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Absolutismo

Absolutismo
  CARCTERÍSTICAS GERAIS
 
 Resultado do processo de formação das Monarquias Nacionais
 Centralização do poder político
 Centralização e unificação administrativa coma eliminação da autonomia
dos poderes locais e das cidades
 Formação de uma burocracia
 Formação de um exército composto por mercenários
 Arrecadação de impostos reais
 Unificação de pesos e medidas
 Unificação monetária
 Imposição de uma justiça real
Absolutismo
 O maior exemplo de
Absolutismo foi o
monarca francês Luís
XIV, também
conhecido como ‘Rei
Sol’. Sua frase: L’Etat
c’est moi’ (O Estado sou
eu) é um exemplo da
personificação do
poder.
Absolutismo

 Antes de tentar compreender o Estado


Absolutista é preciso responder a uma
questão: O que é Estado?
Absolutismo

 Há duas definições clássicas que apesar de diferentes


se completam.
 O pensador alemão Max Weber elaborou uma
definição largamente conhecida e utilizada pelos
cientistas políticos.
 Para ele Estado é ‘uma instituição política que
dirigida por um governo soberano, detém o
monopólio da força física, em determinado
território, subordinando a sociedade que nele vive’.
Absolutismo

 Outra definição largamente conhecida vem


do pensamento marxista para quem o Estado
é uma instituição política inserida em um
contexto social de lutas de classes e sua
função é interferir nessa luta tomando o
partido das classes sociais dominantes.
 Dessa forma a função do Estado é garantir
o domínio da classe.
Absolutismo

 Contemplando essas duas definições podemos


então concluir que: Estado é uma instituição
detentora do poder político (monopólio da força)
cuja finalidade última é garantir de maneira legal
e jurídica o domínio da classe dominante.
 O aparato legal e jurídico apenas dissimula o
essencial: que o poder político existe como
poderio dos economicamente poderosos, para
servir seus interesses e privilégios e garantir-lhes
a dominação social.
Absolutismo

 A partir dessa definição emerge um debate


historiográfico:

QUAL A NATUREZA DE CLASSE


DO ESTADO ABSOLUTISTA?
Debate Historiográfico
 “Já faz algum tempo que os historiadores perceberam as dificuldades
do seu ofício, não apenas pelos obstáculos de acesso aos documentos,
mas porque sua atividade não é neutra e nem o passado existe como
coisa organizada e pronta, à espera de ser desvelado. O historiador
produz o passado de que fala a partir das fontes documentais que
seleciona e recorta, compõe uma trama dentre várias outras possíveis
e constrói uma interpretação do acontecimento. “(...)Há múltiplas
histórias a serem contadas já que os grupos sociais, étnicos, sexuais,
generacionais, debaixo ou de cima, se constituem de maneiras
diversas, mas têm diferentes modos de narrá-las. A História pode
mostrar formas diferentes de pensar, de organizar a vida, de
problematizar, vivienciadas por outras sociedades, em outros
momentos históricos.” (Margareth Rago)
"O mundo é a minha representação“

 Shoppenhauer - O mundo como vontade e


representação 
 Não há experimento livre da observação do
observador.
 Conhecimento – subjetividade
 o mundo só é dado à percepção como
representação: o mundo, pois, é puro
fenômeno ou representação.
Debate entre historiadores marxistas

Nicos Poulantzas Perry Anderson

Estado Absolutista Estado Absolutista


Natureza
Capitalista Natureza Feudal
Nicos Poulantzas
 Nicos Poulantzas
(Atenas, 1936 — Paris,
3 de outubro de 1979)
foi um filósofo e
sociólogo grego
Nicos Poulantzas
 Poulantzas era marxista e
membro do Partido
Comunista da Grécia.
 Exilou-se em Paris, onde
lecionou a partir de 1960.
 Foi aluno de Louis
Althusser, do qual herdou
uma interpretação do
marxismo inovadora e
controversa chamada de
althusserianismo.
Nicos Poulantzas
 Suas obras resumem-se em uma complexa análise funcional das
Estruturas ou Instâncias - o Econômico, o Político e o Ideológico - do
Modo de Produção Capitalista, sobretudo no que diz respeito à forma
como essas estruturas determinam as práticas sociais que as
sustentam.
 Poulantzas empreende um rico estudo do funcionamento do Estado
Capitalista, tanto de suas instituições (Burocracia, Poder Executivo,
Poder Legislativo, etc) quanto da base ideológica que o sustenta (em
torno, principalmente, do conceito deVontade Geral), observando
cuidadosamente sua relação com as Classes Sociais.
 Essa forma de conceber a realidade social foi denominada de
Marxismo Estruturalista.
Nicos Poulantzas
 Cometeu suicídio
lançando-se do
vigésimo-segundo
andar de uma torre na
capital francesa.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais
 Na linha de Engels
Poulantzas sustenta a
tese de que o Estado
absolutista é um
Estado Capitalista.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais
 Engels refere-se ao renascimento do direito
romano a partir do século XIII que consagra a
propriedade privada em oposição à
propriedade condicional de tipo feudal, e que
fornece normas desenvolvidas no âmbito do
direito comercial – à centralização político-
administrativa, efetuada pelo Estado
absolutista, como elementos fundamentais
para a afirmação da burguesia.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais
 Poulantzas caminha no mesmo sentido.
Destaca, em primeiro lugar, o caráter
centralizado do Estado absolutista, em
oposição à descentralização do Estado
medieval, para fundamentar sua natureza
capitalista.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais

Sustenta, a seguir, no que diz


respeito à estrutura jurídico-
política do Estado absolutista, o
caráter burguês do direito sob o
absolutismo.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais

O caráter também burguês da


burocracia desse mesmo Estado .
As funções de Estado teriam
superado o particularismo classista,
típico da Idade Média, e adquirido o
caráter de funções públicas.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais
 Dotado de um direito que apresentaria “(...) os
caracteres de abstração, de generalidade e de
formalidade do sistema jurídico moderno e de
um corpo de funcionários recrutado em todas as
classes sociais, o Estado absolutista estaria em
condições de, ao contrário dos Estados de tipo
pré-capitalista, produzir a ideia de interesse
geral, de “povo-nação”, e de apresentar-se como
representante desse coletivo nacional. (...)”.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais
 No que diz respeito à economia do Estado
absolutista, Poulantzas refere-se ao
mercantilismo, cuja função seria a de dirigir a
acumulação primitiva de capital
expropriação generalizada dos pequenos
proprietários e fornecimento de fundos para
uma industrialização de tipo capitalista.
Nicos Poulantzas
Poder político e classes sociais

 Em suma, pela sua estrutura e pela sua


política, a função social do Estado
Absolutista seria, segundo Poulantzas,
a de destruir as antigas relações de
produção feudais e instaurar as
relações de produção de tipo
capitalista.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 De outro lado, e em posição majoritária,


encontram-se os autores marxistas para os
quais a função do Estado absolutista seria, ao
contrário do que sustenta Poulantzas,
justamente, preservar as relações de
produção feudais.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 Contam entre os autores que defendem essa


tese vários historiadores ingleses, como C.
Hill e Perry Anderson
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 Esses autores, da mesma forma que


Poulantzas, operam com o conceito marxista
de Estado (Estado = aparelho que organiza
a dominação política de classe)
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 O Estado absolutista seria, portanto, um


Estado feudal, cuja destruição pelas
revoluções políticas burguesas foi um pré-
requisito para o desenvolvimento do modo
de produção capitalista na Europa.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

Alguns deles destacam que a forma desse


Estado feudal é distinta da forma que
assumira o Estado feudal durante a Idade
Média.
Porém, alertam que essa mudança de forma,
sintetizada no termo absolutismo, não altera
o caráter de classe do Estado.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

Pelo contrário, a forma despótica que adquire o


processo decisório e a centralização política-
administrativa são apresentadas, por vários
desses autores, como exigências para a
manutenção do feudalismo num período de
recrudescimento das revoltas populares, tanto no
meio rural quanto nas cidades, e de expansão
comercial e concorrência entre as potências
europeias.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

A funcionalidade do Estado absolutista para a manutenção


das relações de produção feudais não deixaria de ser um
fato, lembra-nos Althusser, apenas porque os
proprietários feudais mostravam-se insatisfeitos com o
declínio de algumas de suas antigas prerrogativas fiscais,
judiciárias e militares, em decorrência da centralização
monárquica. A centralização do Estado absolutista não é
dimensionada, como em Poulantzas, como indicador da
mudança do tipo de Estado — feudal para capitalista.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 A insatisfação dos proprietários feudais para


com o monarca refletiria, apenas, um conflito
superficial: o conflito entre os interesses
particulares dos proprietários feudais e as
medidas necessárias para assegurar o
interesse geral do conjunto dessa classe — a
manutenção das relações feudais de
produção.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 As alterações nas formas de exploração feudal sobrevindas no final


da época medieval estavam, naturalmente, longe de serem
insignificantes. Na verdade, foram precisamente essas mudanças que
modificaram as formas do Estado. Essencialmente, o absolutismo era
ape¬nas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e
reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição
social tradicional - não obstante e contra os benefícios que elas
tinham conquis¬tado com a comutação generalizada de suas
obrigações. Em outras palavras, o Estado absolutista nunca foi um
árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um
instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a
nova carapaça política de uma nobreza atemorizada.
PERRY ANDERSON
LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

 “A monarquia absoluta foi uma forma de monarquia feudal


diferente da monarquia dos Estados medievais que a precedera;
mas a classe domi­ante permaneceu a mesma, tal como uma
república, uma monar­quia constitucional e uma ditadura fascista
podem ser todas formas de dominação da burguesia".
 A nova forma de poder da nobreza foi, por sua vez, determinada
pela difusão da produção e troca de mercadorias, nas formações
sociais de transição do início da época moderna. Neste sentido,
Althusser especificou corretamente o seu caráter: "O regime
político da monarquia absoluta é apenas a nova forma política
necessária à manutenção da dominação e da exploração feudais,
no período de desenvolvimento de uma economia mercantil". 9

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