Logística

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE

PRODUÇÃO E TRANSPORTES
INTRODUÇÃO À
LOGÍSTICA
Disciplina: Logística e Distribuição (ENG 09024)

Prof. MICHEL
INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA
Conceito
• O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do
francês Logistique e tem como uma de suas definições:
“a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da

realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção,
armazenamento, transporte, distribuição, reparação,
manutenção e evacuação de material para fins operativos ou
administrativos”
• Outros historiadores defendem que a palavra logística vem antigo

grego logos (λόγος), que significa razão, cálculo, pensar e analisar.
• O Oxford English dicionário define logística como: “O ramo da

ciência militar responsável por obter, dar manutenção e transportar
material, pessoas e equipamentos.”
• Em outro dicionário: “O tempo relativo ao posicionamento de

recursos”. Como tal, logística geralmente se estende ao ramo de
engenharia gerando sistemas humanos ao invés de máquinas.
Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica
• o termo logística tem sua origem no meio militar,

estando relacionado a atividade de abastecimento de
tropas;
• a análise histórica mostra que guerras foram ganhas ou
perdidas em decorrência da eficiência ou não do sistema
logístico:
 derrota das tropas napoleônicas na Rússia
 invasão da Normandia pelas forças aliadas
• a eficiência logística também influenciou a expansão dos

grandes impérios nas idades antiga, moderna e
contemporânea:
 império macedônico
 império romano
 colonialismo português, espanhol e britânico nos
séculos XV, XVI, XVII, XVIII e XIX
 na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os
militares com o título de ‘Logistikas’ eram os
responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a
guerra.
• o grande marco de desenvolvimento da logística

moderna é representado pela II Guerra Mundial:
 conflito generalizado ao redor do mundo;

 deslocamento de tropas e suprimentos em grandes
distâncias;
 necessidade de produção maciça de armamentos;
 desenvolvimento acelerado dos processos industriais;
 desenvolvimento da eletrônica e da informática;
 desenvolvimento dos primeiros modelos matemáticos
de apoio a tomada de decisão para alocação de recursos.
• ambiente produtivo nas décadas de 1950 e 1960:
 re-alocação da estrutura industrial, gerencial e

tecnológica montada durante a II Guerra Mundial;
 popularização dos bens de consumo;
 materiais e mão-de-obra representando a maior parcela
dos custos de produção;
 produção voltada para mercados locais;
 fidelização a marcas.
Desenvolvimento logístico → eras da logística
• 1900 – 1930: era da produção em massa

 especialização e divisão do trabalho;
 produtos com pouca diferenciação;
 redução dos custo de produção.
• 1930 – final da década de 1940: era do marketing de massa

 diferenciação de produtos com diversificação e
customização;
 investimentos em campanhas de marketing.
• 1950 – anos seguintes: era da descontinuidade

 novas estratégias e culturas organizacionais
• décadas de 1980 e 1990: sinais de que a oferta já é maior do

que a demanda
Onde podemos
reduzir os custos?
ABASTECIMENTO PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

• métodos introduzidos então:
 Sistema Toyota de Produção (Just in Time);
 qualidade total;
 reengenharia.
• final da década de 90 e início do ano 2000: estabilização

da economia em âmbito mundial; economia de mercado;
globalização; recessão
Onde podemos ainda

reduzir custos?
ABASTECIMENTO PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

Evolução da logística
Fragmentação Integração Integração total
parcial
1950 … 2000 …
1990 …
Previsão de demanda
Compras
Planejamento de pedidos
Administração
Planejamento da produção
de materiais
Gerenciamento de estoques
Armazenagem Logística
Transportes
Movimentação
Gerenciamento de estoques
Planejamento da distribuição Distribuição
física
Processamento de pedidos
Embalagem
Serviço ao cliente
redução de
custos
mudança
nos padrões de tecnologia de
demanda informação
evolução da
logística
exigência de crise do
qualidade petróleo
Conceito para logística
“Logística é a parte do processo da cadeia de

