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Introdução à Saúde Mental

Paula Pinto de Freitas


Maria Helena Ribeiro da Silva
ICBAS – Universidade do Porto
O que é a Saúde Mental?
Conceito de difícil definição
OMS – 2001
“bem estar subjectivo, sentimento de auto-
eficácia, autonomia, competência, dependência
intergeracional, renovação do potencial
emocional e cognitivo…”
Indefinível numa perspectiva transcultural porque
profundamente influenciado pelos valores
inerentes a cada cultura.

S.Freud – traduz-se pela capacidade de amar,


sonhar e trabalhar
Centralidade da Saúde Mental
A nível Individual, Social e Político

 Nível Individual
 Permite usar o potencial intelectual e
emocional e atingir um pleno desempenho
social, escolar e de trabalho
 Nível Social
 A SM dos indivíduos contribui para a
prosperidade, solidadiedade e justiça social
 A doença da SM representa custos, perdas e
sobrecargas para os indivíduos e sistemas
sociais
A Saúde Mental tem sido
negligenciada
Cerca de 450 milhões de pessoas sofrem de Doença Mental ou
Neurológica (uma em cada 4 pessoas) e só uma minoria recebe
tratamento. Nos países em desenvolvimento a maioria está entregue a
si própria, transformando-se em vítimas devido à sua doença
(depressão, esquizofrenia, demências, dependências) e convertendo-se
em alvos de estigma e descriminação.
As perturbações mentais representam quatro das dez principais causas
de incapacidade em todo o mundo (depressão unipolar, p. afectiva
bipolar, esquizofrenia, alcoolismo, demências)
Os problemas de SM correspondem a 12% do peso mundial da doença
mas os orçamentos destinados à SM representam menos de 1% dos
gastos com a saúde na maioria dos países
25% dos países não dispõe ao nível dos cuidados primários de saúde de
medicamentos para tratar a esquizofrenia, depressão e epilepsia
Eurobarometer 2003
aplicação do 5-item Mental health Index

Estudo em 16.000 indivíduos de 15 países da UE


Prevalência de casos positivos
Portugal:29,8% Média Europeia:23,4%
Associações estatisticamente significativas:
Sexo Baixo
feminino > 65 anos viuvez reforma suporte
social
Portugal 40,7 49,7 56,1 50,7 44,7

Europa 27,6 27,2 36,0 29,2


40,8
Perturbações Mentais
Dimensão do Problema na Europa
 Meta-análise de 27 estudos populacionais em países
europeus

 27% dos adultos 18-65 anos, afetados por pelo menos


uma perturbação mental nos últimos 12 meses

 As perturbações mais frequentes são: P. Ansiedade, P.


Depressivas. P. Somatoformes; P. Uso de Substâncias

 Baixa utilização de recurso a tratamento. Só 26% dos


casos tinham tido consulta com um profissional de
serviços de saúde
 As necessidades de serviços deverão ser calculadas em
função da severidade, incapacidade e comorbilidade.
Particular atenção à população adolescente e idosa

Wittchen HU, Jacobi F. 2005


Cálculo de indivíduos 18-65 anos da população
geral da UE afectados com pelo menos uma
P.Mental nos últimos 12 meses

Diagnóstico Estimativa
DSM-IV 12meses %
Dependência do Alcoól 2,4
Dependência Subst ilicitas 0,7
P.Psicóticas 1,2
D. Major 6,1
Doença bipolar 0,8
P. Pânico 1,8
P. Obsessivo-compulsivas 0,9

Wittchen H, Jacobi F, 2005


Cálculo de indivíduos 18-65 anos da população
geral da UE afectados com pelo menos uma
P.Mental nos últimos 12 meses

Diagnóstico Estimativa
DSM-IV 12meses %
Agorofobia 1,3
Fobia Social 2,2
PGA 2,0
Fobias 6,1
P. Somatoformes 6,3
P. Alimentares 0,4
Qualquer Doença Mental 27,4

