CAMPO GRUPAL E SEUS FENÔMENOS

ZIMERMAN, 2000
ANSIEDADES, DEFESAS,
IDENTIFICAÇÕES.
• FORMAÇÃO DE UM GRUPO VAI ALÉM DE
UMA SIMPLES SOMA DE INDIVÍDUOS;
MEMBROS+ TERAPEUTA+ TAREFA
COMUM: CAMPO DINÂMICO;
• COLUNA MESTRA GRAVITA NO CAMPO
GRUPAL: ANSIEDADES, DEFESAS,
IDENTIFICAÇÕES.
ANSIEDADES
• ÂNSIA, sinaliza perigo ou ameaça ao equilíbrio
interno;
• ANIQUILAMENTO- mais primitiva, sensação
que o corpo irá se desintegrar (pode ocorrer em
regressões, em quadros de psicose ou
psicossomáticos).
ANISEDADES
• DESAMPARO- não poder contar com ninguém,
desproteção;
• FUSÃO- DESPERSONALIZAÇÃO- temor
simbiotizar, ser engolido pelo outro;
• ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO- medo de
perder e tendência a grudar.
ANSIEDADES
• PERDA DO AMOR- consegue se afastar mas
teme perder por revide;
• CASTRAÇÃO- conflitos edípicos;
• ANSIEDADE DEVIDA AO SUPEREGO-
punições caso exigências não atendidas.
ANSIEDADES
OS TIPOS VARIAM DE ACORDO COM O MOMENTO
GRUPAL E PODEM ESTAR RESTRITOS A ALGUNS
INDIVÍDUOS OU SUA TOTALIDADE.
1- UM CERTO GRAU É ÚTIL;
2- PARTES DAS VEZES SE MANIFESTA INDIRETAMENTE;
3- RECONHECER QUAL TIPO PARA INTERPRETAR;
4- ESTABELECER E RECONHECER DIFERENÇAS COM OS
DEMAIS AUILIA FORMAÇÃO SENSO IDENTIDADE.
MECANISMOS DE DEFESA
• MECANISMOS UTILIZADOS PELO EGO PARA
DIMINUIR ANSIEDADES;
• FORCLUSÃO (Werwerfung);
• RENEGAÇÃO (Verleugnung);
• NEGAÇÃO (posição esquizoparanóide);
• Deslocamentos, anulações, isolamento, regressão,
transformação ao contrário, repressão, formação reativa,
racionalização e sublimação.
IDENTIFICAÇÕES
• Processo ativo do Ego de ficar idêntico a um outro;
• Com figura amada, idealizada (não suporta frustrações),
odiada (identificação com o agressor), perdida
(melancolia), atacada (com a vítima), com sintomas, com
valores (significantes- Serás igual a louca da sua tia!);
• Voz ativa (outro), passiva (outro o identifica) e reflexiva
(ele se vê como o outro);
• Em grupo são mútuas e cruzadas.
Faz parte da terapia grupal o paciente discriminar
suas identificações sadias e patógenas, para
DESIDENTIFICAR-SE;
PROMOVER NOVOS MODELOS DE
REIDENTIFICAÇÕES.
VINHETA CLÍNICA:
Obs: A terapeuta faltou a última sessão por ter ido
viajar e na semana anterior havia anunciado a
chegada de um novo membro no grupo.
• O paciente A inicia desabafando emocionado o
jeito submetedor de sua esposa, ela “caga e
anda” pra ele;
• A paciente B o aconselha a se separar, lembra
com raiva que sua mãe também era assim;
• O paciente C diz que A deve aguardar melhorar;
• B e C discutem e B ordena que a terapeuta
decida;
• A grupoterapeuta assinala as queixas contra a
figura feminina e diz que se sentiram
abandonados por ela e traídas pela entrada de
outro membro.
• Alguns discordam, mas C concorda que sentiu-se
traído pelo fato de que o novo membro é
adolescente e deve ser agressivo;
• A terapeuta aponta que C fala pelos demais do
medo de suas agressividades, algo que surgem ao
se sentirem humilhados por pessoas submetedoras,
como no passado e agora na sessão;
• A sessão prossegue com esta temática, alguns
recordam situações do passado em que
sentiram-se maltratados, assim como
assinalando semelhanças entre comportamento
dessas pessoas e deles próprios.