abastecimento que planeja, implanta e controla o
fluxo eficiente e eficaz de matérias-primas, estoque
em processo, produtos acabados e informações
relacionadas, desde seu ponto de origem até o ponto
de consumo, com o propósito de atender os
requisitos dos clientes.”
(Council of Logistics Management, 1998)
Conceitos de logística
Processo de
Planificar + Implementar + Controlar
Fluxo e armazenagem:
Ponto de • matérias-primas; Ponto de

origem • produtos em processo; destino
• produtos acabados;
• informações
de forma eficiente em sintonia com as

e efetiva necessidades dos clientes
Supply Chain Management x Logística
Supply Chain Management
T T T T
Fornecedor Fornecedor Fábrica Distribuido Varejista Cliente

r final
Logística integrada
Logística de Logística Logística de
abastecimento interna distribuição
Adaptado de Pires
(2004)
LOGÍSTICA
Cadeia Logística
LOGÍSTICA
Desempenho da Cadeia Logística

Custos logísticos (2004): EUA x Brasil (% PIB)
Fonte: Cel-Coppead
1° fase da logística
Estoque
Estoque
Estoque
Fabricação Centro de Varejista

distribuição
Características da 1° fase da logística
• controle de custos;
• despachos econômicos (visão de transportes);
• controle de estoque baseado no modelo EOQ (lote
econômico).
Sub-sistemas otimizados separadamente, com

estoques servindo de pulmão
Centro de
Fabricação Varejista
distribuição
Integração rígida entre sub-sistemas mas com

otimização dois-a-dois
• maior oferta de produtos;

• crise do petróleo;
•maior integração entre pedidos de fabricação e
despacho;
• processo de decisão mais integrado;
• maior importância dada ao profissional de logística;
• otimização parcial (dois-a-dois);
• uso crescente dos recursos de informática.
Integração flexível entre sub-sistemas com

otimização global
Formando um duto flexível, adaptável às

alterações externas
• satisfação dos clientes;

• estoque zero (just in time);
• prazos mais curtos possíveis;
• custos baixos;
• grande competitividade;
• integração total da logística;
• uso intensivo da informação e da informática.
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
Em alguns casos já não se distingue

claramente as fronteiras entre os sub-sistemas
• uso da postergação;
• empresas ágeis;
• combinação de hardware e software;
• uso crescente de compras eletrônicas para diminuir
estoques;
• transportes otimizados e monitorados em tempo real;
• compromisso com as questões ambientais → logística
reversa.
Logística como vantagem competitiva
O mercado pode ser representado por um modelo simplificado (3c’s)
cliente
Busca benefícios
a preços
aceitáveis
• companhia
or va
• clientes l lor
va
• concorrentes
Ativos e Diferenciais de Ativos e
utilização custo utilização
companhia concorrente
O diferencial competitivo é encontrado:
• na capacidade da empresa em diferenciar-se de

seus concorrentes aos olhos do cliente;
• pela capacidade da empresa de operar a baixo
custo e, portanto com maior lucro.
O sucesso comercial é conquistado através:
• da vantagem de custo ou;

• da vantagem de valor ou;
• de ambas (ponto ideal).
O concorrente que obtém maior lucro tende a ser o que produz

a custos menores ou aquele que oferece um produto com
maior diferença perceptível de valor.
Lider em Lider em
alta
serviço custos e serviços
Vantagem em valor
baixa
Mercado de Lider em
commodity custo
baixa alta
Vantagem em produtividade
O desafio estratégico da logística é:
Procurar estratégias que deslocarão o negócio

da extremidade do mercado de commodity para uma
posição mais segura, baseada na diferenciação
de valor e na vantagem de custos
Oportunidades de alavancagem da logística
Vantagem
em valor: Objetivo:
•serviço personalizado Vantagem
•relacionamentos competitiva
com clientes
•estratégia de
distribuição
Vantagem em produtividade:
•utilização da capacidade;
•giro do ativo;
O que é uma Cadeia de Suprimentos?
• Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou

indiretamente, no atendimento de um pedido de
um cliente.
• As atividades da cadeia de suprimento iniciam-
se com o pedido de um cliente e terminam
quando um cliente satisfeito paga pela compra.
Cadeia de Suprimentos
• O termo ‘cadeia de suprimento’ representa

produtos ou suprimentos que se deslocam ao
longo da seguinte cadeia:
– Fornecedores
– Fabricantes
– Distribuidores
– Lojistas
– Clientes
• Os fluxos de informações, monetário e de
produtos ocorrem em ambos os sentidos.
Estágios da Cadeia de Suprimento

