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METROLOGIA
Tipos de Instrumentos
Instrumentos de medição directa
Instrumentos de medição indirecta
Instrumentos de verificação
Preparação de instrumentos e de peças para
medição
Técnicas de medição e de verificação
Marco Gonçalves 1
Módulo 1: Metrologia Oficinal
TRAÇAGEM
Utensílios de Traçagem
Preparação de peças para traçagem
Tipos de traçagem
Traçagem no plano
Traçagem no espaço
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Marco Gonçalves 3
Como era impossível realizar medições em
extensões grandes, o povo egípcio então
começou a usar cordas, para medir
grandes áreas. Tinham nós que eram
igualmente colocados em espaços iguais,
e o intervalo entre estes nós, poderia
medir “x” cúbitos fixos. Desta forma de
medição com cordas, originou-se o que
chamamos hoje de “trena”.
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Relação de Medidas
A noção de espaço se relaciona
com o corpo humano, e se define
através da sua posição no espaço.
São três os planos de movimento:
Frente & Trás;
Alto & Baixo;
Esquerdo & Direito.
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Em 1799 os franceses
estabeleceram o Metro Padrão
Comprimento do braço
esticado e o ombro, utilizada
para medir tecidos.
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Existem sete unidades básicas do SI, descritas na tabela abaixo, na coluna
à esquerda. A
partir delas, podem-se derivar todas as outras unidades existentes. As
unidades básicas do SI
são dimensionalmente independentes entre si.
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Todas as unidades existentes podem ser derivadas das unidades básicas
do SI. Entretanto,
consideram-se unidades derivadas do SI apenas aquelas que podem ser
expressas através das unidades
básicas do SI e sinais de multiplicação e divisão, ou seja, sem qualquer
fator multiplicativo ou prefixo
com a mesma função. Desse modo, há apenas uma unidade do SI para
cada grandeza. Contudo, para
cada unidade do SI pode haver várias grandezas. Às vezes, dão-se nomes
especiais para as unidades
derivadas.
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Marco Gonçalves 10
Múltiplos e submúltiplos do Metro
Como o metro é a unidade fundamental do comprimento, existem
evidentemente os seus respectivos múltiplos e submúltiplos.
Os nomes pré-fixos destes múltiplos e submúltiplos são: quilo, hecto,
deca, centi e mili.
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Nomes e funções de algumas medidas
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Leitura das Medidas de comprimento
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Transformar Unidades
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Para transformar hm (hectômetro) em m (metro) -
observe que são duas casas à direita -
multiplicamos por 100, ou seja, (10 x 10).
17,475 x 100 = 1747,50
Ou seja
17,475 hm é = 1747,50m
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Para transformar dam (Decâmetro) em cm
(Centímetro) – observe que são três casas à
direita – multiplicamos por 1000, ou seja, (10 x 10
x 10).
2,462 x 1000 = 2462
Ou seja
2,462dam é = 2462cm
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Para transformar m (metro) em km (Kilômetro) –
observe que são três casas à esquerda –
dividimos por 1000.
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Apesar de se chegar ao metro como unidade de
medida, ainda são usadas outras unidades.
Na Mecânica, por exemplo, é comum usar o milímetro
e a polegada.
O sistema inglês ainda é muito utilizado na Inglaterra e
nos Estados Unidos, e é também no Brasil devido ao
grande número de empresas procedentes desses países.
Porém esse sistema está, aos poucos, sendo
substituído pelo sistema métrico.
Mas ainda permanece a necessidade de se converter o
sistema inglês em sistema métrico e vice-versa.
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O sistema inglês
O sistema inglês tem como padrão a jarda.
A jarda também tem sua história.
Esse termo vem da palavra inglesa yard
que significa “vara”, em referência a uso de
varas nas medições.
Esse padrão foi criado por alfaiates
ingleses.
Marco Gonçalves 20
O sistema inglês
No século XII, em conseqüência da sua
grande utilização, esse padrão foi oficializado
pelo rei Henrique I.
A jarda teria sido definida, então, como a
distância entre a ponta do nariz do rei e a de
seu polegar, com o braço esticado.
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O sistema inglês
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O sistema inglês
A exemplo dos antigos bastões de um
cúbito, foram construídas e distribuídas
barras metálicas para facilitar as medições.
