslocamento do geral para o particular,
das leis macrosociais para suas manifestações
históricas, do movimento estrutural da sociedade para
a ação humana individual e coletiva.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

1. A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e


metodológica, assim como política e revolucionária. Já em
1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira
Associação Internacional de Operários, ou Primeira
Internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias
marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos,
especialmente, os social-democratas.

2. A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da


Revolução Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial pôs
fim á Segunda Internacional em 1014.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

3. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a


Revolução Bolchevique, na Rússia, criava o primeiro Estado
operário.

4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten


que procurou difundir as idéias marxistas e organizar os partidos
e a luta dos operários pela tomada do poder. Continua atuante
até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União
Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

5. Á formação do operariado no mundo se deu com a


organização de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais
marxistas se adequaram á luta pela independência que surgia
nas colônias européias da África e da Ásia, após as Guerras
Mundiais, assim como á luta pela soberania e autonomia
existente nos países latino-americanos.

6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do


Norte, na China e no México. Em 1020, no Uruguai, em
1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

7. O movimento revolucionário se tornou mais forte á medida que


os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências
mundiais e passaram a disputar a sua influência no mundo.
Várias revoluções, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a
coreana organizaram sistemas políticos com algumas
características comuns : forte centralização, economia planejada,
coletivização dos meios de produção, fiscalismo, uso intenso de
propaganda ideológica e de culto ao dirigente.

8. A polarização política e ideológica foi transferida para o


conjunto do método e da teoria marxista. O marxismo deixou
de ser um método de análise da realidade social para
transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua
capacidade de elucidar os homens em relação ao seu
momento histórico e mobilizá-los para uma tomada de
consciência de posição.
arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

8. Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco soviético após uma


crise interna e externa:

1. dificuldade em conciliar as diferenças regionais e


étnicas
2. falta de recursos para manter um estado de
permanente beligerância
3. atraso tecnológico
4. excesso de burocracia
5. baixa produtividade
6. escassez de produtos
7. inflação e corrupção

O fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do


mundo todo o redimensionamento das forças internacionais

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

10. Toda essa explicação a respeito do marxismo se faz


necessária por diversas razões :
1. A sociologia se confundiu com o socialismo em muitos
países, em especial nos países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento. Nesses países, intelectuais e líderes
políticos associaram de maneira categórica o
desenvolvimento da sociologia ao desenvolvimento da
luta política e dos partidos marxistas. A derrocada do
império soviético foi sentida como uma condenação
quase como a inviolabilidade da própria ciência.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

2. A teoria marxista transcende o momento histórico no


qual foi concebida e tem uma validade que extrapola
toda
iniciativa concreta. É preciso lembrar que a ausência
da
propriedade privada dos meios de produção é
condição
necessária
3. Também mas não suficiente
é improcedente da sociedade
confundir a ciência
comcomunista
o
teorizada
ideário por Mar
político de qualquer partido. Pode haver
integração entre um e outro mas nunca
identidade.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

4. É preciso entender que a história não termina em


qualquer de suas manifestações particulares, quer na
vitória comunista, quer na capitalista. Assim em termos
científicos e marxistas, é preciso voltar o olhar para a
compreensão da emergência de novas forças sociais e
novas contradições.

5. Hoje se vive nas ciências um momento de particular cautela.


Após dois ou três séculos de crença absoluta na capacidade
redentora da ciência, em sua capacidade de explicar a
realidade, já não se acredita na infalibilidade dos modelos.
Não poderia ser diferente com as ciências sociais que, do
contrario,adquiriram um estatuto de religião e de fé, uma vez
que se apoiariam em verdades eternas e imutáveis.

arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

6. O fim da União Soviética não significou o fim da historia


ou da sociologia, nem o esgotamento do marxismo
como postura teórica. Nem terminou, com a derrubada
do Muro de Berlim, o ideário de uma sociedade justa e
igualitária. O que é preciso fazer é rever essa sociedade
cujas relações de produção se organizam sob novos
princípios : enfraquecimento dos Estados nacionais,
mundialização do capitalismo, formação de blocos
econômicos, organização política de minorias étnicas,
religiosas e até sexuais, entendendo que as
contradições não desapareceram mas se expressam em
novas instâncias

arnaldolemos@uol.com.br

S-ar putea să vă placă și