Estágios da Cadeia de Suprimento de um Detergente

Objetivo da Cadeia de Suprimentos
• Maximizar o valor global gerado, ou seja, a

diferença entre o valor do produto final para o
cliente e o esforço realizado pela cadeia de
suprimento para atender ao seu pedido.
• A lucratividade da cadeia de suprimento é o

lucro total a ser dividido pelos estágios da
cadeia.
Fases de Decisão na Cadeia
• O gerenciamento da cadeia de suprimento bem-

sucedido exige diversas decisões relacionadas ao
fluxo de informações, de produtos e monetário.
• Estas decisões se encaixam em 3 categorias:
1) Estratégia ou projeto da cadeia de
suprimento;
2) Planejamento da cadeia de suprimento;
3) Operação da cadeia de suprimento.
1) Estratégia ou projeto da cadeia de suprimento
• Decisão de como estruturar a cadeia de

suprimento;
• Determinação da configuração da cadeia que
processos cada estágio deverá desempenhar;
• Decisões estratégicas que incluem local,
capacidade de produção e das instalações
para armazenagem, produtos a serem
fabricados ou estocados, meios de transporte,
tipo do sistema de informação adotado.
2) Planejamento da cadeia de suprimento
• A configuração da cadeia de suprimento é

fixa;
• Estabelecimento de restrições dentro das
quais cada planejamento deve ser realizado;
• Previsão de demanda para o ano seguinte
em diferentes mercados;
• Inclui decisões sobre quais mercados serão
supridos, a construção dos estoques, a
terceirização da fabricação, as políticas de
reabastecimento e estocagem.
3) Operação da cadeia de suprimento

• Curto prazo (semanal ou diário);
• A configuração da cadeia de suprimento é
considerada fixa e as políticas de planejamento
como já definidas;
• Implementar as políticas operacionais da
melhor maneira possível;
• Explorar a redução da incerteza da demanda
e otimizar o desempenho dentro das restrições
estabelecidas pela configuração e pelas
políticas de planejamento.
Visão do Processo de uma Cadeia de

Suprimento
• Seqüência de processos e fluxo que acontecem

dentro e entre diferentes estágios da cadeia.
– Visão Cíclica: interface entre dois estágios sucessivos de

uma cadeia de suprimentos;
– Visão push/pull : processos acionados em resposta aos

pedidos dos clientes ou em antecipação aos pedidos.
Visão Cíclica
• Ciclo de pedido do cliente;
• Ciclo de reabastecimento;
• Ciclo de fabricação;
• Ciclo de suprimentos.
Ciclo de Pedido do Cliente
• Interface entre o cliente e o varejista;

• Inclui todos os processos diretamente envolvidos no
recebimento e no atendimento ao pedido do cliente.
– Chegada do cliente;
– Emissão do pedido do cliente;
– Atendimento ao pedido do cliente;
– Recebimento do pedido pelo cliente.
Estratégia Logística Orientada ao Serviço ao
Cliente
Serviço ao Cliente
Estratégico
Projeto do Estratégia da
canal rede
Estrutural
Projeto do Gerenciamento Gerenciamento
Armazém e do transporte
de materiais
sua operação
Funcional
Sistema de Políticas e Instalações e Gerenciamento
Informações procedimentos Equipamentos organização/mudanças
Implementação
Gerenciando o Pedido Perfeito

Gerenciando o Pedido Perfeito

Ciclo de Reabastecimento
• Interface entre o varejista e o distribuidor;