Apesar da tentativa de uniformização da
jarda na vida prática, não se conseguiu evitar
que o padrão sofresse modificações.
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O sistema inglês
As relações existentes entre a jarda, o pé e
a polegada também foram instituídas por leis,
nas quais os reis da Inglaterra fixaram que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés
1 milha terrestre = 1.760 jardas
Marco Gonçalves 24
Leitura de medida em polegada
A polegada divide-se em frações ordinárias
de denominadores iguais a: 2, 4, 8,16, 32, 64,
128... Temos, então, as seguintes divisões da
polegada:
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Leitura de medida em polegada
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Leitura de medida em polegada
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Sistema inglês - fração decimal
A divisão da polegada em submúltiplos
de em vez de facilitar, complica os
cálculos na indústria.
Por essa razão, criou-se a divisão
decimal da polegada.
Na prática, a polegada subdivide-se em
milésimo e décimos de milésimo.
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Sistema inglês - fração decimal
Exemplo:
a) 1.003" = 1 polegada e 3 milésimos
b) 1.1247" = 1 polegada e 1 247 décimos
de milésimos
c) .725" = 725 milésimos de polegada
Note que, no sistema inglês, o ponto
indica separação de decimais.
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Sistema inglês - fração decimal
Nas medições em que se requer maior
exatidão, utiliza-se a divisão de milionésimos
de polegada, também chamada de
micropolegada.
Em inglês, “micro inch”.
É representado por m inch.
Exemplo:
.000 001" = 1 m inch
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Conversões
Sempre que uma medida estiver em uma
unidade diferente da dos equipamentos
utilizados, deve-se convertê-la (ou seja,
mudar a unidade de medida).
Para converter polegada fracionária em
milímetro, deve-se multiplicar o valor em
polegada fracionária por 25,4.
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Conversões
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Conversões
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Conversões
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Conversões
A conversão de milímetro em polegada
fracionária é feita dividindo-se o valor em
milímetro por 25,4 e multiplicando-o por 128.
O resultado deve ser escrito como numerador
de uma fração cujo denominador é 128.
Caso o numerador não dê um número inteiro,
deve-se arredondá-lo para o número inteiro mais
próximo.
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Conversões
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Conversões
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Conversões
Regra prática
Para converter milímetro em
polegada ordinária, basta multiplicar o
valor em milímetro por 5,04,
mantendo-se 128 como denominador.
Arredondar, se necessário.
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Conversões
Regra prática
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Conversões
Regra prática
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Conversões
Regra prática
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Conversões
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Conversões
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Conversões
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Conversões
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Conversões
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Conversões
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Representação gráfica
A equivalência entre os diversos sistemas de
medidas, vistos até agora, pode ser melhor
compreendida graficamente.
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Representação gráfica
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Representação gráfica
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Representação gráfica
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As unidades do SI podem ser escritas por seus nomes ou
representadas por meio de símbolos.
Símbolo não é abreviatura.
O símbolo não é o mesmo que abreviatura. Ele é um sinal
convencional e invariável utilizado para
facilitar e universalizar a escrita e a leitura das unidades do
SI; dessa forma, ele jamais deverá ser
seguido pelo "ponto".
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Símbolo não aceita plural, isto é, ele é invariável e jamais pode ser
seguido pelo "s".
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O resultado de uma medição deve ser representado com o valor
numérico da medida, seguido de
um espaço de até um caracteres, em seguida, o símbolo da unidade
em questão.
Exemplo:
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Para a unidade de temperatura grau Célsius, deve haver um espaço
de até um caracteres
entre o valor medido e a unidade. Uma observação importante é que
não existe um espaço entre
o símbolo do grau e a letra C para formar a unidade "grau Célsius".
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Excepções
Para os símbolos das unidades de ângulo plano grau (°), minuto(') e
segundo("), não deve haver
espaço entre o valor medido e as unidades, porém, deve haver um espaço
entre o símbolo da
unidade e o próximo valor numérico.
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Para os símbolos das unidades de tempo "hora" (h), "minuto" (min) e
segundos (s), não deve
haver espaço entre o valor medido e as unidades, porém, deve haver
um espaço entre o símbolo
da unidade de tempo e o valor numérico seguinte.
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Quando o algarismo seguinte ao último algarismo a
ser conservado for inferior a 5, o último algarismo a
ser conservado permanecerá sem modificação.
