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Mestrado ISEG/ULA - Macroeconomia

2. 1. 1. Medição do produto

2015/07/13
Sessão 2

Sumário:
2. Medição da Atividade Económica
e das Variáveis Económicas
2.1. Medição do produto e do
desemprego
2.1.1 Medição do produto
Bibliografia:
• Amaral et al. (2007), cap. 1
• Frank e Bernanke (2011), cap. 4 e 5
• Louçã. F. & J. Castro Caldas (2009), Cap 2,
secções 3.1 e 3.2
Objetivos da sessão:
• Compreender os conceitos de valor
acrescentado e produto.
• Compreender os conceitos de despesa
e rendimento.
• Medir o produto nas três óticas.
2. MEDIÇÃO DA ATIVIDADE
ECONÓMICA E DAS VARIÁVEIS
ECONÓMICAS
COMO MEDIR O PRODUTO

04/09/2020 5
A MACROECONOMIA,
AINDA ALGUNS ANTECEDENTES IMPORTANTES:

David Hume (Filósofo escocês, 1711-1776)


Fixou uma das primeiras grandes relações macroeconómicas – a relação entre
quantidade de moeda, a balança comercial e o nível de preços numa dada
economia, que ficou consagrada como a

ABORDAGEM MONETÁRIA DA BALANÇA DE PAGAMENTOS.

Em termos práticos surge no início do século XX, com:

• Necessidade de melhorar o conhecimento estatístico (indemnizações da


Alemanha na 1ª Guerra Mundial, retorno ao padrão-ouro);

• Criação do NBER nos EUA e trabalhos de Simon Kuznets (anos 20) sobre o
crescimento e séries estatísticas;

• Estudos do ciclo económco de Wesley C. Mitchell (anos 30)

04/09/2020 6
SIMON KUZNETS
(1901-1985)

1927: Entrou para o NBER como investigador.

1931: trabalhou na estandardização da medição


do PNB, construindo as primeiras séries fiáveis.

Durante a 2ª Guerra Mundial trabalhou na análise


das condições para a adaptação da economia americana
aos esforços de guerra, utilizando a contabilidade do
PNB, juntamente com a programação linear.

Dava origem ao planeamento da economia que se


generalizaria no pós-guerra nas economias ocidentais.

Em Portugal, criou-se o INE (1935) e o DCP (final dos


anos 60).

PRÉMIO NOBEL 1971:


"for his empirically founded interpretation of economic growth which has led to new and
deepened insight into the economic and social structure and process of development".
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CURVA DE KUZNETS

Desigualdade

Rendimento per capita


No processo de desenvolvimento dos países verifica-se um ciclo de desigualdade económica
em que primeiro se verifica o aumento da desigualdade e depois, quando atinge um certo
nível de Rendimento, a desigualdade decresce. Este processo é o resultado da industrialização
e do 04/09/2020
progresso da tecnologia. 8
04/09/2020 9
John Maynard Keynes
(1883-1946)

“John Maynard Keynes &


Lydia Lopokova”,
óleo sobre tela de William
Roberts (1895 – 1980),
National Portrait Gallery,
Londres
Richard Stone
(1913-1991)

Também conhecido como o “pai das contas


nacionais”

Prémio Nobel da Economia em 1984


2.1. Medição do produto e do
2.1.1 Medição do produto
desemprego

Produto Interno Bruto (PIB):


• Valor dos bens e serviços finais produzidos
num país durante um certo período.
• A utilização de preços de mercado para os
diversos bens e serviços…
… permite agregar as quantidades dos
diversos bens e serviços.
Os preços utilizados para a agregação
levantam alguns problemas:
• PROBLEMA A) alguns serviços não possuem um
preço de mercado, pelo que é necessário “criar”
um preço a partir dos custos de produção.
 Exemplos: rendas imputadas à habitação própria,...
 … a parte não paga de uma consulta num hospital
público, etc.
• PROBLEMA B) o preço de um bem ou serviço
relevante para um comprador pode não ser o
mesmo que para outro ou para o vendedor… pelo
efeito da tributação indireta.
 Exemplos: o IVA é dedutível para uma empresa,
mas não para uma família,…
 … o preço da gasolina é maior para quem compra
do que para quem vende (ISP),…
 … o preço de um transporte pode ser maior para
quem vende do que para quem compra (subsídio).
Os impostos indiretos líquidos resultam
da diferença entre componentes:
• Positivas (+) – os impostos propriamente
ditos;
• Negativas (–) – os subsídios.