Wittchen H, Jacobi F. 2005


Prevalência das Perturbações Mentais

 Prevalência de ponto p/ idade adulta 10%


 Prevalência ao longo da vida 25%

 Prevalência Geral - a mesma em ambos os sexos


Mas > Depressão ♀
> Pert. do uso de substâncias psicoactivas nos ♂

Nos Cuidados Primários

 24% dos doentes apresentam Pert. Mental


Ansiedade
Depressão
Pert. Abuso Substâncias
Prevalências de Doença Mental
nos Cuidados Primáios de Saúde
(estudo para a OMS 1995)
 Chile (Santiago) 52,5%
 Brasil (Rio de Janeiro) 35,5%
 França (Paris) 26,3%
 Inglaterra (Manchester) 24,8%
 Holanda (Groningen) 23,9%
 Alemanha (Mainz) 23,6%
 India (Bangahore) 22,4%
 Grécia(Atenas) 19,2%
 Alemanha (Berlim) 18,3%
 Turqia (Ancara) 16,4%
 EUA (Seattle) 11.9%
 Itália (Verona) 9,8%
 Nigéria (Ibadan) 9,5%
 Japão (Nagasaki) 9,4%
 China (Xangai) 7,3%
Perturbação Prevalência %

Pert. Mista de Ansied. e Dep. 8


Dependência do álcool 5
Pert. Ansiedade General. 3
Pert. Ansiedade Específicas 3
Pert. Depressiva 2
Dependência de Substâncias 2
Demência 1
Pert. Comport. Alimentar <1
Psicoses 0,4

De”Introdução à Psiquiatria”
P.Harrison; J.Geddes
Importância da Saúde Mental
reconhecida pela OMS
 A saúde é mais do que a ausência de doença ou
enfermidade, é um estado de bem estar físico
mental e social
 Sabemos hoje que a maioria das doenças mentais e
físicas é influenciada por uma combinação de
factores biológicos, psicológicos e sociais
 O funcionamento mental tem um substrato
fisiológico e está indissociavelmente ligado ao
funcionamento físico e social e aos ganhos em
saúde.
 O cérebro tem a responsabilidade de combinar
informações genéticas, moleculares e bioquímicas
com informações procedentes do exterior
Como é que a saúde física e mental se
influenciam mutuamente?

 Directamente através dos sistemas fisiológicos, como o funcionamento


neuroendócrino ou imunológico
 Indirectamente através do comportamento para a saúde: alimentação,
exercício físico, hábitos de sono, tabágicos, comportamento sexual, adesão a
normas de segurança rodoviária, adesão aos esquemas terapêuticos… O
comportamento para a saúde do indivíduo é muito influenciado pela sua
saúde mental
 Embora as redes fisiológicas e comportamentais sejam distintas não são
independentes e influenciam-se mutuamente. Ex: vida sedentária e hábitos
tabágicos baixam o funcionamento imunitário; depauperamento físico e
cansaço pode acarretar esquecimento dos regimes terapêuticos.
 Humor ansioso ou deprimido inicia uma cascata de alterações endócrinas e
imunológicas e cria maior susceptibilidade à doença física
 A depressão é um factor de risco para a não adesão ao tratamento
Pobreza e Saúde Mental

 Os pobres suportam a maior carga das doenças mentais


(maior risco de DM e menor acesso ao tratamento)

 Vulnerabilidade: exposição constante a acontecimentos


geradores de stress, condições de vida perigosas,
exploração, saúde mais precária