• Exemplo:
2,666 arredondando para a primeira decimal
resultam 2,7.
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Quando o algarismo seguinte ao último
algarismo a ser conservado for superior ou igual
a 5, o último algarismo a ser conservado deverá
ser aumentado de uma unidade.
• Exemplo:
3,666 arredondando para a primeira casa
decimal resultam 3,7.
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O Vocabulário Internacional de Metrologia [VIM: 2003, 6.1] define
padrão como Medida
materializada, instrumento de medição, material de referência ou
sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou
reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para
servir como referência.
Em função do sucessivo aumento da produção e melhoria da
qualidade, tornou-se imprescindível o desenvolvimento e
aperfeiçoamento das técnicas de medição com relação aos
equipamentos, instrumentos e pessoal qualificado. Neste contexto
devem ser considerados três elementos fundamentais: o método, o
instrumento e o operador.
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Existem dois métodos de medição empregados: medição direta e medição indireta.
Medição Directa
Consiste em avaliar a grandeza a ser medida, por comparação directa com
instrumentos, aparelhos ou máquinas de medir. Como exemplo podemos citar:
parquímetro, micrómetro, termómetro, etc.
Os principais métodos de medição directa são:
a) Método do deslocamento. Neste método uma grandeza é indicada numa escala
convencionalmente graduada baseando-se para isso em propriedades físicas
adequadas de um elemento ou de outra grandeza. Como exemplo temos a medição
da temperatura feita com um termómetro de vidro.
b) Método de Compensação ou de zero. Neste método é reduzida a zero a
diferença entre o valor da grandeza a medir e um valor conhecido da mesma
grandeza. Este método é usado em balanças analíticas.
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Medição Indirecta
Método no qual o valor de uma grandeza é obtido através de cálculos sobre
valores resultantes de medição directa de outras grandezas que tenham
relação com a grandeza a medir como, por exemplo, a medição de área ou
volume.
Na medição indirecta por comparação a grandeza de uma peça é determinada
em relação à outra, de padrão ou dimensão aproximada. Os aparelhos
utilizados são chamados indicadores ou comparador amplificadores,
os quais, para facilitarem a leitura, amplificam as diferenças constatadas, por
meio de
processos mecânicos ou físicos (amplificação mecânica, óptica, pneumática,
etc.)
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A exactidão relativa das medidas depende, evidentemente, da
qualidade dos instrumentos de medição empregados. Assim, a
tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará um
resultado duvidoso, sujeito a contestações. Portanto, para a
tomada de uma medida, é indispensável que o instrumento esteja
aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza em
causa, com precisão
exigida.
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O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ele a
parte inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade
depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um bom
operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis,
consegue melhores resultados do que um operador inábil com
excelentes instrumentos.
Deve, pois o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que
utiliza, ter iniciativa de adaptar às circunstâncias o método mais
aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para interpretar os
resultados encontrados.
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A medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efectuada por
aqueles que se preparam para tal finalidade. O aprendizado da medição deverá ser
acompanhado por um treinamento, sendo o aluno orientado segundo as normas
gerais de medição conforme apresentado a seguir.
• tranquilidade
• limpeza
• cuidado
• paciência
• senso de responsabilidade
• sensibilidade
• finalidade da posição medida
• instrumento adequado
• domínio sobre o instrumento
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É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de
medição, garantindo assim por um maior período de tempo sua precisão. Deve
evitar-se:
choques, quedas aranhões, oxidação e sujeira
misturar os instrumentos
cargas excessivas no uso e atrito entre a paca e o instrumento
medir peças cuja temperatura esteja fora da temperatura de referencia
medir peças sem importância com instrumentos de alto custo
Cuidados
usar protecção de madeira, feltro ou borracha, para apoiar os instrumentos
deixar a peça atingir a temperatura ambiente antes de efectuar as medições
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O instrumento de medida é o meio pelo qual procuramos conhecer, com
grau de precisão, previamente estabelecido, quais as dimensões de
uma peça.
As medidas realizadas nunca são rigorosamente exactas. Quando são
feitas várias medições em uma peça, com toda precaução possível,
verifica-se que os valores achados para cada medida não são em geral
idênticos, dependendo de vários factores como: temperatura ambiente e
da peça, condições do instrumento, habilidade do operador, etc. A
medida pode ser directa ou indirecta.