• Inclui todos os processos ligados ao reabastecimento
dos estoques do varejista.
– Acionamento do pedido do varejista;
– Emissão do pedido do varejista;
– Atendimento do pedido do varejista;
– Recebimento do pedido pelo varejista.
Ciclo de Fabricação
• Interface entre o distribuidor e o fabricante (ou

varejista e fabricante);
• Inclui todos os processos envolvidos no
reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou
varejista).
– Chegada do pedido do distribuidor, varejista ou cliente;
– Programação para a produção;
– Fabricação e transporte;
– Recebimento pelo distribuidor, pelo varejista ou cliente.
Ciclo de Suprimentos
• Interface entre o fabricante e o fornecedor;

• Inclui todos os processos necessários para garantir que os
materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorra sem
atrasos;
• O fabricante faz pedidos de componentes aos
fornecedores que possam reabastecer seus estoques;
• Enquanto os pedidos entre varejistas e distribuidores são
acionados com incerteza em relação à demanda do
cliente, os pedidos de componentes podem ser
determinados com precisão, uma vez que o fabricante já
decidiu qual será sua programação de produção.
• Uma visão cíclica da cadeia de suprimento

define claramente os processos envolvidos e
os responsáveis pelos mesmos.
• Esta visão é muito útil ao considerarmos

decisões operacionais, porque especifica os
papéis e as responsabilidades de cada
membro da cadeia de suprimento e o
resultado esperado em cada processo.
Visão push/pull
• Pull: a execução é iniciada em resposta aos pedidos

dos clientes
– Demanda é conhecida
– Processo reativo, pois reagem à demanda do cliente.
• Push: executados em antecipação aos pedidos dos

clientes
– Demanda não conhecida, deve ser prevista
– Processo especulativo, pois respondem a uma especulação
(previsão) e não a uma demanda real.
Processo push/pull da L.L. Bean

Processo push/pull da Dell

Processo push/pull da Dell
• A Dell tem menos estágios e mais processos

pull
• Isto exerce um impacto significativo no

desempenho da cadeia de suprimento.
A Importância dos Fluxos
• Existe uma estreita ligação entre o projeto e o

gerenciamento dos fluxos da cadeia de suprimento
(produtos, informação e caixa) e o sucesso dela.
• As decisões da cadeia de suprimento exercem uma

influência crucial no sucesso ou no fracasso da
empresa.
– Dell
– Quaker
Dell: sucesso
• Desde 1993 vem registrando crescimento nos lucros

de mais de 65% ao ano;
• Atribuiu grande parte do seu sucesso ao modo como
administra os fluxos dentro da cadeia;
• Modelo básico: venda direta aos clientes;
• Possui apenas 3 estágios: cliente, fabricante e
fornecedores;
Dell: sucesso
• Desenvolve melhores previsões devido à

proximidade com seus clientes e o conhecimento de
suas necessidades;
• Constante esforço para atender ao cliente em tempo
real, seja por telefone ou internet;
• Alto giro de estoque (chips com ‘idade’ aproximada
de 10 dias);
• Sofisticada troca de informações (dados em tempo
real);
Dell: sucesso
• Produção concentrada em 5 pólos de fabricação: Austin

(Texas), Brasil, China, Irlanda e Malásia;
• Estoques reduzidos ajudam a garantir que eventuais
defeitos não atinjam uma grande quantidade de
produtos;
• Falhas consertadas em tempo real.
Quaker: falhas
• É um exemplo de como falhas no projeto e no

gerenciamento dos fluxos da cadeia levam ao fracasso
financeiro.
• A Quaker (dona da Gatorade) comprou a Snapple
(bebidas naturais);
• Pretendia explorar as sinergias entre os dois sistemas
de distribuição para obter rendimentos, mas foi incapaz
de solucionar diversos problemas que a distanciavam
dessas sinergias;
Quaker: falhas
• Passados 2 anos a Quaker não conseguiu obter sinergia

entre os dois sistemas de distribuição;
• Na tentativa de fundir 2 sistemas de distribuição
distintos, a Quaker não ajudou nenhum dos dois e pode
ainda tê-los lesado;
• Após 28 meses,a Quaker vendeu a Snapple por quase
20% do que havia pago.
Exemplos de Cadeias
• Micron Electronics – vendas diretamente ao cliente;