Os Impostos Indiretos líquidos de


subsídios Totais (TIT) dividem-se em:
• Impostos Indiretos líquidos sobre os
Produtos (TIP):
 IVA(+), ISP(+), subsídios de transporte(-), etc.
• Impostos Indiretos líquidos Ligados à
Produção (TILP):
 IUC (+), licenças de exploração (+), bonificação de
juros (-), etc.
A valorização dos agregados pode ser
feita de acordo com 3 perspetivas sobre
a tributação indireta:

• ao custo de fatores (cf) – considera apenas a


remuneração dos fatores privados;

• a preços de base (pb) – já considera a


influência dos impostos indiretos e subsídios
que funcionam como custos ou receitas fixos
para o produtor (TILP);

• a preços de mercado (pm) – considera os


preços relevantes para o utilizador final e
inclui os impostos indiretos e subsídios sobre
os produtos (TIP).
Bens ou serviços finais:
• Bens ou serviços usados pelo utilizador
final.
• São os produtos finais de um processo
de produção.
• O seu valor constitui o PIB.

Bens ou serviços intermédios:


• Bens ou serviços que são utilizados na
produção de outros bens ou serviços.
• Não se considera o seu valor para o
cálculo do PIB…
… para não ser contabilizado
duplamente.
A não consideração de bens ou serviços
intermédios é de difícil aplicação prática:
• É necessário recorrer a processos indiretos.

Valor Acrescentado Bruto (VAB) de uma


entidade produtiva:
• Valor da produção (Prod) dessa entidade deduzido do
valor das matérias-primas e produtos intermédios
adquiridos a outras entidades (CI).

O PIB de um país é a soma dos VAB de todas as


unidades de PIBpmprodução que
= Prod – CI + TIPresidem no
território desse país:
VABpb
Produzidos num país:

• Produto Interno Bruto:

 Medição da atividade económica no território


de um dado país.
 Exemplo: todo o valor acrescentado em
Angola, mesmo aquele que resulta da
atividade de uma fábrica cuja propriedade é
estrangeira.

Durante um certo período:

• Normalmente um ano ou um trimestre.


O PIB mede o valor dos bens e
serviços finais produzidos numa
economia.

O PIB também mede o valor dos


bens e serviços finais utilizados
nessa economia.
• Quatro utilizadores finais de bens e
serviços:
 Famílias.
 Empresas.
 Estado.
 Resto do mundo (exterior).
O PIB pode ser medido de três maneiras:

1) Na ótica da despesa:
 Soma das despesas em bens e serviços
finais de cada um dos quatro grupos no
território.

2) Na ótica da produção:
 Soma dos VAB gerados no território.

3) Na ótica do rendimento:
 Rendimentos gerados pelos fatores
produtivos no território.
Método 1 (ótica da despesa)

Consumo Privado (C):


• Valor dos bens e serviços utilizados na
satisfação das necessidades individuais
dos membros das famílias
(alimentação, vestuário,
espetáculos...).

 Bens de consumo duradouros: automóveis,


mobiliário, etc.
 Bens de consumo não duradouros: alimentos,
roupa, etc.
 Serviços: cabeleireiros, educação,
advogados, etc.
Formação Bruta de Capital Fixo
(FBCF):
• Despesas em bens de equipamento e
em habitação própria (novos):

 FBCF das empresas:


 novas máquinas e novas fábricas.

 Investimento em habitação:
 casas e apartamentos novos.

 FBCF do Estado:
 infraestruturas, máquinas e equipamentos,
etc.
Consumo Público (G):

• Aquisições de bens e serviços finais,


excluindo equipamento, por parte do
Estado.
 Não inclui as transferências.
 Não inclui as despesas com juros da dívida
pública.