Directa: quando a medida da peça é feita por meio de um instrumento
de medida, régua milimétrica, parquímetro, micrómetro, etc.
Indirecta: quando se faz através de instrumento de medida não
graduado, que transfere a dimensão a ser conhecida para outro,
graduado, onde se lê a medida. Os instrumentos típicos usados nesse
processo são os compassos de articulação central.
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Régua Graduada
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O paquímetro quadrimensional consiste, basicamente,
em uma régua graduada com encosto fixo sobre a qual
desliza um cursor.
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No controle dimensional de peças, o paquímetro quadrimensional
é um dos instrumentos que mais se destaca devido aos seguintes
aspectos:
• Facilidade de manuseio.
• Portabilidade.
• Forma construtiva, a qual permite a medição de dimensões
externas, internas, ressaltos e profundidades.
• Custo de aquisição relativamente baixo.
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É um instrumento de medida analógico (ou digital) dotado de uma escala e um
cursor que desliza nela. Ele foi concebido para tomar dimensões lineares externas,
internas, profundidades, ressaltos, dentre outras. A escala principal e o cursor
podem estar graduados em medidas métricas ou inglesas (fraccionária ou
decimal). O cursor, também chamado de nônio ou vernier, é dotado de uma escala
auxiliar, que permite leitura de fracções da menor escala fixa. Ele apresenta uma
precisão menor do que o micrómetro, sendo sua precisão dada por p = 1/n, onde n
é o numero de divisões do nônio.
Existem diversos tipos de paquímetros, sendo seu emprego direccionado em
função da precisão, agilidade ou particularidade a ser medida. A tabela abaixo
apresenta alguns tipos de Paquímetro e sua utilização.
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A figura abaixo apresenta um paquímetro tipo universal, com escalas em
milímetros e polegadas.
Elementos do paquímetro
1: encostos
2: orelhas
3: haste de profundidade
4: escala inferior (graduada em
centímetros)
5: escala superior (graduada em
polegadas)
6: nônio ou vernier inferior (graduada em
centímetros)
7: nônio ou vernier superior (graduada em
polegadas)
8: trava
Marco Gonçalves 80
O acesso a peça através do paquímetro universal pode ser
feito de quatro formas distintas, conforme ilustrado abaixo.
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Medições externas : realizadas por intermédio das faces de
medição
para externos, presentes nos bicos.
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Medições internas: são realizadas através das superfícies de
medição para
internos, localizadas nas orelhas
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Medições de profundidade: são realizadas através da haste de
profundidade e através da base da régua do paquímetro.
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Medições de ressaltos: são feitas através das superfícies de medição
para ressaltos, localizadas nas partes externas do bico fixo e do cursor.
Marco Gonçalves 85
O paquímetro, como todo sistema de medição, está susceptível a um
conjunto de factores que provocam alterações na sua indicação,
gerando erros de medição.
Fontes de incerteza :
Indicações do instrumento (leituras);
Falta de habilidade do operador;
Resolução do paquímetro;
Desvios de forma e posição das faces de medição;
Afastamento da temperatura ambiente em relação à de referência
(para valores de expansão diferencial e dimensões grandes);
Erro de Abbé;
Incerteza associada à calibração do paquímetro.
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Como as fontes de incerteza estão presentes no processo de medição com o
paquímetro, tornasse necessário estimar um parâmetro que assegure e
defina quantitativamente o grau de confiança do resultado demedição.
Este parâmetro é conhecido como incerteza de medição e os
procedimentos necessários para obter o seu valor numérico são padronizados
pelo ISO
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Sistema Métrico Decimal
Para efectuarmos leitura de medidas em um paquímetro, faz-se necessário
conhecermos bem todos os valores dos traços da escala.
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No sistema métrico decimal, o valor de cada traço da escala fixa é igual a 1 mm.
Desta maneira concluímos que, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que
o zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura será 1mm
(a), no segundo traço 2 mm (b), no terceiro traço 3 mm(c), no décimo sétimo
traço 17 mm (d), e assim sucessivamente como mostrado
abaixo.
Marco Gonçalves 89
De acordo com a procedência do paquímetro e do seu tipo, podemos ter
diferentes aproximações, isto é, o nônio ou venier com número de divisões
diferentes: 10,20 e 50 divisões.