• 7-Eleven – uma loja de conveniência;
• W. W. Grainger e McMaster-Carr – fornecedores de
produtos para manutenção, reparos e operações;
• Toyota – fabricante mundial de automóveis;
• Amazon.com – um e-business.
• Móveis
• Soja
• ...
Requisitos logísticos
• prazos previamente definidos (e cumpridos);

• preços transparentes para o cliente;
• satisfação plena do cliente (nível de serviço);
• integração efetiva entre partes da mesma empresa;
• integração efetiva com fornecedores e clientes (“supply
chain”);
• busca da otimização global (redução global dos custos)
incluindo estoque, transporte, avarias, perdas, etc.
Qualidade em logística
• quantidade correta dos produtos corretos;

• livre de danos;
• no tempo anteriormente acordado;
• no local anteriormente acordado;
• pedido isento de erros;
• pedido processado corretamente;
• informação repassada corretamente ao cliente;
• sem erros na fatura e/ou cobrança.
Importância da logística no contexto produtivo atual
• globalização crescente da economia;

• diversificação da produção;
• ciclo de vida reduzido dos produtos;
• maior competição entre as empresas;
• pressão pela redução de custos: Lucro = Preço - Custos;
• locais de produção diferentes dos locais de consumo:
distâncias crescentes;
• satisfação dos clientes.
O Ambiente Logístico em Mutação
• Dos muitos problemas estratégicos que as

organizações enfrentam hoje, os que
talvez sejam mais prementes são :
– Explosão do serviço ao cliente;
– Compressão do tempo;
– Globalização da Industria;
– Integração Organizacional.
O Ambiente Logístico em Mutação
• Dos muitos problemas estratégicos que as

organizações enfrentam hoje, os que
talvez sejam mais prementes são :
– Explosão do serviço ao cliente;
– Compressão do tempo;
– Globalização da Industria;
– Integração Organizacional.
A explosão do serviço ao cliente
• O serviço ao cliente pode ser definido como

um fornecimento consistente das utilidades de
tempo e lugar; isto é, os produtos não têm
valor, até que eles estejam nas mãos do
cliente, na HORA certa e no LUGAR exigido.
• Essencialmente o papel do serviço ao cliente
deve ser a melhoria do “valor de uso”, isto é, o
produto passa a ter mais valor aos olhos do
cliente, pois ele adiciona valor à essência do
produto; (Diferenciação na OFERTA)
Compressão do tempo
• O tempo se transformou em problemas

crítico para os gerentes:
1. Os ciclos de vida dos produtos estão cada
vez menores;
2. As indústrias e os distribuidores exigem um
sistemas de pronta entrega;
3. Os usuários estão cada vez mais inclinados
a aceitar um produto substituto, se sua
primeira escolha não estiver disponível
imediatamente.
Globalização da Industria
• Por que uma empresa GLOBAL é mais

que uma empresa MULTINACIONAL !
• No negócio global, os materiais e
componentes são adquiridos no mundo
inteiro, fabricados no exterior e vendidos
em muitos países diferentes, talvez com
adequações locais.
Integração Organizacional
• A lógica teórica da visão sistêmica do

negócio é simples e aparente mas a
realidade da implementação é um pouco
mais complicada;
• Possível Problema: a organização
clássica da empresa é baseada em
divisões funcionais e hierárquicas
rigorosas.
O Desafio do Gerenciamento Logístico
• Já comentamos que o “ciclo de vida” dos

produtos está ficando cada vez mais curto;
– vários exemplos existem mas talvez o caso
dos computadores pessoais sirva para
simbolizar todos;
• Ciclos de vida curtos exigem prazos
menores;
• Definição de Prazo:
• Tradicionalmente: é o período de tempo
decorrido entre o recebimento do pedido do
cliente e a entrega do produto;
• Nova abordagem: é o tempo consumido
desde a prancheta, passando pela compra
de material, produção e montagem, até a
entrega do produto final. (Prazo Estratégico)
• Gerenciar o “Prazo Estratégico” é a chave do

