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EXPLICATIVAS DO CONHECIMENTO
DESCARTES, A RESPOSTA RACIONALISTA
O projeto de fundamentação rigorosa do saber
– Metafísica
• Objeto:
•Alma
•Deus
•Mundo
al
or
M
M
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Me
Física
METAFÍSICA
2. Comparação do procedimento do sujeito a nível da ação
moral com o conhecimento da verdade.
Procura da verdade Ação Moral
REGRAS DO MÉTODO
procura da verdade. Para isso,
inventou um método constituído
por quatro regras simples. ANÁLISE
Com as quatro regras do
método Descartes julga ser
possível o alcance de SÍNTESE
conhecimentos seguros, seja
qual for o domínio do real a que ENUMERAÇÃO
respeitem.
1ª regra - EVIDÊNCIA
2ª regra - ANÁLISE
“dividir cada uma das dificuldades a examinar em tantas parcelas quantas
as necessárias, e requeridas para melhor as resolver.”
3ª regra – SÍNTESE
“conduzir os meus pensamentos por ordem, começando pelos objetos mais
simples e mais adequados ao conhecimento, para me elevar pouco a pouco,
como por degraus, até ao conhecimento dos mais complexos, e supondo
mesmo uma ordem entre aqueles que não se precedem, naturalmente, uns
aos outros.”
4ª regra - ENUMERAÇÃO
“proceder sempre a enumerações tão completas e a revisões tão gerais,
que pudesse estar certo de nada ter omitido.”
3. Razões que justificam a decisão de Descartes de rejeitar
«como absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse
imaginar a menor dúvida»:
DESCARTES DUVIDA:
das informações
da crença na
dos sentidos sobre
existência das das proposições da
as qualidades ou
realidades físicas matemática.
propriedades dos
ou sensíveis.
objetos.
5. Níveis de aplicação da dúvida
“Serei eu tão dependente do corpo e dos sentidos que não possa existir sem eles?
Mas eu persuadi-me de que não havia nada no mundo, que não havia nenhum
céu, nenhuma terra, nenhuns espíritos, nem nenhuns corpos; não me terei por
isso persuadido de que também eu não existia? De modo algum! Se fui capaz de
pensar e de me persuadir de alguma coisa, existia com certeza. Mas há um
enganador, não sei qual, muito poderoso e muito astuto, que emprega todo o seu
engenho em me enganar. Não há dúvida de que eu existo, se ele me engana; e
que me engane quanto queira, nunca conseguirá que eu seja nada, enquanto eu
pensar que sou alguma coisa. De modo que, após ter pensado muito nisto e
cuidadosamente examinado todas as coisas, deve finalmente concluir-se e
reconhecer como constante que esta proposição – Eu sou, eu existo – é
necessariamente verdadeira, sempre que a pronuncio ou a concebo no meu
espírito.”
René Descartes, Meditações Metafísicas (Meditação Segunda), pp.22-23
9. Primeiro Princípio da Filosofia
• A descoberta de uma verdade absolutamente indubitável
É impossível duvidar de
que existimos (como seres
A irrefutabilidade do
pensantes) enquanto
cogito:
estamos a pensar, pois isso
não seria coerente
Regras da análise, da
Dedução síntese e da Resolve problemas
enumeração complexos
Problema da origem do conhecimento:
consiste em determinar se o conhecimento provém
fundamentalmente dos sentidos (é a posteriori) ou antes da razão
(é a priori)
A → B.
SILOGISMO HIPOTÉTICO
Permite deduzir um enunciado condicional a B. → C.
partir de dois outros enunciados condicionais . . A → C.
usados como premissas.
Quando
duvidamos, É indubitável
O conhecimento
Há um estamos a que somos
da verdade
conhecimento pensar e, se alguma coisa, e
“penso, logo
que resiste a pensamos, este é um
existo”, é
todas as somos conhecimento
justificado pelo
dúvidas, mesmo necessariamente que nenhum
próprio ato de
às mais radicais alguma coisa cético consegue
duvidar
(somos, pelo abalar
menos, alguma
coisa que pensa)
12. Características da dúvida cartesiana
• Argumento:
Descartes está certo de que é uma coisa que pensa;
Permite que o
É radical, porque põe
É metódica, porque a espírito descubra
em causa os princípios
sua aplicação está uma verdade
ou fundamentos em que
associada à regra da indubitável, modelo e
se baseavam as
evidência; critério de verdade –
proposições do
o cogito;
conhecimento
tradicional;
É deliberadamente Liberta a razão da
hiperbólica, porque dependência em
se considera falso relação a autoridades
tudo aquilo de que se É provisória, porque externas e em relação
possa duvidar tem em vista uma aos sentidos.
nova fundamentação.
16. Provas da existência de Deus
O saber é uma
A dúvida é sinal
Duvida perfeição maior
de imperfeição
que a dúvida
• um ser perfeito que não existe não seria perfeito e, por isso,
a ideia de um ser perfeito que não existe é uma contradição.
17. Relação existente entre Deus e a realidade exterior
• Divisível em partes.
• Está em movimento.
• Os Empiristas:
• Temos ideias que não poderiam ter tido origem nos sentidos,
como o cogito / «eu penso», cuja origem é a priori / só pode
ser o próprio ato de pensar;
21. Papel desempenhado por Deus no conhecimento
• É o garante das nossas evidências:
– Deus, ser perfeito, não nos pode ter criado de tal ordem que estivéssemos
condenados a iludir-nos falsamente quanto às certezas que se nos impõem
com toda a clareza e distinção.
•Se Descartes fosse forçado a concluir que afinal Deus pode ser enganador
teria de aceitar que as ideias claras e distintas podem ser falsas.
21. Papel desempenhado por Deus no conhecimento
22. A origem do erro
• Descartes afirma que não se justifica temer que seja falso o que os
sentidos indicam:
“Porém, destas ideias parece-me que umas são inatas, outras adventícias,
outras feitas por mim próprio. Porque, para que eu compreenda o que é
«coisa», o que é «verdade», o que é «pensamento», parece-me que reside na
minha própria natureza e que o não recebo de outra parte. Mas, que eu ouça
agora um ruído, que veja o sol, que sinta o calor das chamas, isto, segundo
julguei até agora, procede de certas coisas situadas fora de mim. E, por
último, as sereias, os hipogrifos e seres semelhantes, são inventados por mim
próprio.”
René Descartes, Meditações Sobre a Filosofia Primeira
IDEIAS INATAS IDEIAS ADVENTÍCIAS IDEIAS FACTÍCIAS
Origem das ideias
Os sentidos já nos
São as únicas
enganaram algumas
indubitáveis (claras e
vezes – o que as torna
distintas)
falíveis e sujeitas a erro
As operações da
Razão como
razão – intuição e
origem e critério Existem ideias
A evidência dedução – são a
de todo o inatas, com
racional das base do método
conhecimento origem na razão,
ideias como racional através
verdadeiro (que constituindo os
garantia da do qual se pode
tem origem em princípios de
certeza do alcançar e
Deus, todo o
conhecimento progredir no
fundamento do conhecimento
conhecimento da
conhecimento)
realidade
o conhecimento fundamenta-se em
verdades conhecidas a priori
• 1. O CÍRCULO CARTESIANO
• Tal como da ideia de uma ilha perfeita não se segue que essa ilha
tenha de existir, também da ideia de Deus como um ser perfeito
não se segue que ele tenha de existir.
• E por que é que a ideia de perfeição tem que ser causada por
um ser perfeito? Tal ideia não pode, pura e simplesmente, ser
inventada por nós?
CRÍTICAS A DESCARTES
• 4. É DOGMÁTICO