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Psicologia sob repressão:

Institucionalização e ensino da
Psicologia na Universidade Federal da
Bahia durante a ditadura militar (1964-
1985).

ROSANE MARIA SOUZA E SILVA


OBJETO DE PESQUISA
O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO E
ENSINO DA PSICOLOGIA NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA DURANTE A DITADURA
MILITAR (1964 - 1985).
QUESTÃO PROBLEMA
QUAL A INFLUÊNCIA DO REGIME MILITAR
NO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
E ENSINO DA PSICOLOGIA NA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA?
HIPÓTESE
O contexto autoritário e as políticas de Estado para as
áreas de educação e ciência, implantadas pelo regime
militar, influenciaram o processo de Institucionalização
e ensino da psicologia na UFBA, configurando os rumos do seu
desenvolvimento e ensejando modos de atuação e de práticas profissionais direcionados
prioritariamente ao campo da clínica, individualizada e apolítica, em detrimento de outras vertentes
e estudos mais críticos e integrativos sobre a realidade social e sobre a dimensão coletiva de vida em
sociedade.
OBJETIVO GERAL
• Analisar a influência do regime militar no
processo de Institucionalização e ensino
da psicologia na Universidade Federal da
Bahia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Investigar a conduta de implantação do curso de psicologia da
Universidade Federal da Bahia, a partir dos embates políticos para a
consecução de espaços formais para a profissão, das lutas coletivas, das
preocupações com a formação e com as práticas profissionais naquele
contexto de ditadura militar;
• Analisar o processo de criação, formação, estruturação curricular e
atuação dos docentes do curso de graduação em Psicologia da
Universidade Federal da Bahia;
• Identificar as possíveis formas de influência política do regime
autoritário na produção científica, nos campos de atuação e nas
práticas profissionais dos psicólogos no período.
ESTRUTURA DA TESE
SUMÁRIO
1. A Psicologia sob ditadura: pesquisa historiográfica
• O impacto do regime autoritário na psicologia argentina
• As pesquisas no Brasil

2. Alguns elementos da história da psicologia no Brasil


• Brasil Colônia: Saberes e ideias psicológicas na cultura luso-brasileira
• Brasil Império: A Faculdade de Medicina da Bahia -e suas teses e
trabalhos científicos sobre os saberes psicológicos.
• Brasil República:
• Os primeiros cursos de psicologia nas universidades
• Teorias psicológicas: a influência europeia e norte-americana
• Aplicação da psicologia na educação, trabalho e indústria – o uso dos
testes psicológicos
• A regulamentação da profissão
3. Formação do curso de psicologia na Bahia: antecedentes (1958-
1968)
• O campo psi na Bahia – espaço de disputas
• Teorias psicológicas: referência para as áreas de medicina, filosofia e educação
• O Instituto de Orientação Vocacional – IDOV - Myra y Lopez e a formação dos
primeiros terapeutas
• A psicologia educacional e a influência de Isaias Alves

4. A Ditadura Militar e a Universidade Federal da Bahia


• A Reforma Universitária:
• Os acordos MEC-USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional - United States Agency for International Development)
• A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas: o impacto das reformas
• A Assessoria de Segurança e Informação – ASI: vigilância e controle docente e estudantil
• O Movimento Estudantil: atuação política
5. O curso de Psicologia na UFBA (1968-1985)
• Formação do curso e seus pioneiros
• O currículo mínimo: análise de Programas e ementas do curso
• Licenciatura, Bacharelado e Formação de psicólogos: embates
políticos e jurídicos para a implantação
• Recepção das teorias:
• A psicanálise e a vinda dos argentinos
• A Psicologia experimental e a construção do laboratório de
psicologia: o papel da USP
• O serviço de psicologia: implantação e atuação
• A produção acadêmica dos docentes: foco e dimensão
DIMENSÃO TEÓRICA

• A pesquisa está situada no campo da história política do período


republicano brasileiro e fundamentado na História Social da
Ciência/História Social da Psicologia.
DIMENSÃO TEÓRICA
• O projeto que aqui apresentamos valoriza tanto as relações históricas e
sociais quanto os aspectos técnicos, ou seja, o próprio conteúdo da
ciência psicológica. Tais aspectos não são necessariamente excludentes
(KUHN, 1977; PEARCE WILLIAMS, 1966a, apud KRAGH, 2001). Como
afirma o autor, "Sendo a ciência uma estrutura tão complexa, a historia
da ciência será necessariamente um assunto multifacetado" (KRAGH,
2001, p.27).
• A variedade de aspectos da história das ciências é tão ampla quanto
suas vias de acesso, o que permite todas as contribuições analíticas,
quer seja a partir dos conteúdos teóricos, quer seja com base nas
vertentes históricas e sociais.
DIMENSÃO TEÓRICA
• “O estudo da história da psicologia no contexto
sociocultural e institucional, e dos efeitos deste
contexto no desenvolvimento da disciplina, vem
ganhando mais espaço. A ideia de que a atividade de
produção do conhecimento científico é um
empreendimento social fortemente influenciado
pelas ideologias e forças sócio-políticas que o tornam
possível fica cada vez mais presente”. (CAMPOS,
1996, p.14)
DIMENSÃO TEÓRICA
O que se propõe com este projeto é partir de uma compreensão
da psicologia em sua perspectiva histórica e, desse modo,
apreender a ciência psicológica enquanto prática social, cujos
fundamentos históricos e filosóficos estão intimamente ligados
à expressão da vida humana na sociedade.
Desse modo, o caminho histórico percorrido pela psicologia no
Brasil e, mais especificamente, na Bahia, é pensado aqui na
relação com a evolução política do país.
ABORDAGEM ou MÉTODO
• História do Tempo Presente e Análise documental das fontes
Para Roger Chartier (1993), na história do tempo presente, “o
pesquisador é contemporâneo de seu objeto e divide com os que
fazem a história, seus atores, as mesmas categorias e referências.
Assim, a falta de distância, ao invés de um inconveniente, pode ser
um instrumento de auxílio importante para um maior
entendimento da realidade estudada, de maneira a superar a
descontinuidade fundamental, que ordinariamente separa o
instrumental intelectual, afetivo e psíquico do historiador e aqueles
que fazem a história” (CHARTIER, 1993, p. 17, apud FERREIRA,
2000)
FONTES DA PESQUISA
PRIMÁRIAS
Arquivos:
 FFCH-UFBA – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
 CAD-UFBA – Centro de Arquivo e Documentação
 Biblioteca Central da UFBA:
 Lugares de Memória
 AESI – Assessoria Especial de Segurança e Informação
 CRP – Conselho Regional de Psicologia
 Artigos, capítulos de Livros, Dissertações e Teses produzidos pelos professores do curso no período ou sobre o período
 Textos autobiográficos e memorialísticos de psicólogos e/ou docentes
Sites:
 Comissão Nacional da Verdade
 Brasil Nunca Mais
 Sistema de Informação do Arquivo Nacional

SECUNDÁRIAS
 Bases historiográficas referentes à ditadura militar e à psicologia
REFERÊNCIAS
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