sucesso no gerenciamento das operações
logísticas.
• Já estão surgindo situações em que o “Ciclo
de Vida” é menor que o “Prazo Estratégico”.
• Ademais, num contexto global, o problema é
agravado pelos maiores tempos de transporte
evolvidos.
• Existem três pontos chave no

gerenciamento da logística:
– Encurtar o fluxo logístico;
• “logística enxuta” é um pré-requisito.
– Melhorar a visibilidade do fluxo logístico;
logístico
• eliminar barreiras organizacionais (S.I.);
– Gerenciar a logística como um sistema;
• fornecedor-mercado: sistema interligado, logo o
impacto de uma decisão numa parte afetará o
sistema inteiro.
LOGÍSTICA NO BRASIL
• Boa parte da indústria na 1ª fase, tentando

passar para a 2ª fase;
• Dificuldades de integração interna
(organograma);
• Visão não atualizada dos dirigentes:
– As pseudo-soluções ...
– Atenção excessiva aos aspectos financeiros
• Uso parcial e pouco adequado da informação
e da informática;.
LOGÍSTICA NO BRASIL
• Transferência da ineficiência ao parceiro

(visão/distorcida da parceria);
• Desconhecimento da estrutura de custos;
• Competição ruinosa.
Inserção da logística nas empresas
Dentro de um
departamento
Função separada
na empresa
Depto
Logística
Função conjunta de
várias empresas

Logística

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ESCOLA DE ENGENHARIA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE

Disciplina: Logística e Distribuição (ENG 09024)

“a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da

• Outros historiadores defendem que a palavra logística vem antigo

• O Oxford English dicionário define logística como: “O ramo da

• Em outro dicionário: “O tempo relativo ao posicionamento de

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• o termo logística tem sua origem no meio militar,

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• a eficiência logística também influenciou a expansão dos

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• o grande marco de desenvolvimento da logística

 conflito generalizado ao redor do mundo;

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• ambiente produtivo nas décadas de 1950 e 1960:

 re-alocação da estrutura industrial, gerencial e

Desenvolvimento logístico → eras da logística

• 1900 – 1930: era da produção em massa

• 1930 – final da década de 1940: era do marketing de massa

• 1950 – anos seguintes: era da descontinuidade

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• décadas de 1980 e 1990: sinais de que a oferta já é maior do

ABASTECIMENTO PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• métodos introduzidos então:

 Sistema Toyota de Produção (Just in Time);

Desenvolvimento logístico → perspectiva histórica

• final da década de 90 e início do ano 2000: estabilização

Onde podemos ainda

ABASTECIMENTO PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

Conceito para logística

“Logística é a parte do processo da cadeia de

Ponto de • matérias-primas; Ponto de

de forma eficiente em sintonia com as

Fornecedor Fornecedor Fábrica Distribuido Varejista Cliente

Desempenho da Cadeia Logística

Custos logísticos (2004): EUA x Brasil (% PIB)

Fabricação Centro de Varejista

Características da 1° fase da logística

Sub-sistemas otimizados separadamente, com

Integração rígida entre sub-sistemas mas com

Características da 2° fase da logística

• maior oferta de produtos;

Integração flexível entre sub-sistemas com

Formando um duto flexível, adaptável às

Características da 3° fase da logística

• satisfação dos clientes;

Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

Em alguns casos já não se distingue

Características da 4° fase da logística

Logística como vantagem competitiva

O mercado pode ser representado por um modelo simplificado (3c’s)

Logística como vantagem competitiva

O diferencial competitivo é encontrado:

• na capacidade da empresa em diferenciar-se de

Logística como vantagem competitiva

O sucesso comercial é conquistado através:

• da vantagem de custo ou;

O concorrente que obtém maior lucro tende a ser o que produz

Logística como vantagem competitiva

Logística como vantagem competitiva

O desafio estratégico da logística é:

Procurar estratégias que deslocarão o negócio