Exportações (Ex):
• Produção interna vendida ao exterior,
qualquer que seja a sua utilização.
Variação de Existências (VE):
• Diferença entre o valor das existências
(stocks) no final do período (STf) e no início
do período (STi):
VE = STf ˗ STi
Aquisições líquidas
 VE não é uma de
verdadeira Cessões
utilização de
(STi é).
Objetos de valor (ACOV):
• Diferença entre o valor das aquisições e as
cessões.
Define-se Investimento (I) como:
I = FBCF + VE+ACOV
• As suas componentes nada têm em comum,
exceto o facto de transcenderem o período
de medição.
Recursos vs Empregos

Os Recursos (ou origens) do valor dos


bens e serviços utilizados no território
nacional podem resultar:
• da produção interna (Prod);
• da produção importada (Im);
• dos impostos indiretos líquidos de subsídios
sobre os dois anteriores (TIP);
• das matérias-primas e produtos acabados
em armazém (STi)…
… mas estes já foram incluídos em VE.
Empregos Recursos
CI Prod
C+G Im
FBCF TIP
VE
ACOV
Ex

Da igualdade entre Recursos e Empregos


chegamos a:
CI + C + G + FBCF + VE +ACOV + Ex = Prod + Im + TIP 

 C + G + (FBCF + VE +ACOV) + Ex – Im = Prod – CI + TIP 

Û C + G + (FBCF + VE +ACOV )+ Ex – Im = PIBpm 


 C + G + I+ Ex – Im = PIBpm
Logo:
PIBpm = DI
em que:
DI = C + G + I + Ex – Im

O saldo da Balança de Bens e Serviços é


muitas vezes designado como
Exportações Líquidas (NX):
NX = Ex – Im

Pode-se então escrever:


PIBpm = C + G + I + NX
Método 2 (ótica da produção)

Empregos Recursos
CI Prod
VABpb

VAB ao custo de fatores (VABcf) é valor


que resulta da utilização dos fatores
produtivos privados na produção:
sem influência
VABcf = Prod – CI – TILP de qualquer
tributação
indireta
VAB a preços de base (VABpb):
VABpb = VABcf + TILP = Prod – CI

PIB a preços de mercado (PIBpm):


PIBpm = VABpb + TIP = VABcf + TIT = Prod – CI + TIP
Método 3 (ótica do rendimento)
Empregos Recursos
Rp VABpb
TILP
RM
EE

Rp = Remunerações pagas pelos


produtores pela utilização do fator
trabalho por conta de outrem.
TILP = Impostos Indiretos líquidos
Ligados à Produção.
RM = Rendimento Misto (trabalho por
conta própria).
VABpb = Rp + TILP + RM + EE

PIBpm = VABpb + TIP = Rp + RM + EE + (TILP + TIP)

• Rendimento Interno Bruto (RIB) é dado


por:

RIB = Rp + RM + EE + TIT = PIBpm


Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
PIBpm (produto) = DI (despesa) = RIB
(rendimento)

Fonte: Frank & Bernanke (2011), p. 108.


Portugal - Parte dos salários no PIB (%)

Fonte: AMECO (Outono de 2013)


Agregados Líquidos e Brutos
Um agregado líquido (e.g. produto) é
dado pelo seu valor bruto deduzido do
Consumo de Capital Fixo (CCF):
PILpm = PIBpm – CCF

O Consumo de Capital Fixo é o valor


económico atribuído à depreciação do
equipamento (amortizações).
• Este é um valor económico e não
contabilístico.
• Como é difícil obter estatísticas fiáveis das
amortizações,...
… são normalmente divulgadas e tratadas as
grandezas macroeconómicas brutas.
Óticas do Território ou dos Residentes: PIB vs
PNB
Agente económico residente: realiza
atividades económicas no território
económico durante um período
prolongado (6 meses ou mais)

Produto Interno: valor acrescentado no


território económico pelos agentes
económicos residentes e não residentes.