Normalmente a sensibilidade do instrumento, ou seja, o valor de cada divisão do
nônio, vem registrado no mesmo. Caso esse valor seja omitido, podemos
determinar a sensibilidade do instrumento utilizando o cálculo das aproximações
de acordo com a fórmula:
a = sensibilidade
e = divisão da escala fixa (1 mm)
n = n° de divisões do nônio
Exemplo: se o nônio tiver 50 divisões teremos;
Marco Gonçalves 90
Nos exemplos abaixo vemos que se deslocarmos o cursor do paquímetro até
que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala fixa, a medida será 0,02
mm (a), o segundo traço 0,04 mm (b), o terceiro traço 0,06 mm (c) e o
décimo sexto traço 0,32 mm (d).
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Finalmente para fazermos a leitura da medida, conta-se o número de traços
da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio (10 = 10 mm) e, a seguir,
faz-se à leitura da concordância do nônio (0,02 mm x 4 traços = 0,08 mm).
A medida final será a soma dos valores obtidos, ou seja:
10 mm + 0,08 mm = 10,08 mm. A figura abaixo ilustra o exemplo.
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Sistema Inglês Ordinário
Também conhecido como sistema de polegada fraccionária, utiliza a escala
fixa graduada em polegada e fracções da polegada, sendo que os valores
fraccionários são complementados com o uso do nônio. Também como no
sistema decimal, devemos conhecer os valores dos traços da escala,
conforme mostrado abaixo.
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Idêntico ao sistema decimal, a sensibilidade do instrumento tem que ser
conhecida, ou seja, o valor de cada divisão do nônio. Caso esse valor seja
omitido, podemos determinar a sensibilidade do instrumento utilizando o cálculo
das aproximações de acordo com a fórmula anteriormente apresentada para o
sistema métrico decimal.
a = sensibilidade
e = divisão da escala fixa
n = n° de divisões do nônio
Exemplo: se o nônio tiver 8 divisões teremos:
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Para colocação das medidas, bem como para fazer as leituras das medidas no
sistema inglês ordinário, poderemos utilizar os seguintes processos
exemplificados abaixo:
Neste exemplo vamos colocar no instrumento a medida de
128/33“
1. Primeiramente devemos dividir o numerador da fracção (33), pelo último
algarismo do denominador, como mostrado abaixo.
Marco Gonçalves 98
Alem da falta de habilidade do operador, outros dois factores
podem provocar erros de leitura no Paquímetro:
Marco Gonçalves 99
O cursor onde e gravado o nonio, por razoes técnicas, tem uma
espessura mínima (a), e é posicionado sobre a escala principal.
Assim, os traços do nonio TN são mais elevados que os traços da
régua TM.
Leonardo da Vinci
Marco Gonçalves 111
Definições:
“ Toda a representação está numa proporção definida
com o objeto representado. Esta proporção é
chamada de escala.” (Raisz, 1968);
ESCALA NATURAL
Significa quando o objeto está representado no
desenho com sua medida real.
Essa escala está para o desenho na razão 1 para 1,
ou seja, o real está para o desenho na razão de uma
medida real para uma medida do desenho.
A MEDIDA REAL ( D ) É
IGUAL A 35 metros E A
MEDIDA NO PAPEL ( d ) É
IGUAL A 35 cm. QUAL É A
ESCALA DO DESENHO?
ONDE:
RESPOSTA:
E = ESCALA DESEJADA
1 / E = 0,35 / 35
d = MEDIDA DO DESENHO
E = 1 /100
D = MEDIDA REAL
Exemplo:
E=
1:1.000,
D = 1 cm
U = 10 m
e
d=1
mm Marco Gonçalves 136
Em determinados trabalhos em série, há
necessidade de se lidar com perfis
complexos, com furações, suportes e
montagens. Nesse caso, utilizam-se
gabaritos para verificação e controle, ou para
facilitar certas operações.
Os gabaritos são instrumentos relativamente
simples, confeccionados de aço-carbono,
podendo ser fabricado pelo próprio
mecânico. Suas formas, tipos e tamanhos
variam de acordo com o trabalho a ser
realizado.
Marco Gonçalves 137
Os gabaritos comerciais são encontrados
em formatos padronizados. Temos,
assim, verificadores de raios, de ângulo
fixo para ferramentas de corte,
escantilhões para rosca métrica e
whithworth etc.