Produto Nacional: valor acrescentado


no território económico e no resto do
mundo pelos agentes económicos
residentes.
RPrrm = rendimentos primários dos fatores
produtivos trabalho e propriedade recebidos do
resto do mundo.

RPprm = rendimentos primários dos fatores


produtivos trabalho e propriedade pagos ao
resto do mundo.

TITrm = impostos indiretos enviados para o


resto do mundo (instituições da União
Europeia) líquidos de subsídios recebidos do
resto do mundo (instituições da União
Europeia).

O Rendimento Nacional Bruto (RNB), o dos


residentes, é:
Poupança, Investimento e
Necessidade/Capacidade de Financiamento
TCL = Transferências Correntes Líquidas do
Exterior.

O Rendimento Disponível Bruto (RDB) do país é


dado por:
RDB = RNB + TCL

A Poupança Bruta (SB) do país é


consumo dada por:
final
SB = RDB – (C + G)

TKL = Transferências de Capital Líquidas do


Exterior.
NCF = I – (SB + TKL)
• se NCF > 0 então o país tem necessidade de
AINDA O PIB:

“ALGUMAS CURIOSIDADES”
Real GDP growth (Annual percent change)

10

0
80 81 82 83 84 85 86 87 8 8 89 90 91 92 93 94 95 96 9 7 98 99 0 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 1 0 11 12 1 3 14 15 16 17 18 19
1 9 19 1 9 1 9 19 1 9 1 9 19 19 19 19 1 9 19 19 1 9 1 9 19 19 1 9 19 20 2 0 20 20 2 0 2 0 20 2 0 2 0 20 20 2 0 20 20 2 0 20 20 2 0 2 0 20
-2

-4

-6

United States Advanced economies Emerging market and developing economies


Euro area European Union World

04/09/2020 Source: IMF, Sept.2014 38


PIB (PPP): REPARTIÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL
80

70

60

50

40

30

20

10

0
80 81 82 83 8 4 85 86 87 88 89 90 91 92 93 9 4 95 96 97 98 9 9 00 01 02 03 0 4 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 1 6 17
1 9 19 19 19 19 1 9 1 9 1 9 19 1 9 1 9 19 19 19 19 1 9 19 19 19 19 2 0 2 0 2 0 20 20 2 0 2 0 2 0 20 20 2 0 2 0 2 0 20 20 20 20 2 0

Advanced economies Emerging market and developing economies

04/09/2020 IMF, World Economic Outlook Database, October 2012 39


PARTICIPAÇÃO NO PIB MUNDIAL
35

30

25

20

15

10

0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 9 1 92 93 94 95 96 9 7 98 99 00 01 02 03 04 05 06 0 7 08 09 10 11 12 13 14 15 16 1 7
19 1 9 1 9 19 19 1 9 1 9 19 19 19 1 9 19 19 1 9 19 19 1 9 19 19 1 9 2 0 20 20 2 0 2 0 20 2 0 20 20 2 0 2 0 20 20 2 0 2 0 20 20 20

Japan United States China European Union

IMF, World Economic Outlook Database, October 2012


04/09/2020 40
PIB per capita vs. Nº médio de horas trabalhadas (2010)
2300

2200 orea
K

2100 G reece
C hile
2000
H ungary zech Republic
Horas médias trabalhadas

P oland C

1900 urkey
exico
TM
stonia
E

1800 ew Zealand
lovak
S N Republic
O ECD-Total
Italy
J apan United States
F inlandCanada
Iceland
Portugal Australia
1700 Slovenia
Spain
Ireland
United Kingdom L uxembourg
Sweden
1600 Austria
Belgium

1500

1400
G ermany N orway
Netherlands

1300
10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000

PIB per capita


04/09/2020 OCDE 41
04/09/2020 42
EVOLUÇÃO DO PIB Real
Preços de mercado 2005
Unidade: Mil milhões de euros
180

160

140

120

100

80

60

40

20

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

2013/2008 = - 7.9% = 12,6 mil milhões de euros


Fonte: AMECO
04/09/2020 43

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