 Falta de acesso ao tratamento torna o curso da doença


mais severo e incapacitante conduzindo ao ciclo vicioso
da pobreza e perturbações de saúde mental
Recomendações da OMS
10 princípios básicos
 1 - Promover o tratamento das DM nos cuidados primários
de saúde
 2 - Acessibilidade aos psicotrópicos
(básicos:antidepressivos, neurolépticos e anti-epilépticos)
 3 - Proporcionar a prestação de cuidados de Saúde Mental
na Comunidade (criar condições para que os doentes
mentais vivam nos ambientes o menos restritivos possível)
 4 - Educação da População (campanhas contra o estigma e
discriminação da DM, reconhecimento e tratamento
precoce da DM)
 5 - Envolvimento da comunidade das famílias e dos
consumidores na organização e desenvolvimento de serviços
Recomendações da OMS
10 princípios básicos
 6 - Estabelecer políticas, programas e legislação
nacionais (garantir o respeito pelos direitos humanos,
aumentar as verbas para a SM)
 7 - Prepara Recursos Humanos (formar psiquiatras e
enfermeiros, psicólogos e outros técnicos, TO,TF…)
 8 - Articulação com outros sectores (saúde, educação,
trabalho, justiça…)
 9 - Monitoroização da SM na comunidade (investigar
grupos de risco, promover despiste precocede
transtornos específicos – depressão, avaliar a eficácia de
programas preventivos…)
 10 - Apoiar a Investigação
Colaboração intersectorial para a
Saúde Mental

 Trabalho e emprego – criar bom ambiente de trabalho, livre de


discriminação com programas de assistência aos empregados;
integrar pessoas com DM grave na força trabalhadora; adoptar
políticas que incentivem altos níveis de emprego e apoiar os
desempregados
 Comércio – adoptar políticas económicas que reduzam a
pobreza relativa e absoluta; analisar e corrigir qualquer impacte
potencialmente negativo da reforma económica sobre as taxas
de desemprego
 Educação – pôr em prática políticas para evitar o abandono
escolar e políticas antidiscriminatórias nas escolas; incorporar
aptidões no curriculo escolar e assegurar a existência de
escolas amigas da criança; considerar os requisitos das crianças
com necessidades especiais
Colaboração intersectorial para a
Saúde Mental
 Habitação – dar prioridade ao alojamento das pessoas
com perturbação mental; dar facilidades habitacionais;
prevenir a discriminação na localização da habitação e a
segregação geográfica
 Serviços sociais – considerar a presença ou severidade
da DM como prioridade para receber apoios sociais;
disponibilizar apoios aos familiares qd são os principais
cuidadores; formar o pessoal dos serviços de previdência
social
 Sistema de justiça criminal – evitar a prisão injustificada
de pessoas com DM; disponibilizar o tratamento das DM;
reduzir as consequências do encarceramento para a
saúde mental; treinar o pessoal do sistema judiciário
A Resolução dos Problemas

Características dos cuidados na Comunidade

 Proximidade do domicílio (cama em hospitais gerais, unidades


residenciais de longo prazo)
 Intervenções dirigidas aos sintomas e às incapacidades
 Tratamento e cuidados dirigidos ao diagnóstico e às
necessidades das pessoas
 Ampla gama de serviços
 Serviços coordenados entre profissionais de Saúde Mental e
organismos da comunidade
 Serviços + ambulatórios que fixos, incluindo cuid. Domiciliários
 Parceria c/ os prestadores de cuidados e atendimento das
suas necessidades
 Legislação que apoie os aspectos relaccionados
Princípios dos Cuidados

 Diagnóstico (tipo/nível de incapacidade) e


Intervenção (farmacológica, psicológica e
psico-social
 Continuidade de cuidados
 Ampla gama de serviços
 Parceria com doentes e famílias
 Envolvimento da comunidade local
 Integração nos cuidados primários de saude
Ingredientes dos cuidados

Contribuição equilibrada de:


 Medicação – problema da adesão

 Psicoterapia - > da satisfação e de concordância


c/ o tratamento
 Reabilitação psico-social - > competências,
modificar o ambiente
 Reabilitação profissional e emprego

 Habitação
Determinantes das Pert. Mentais
(afectando prevalência, início, evolução)

1 - Pobreza
2 - Sexo Prevalência Geral equivalente
+ depressão e ansiedade nas♀
+ pert. Abuso substâncias♂
comorbilidade + frequente nas ♀
3 - Idade
de um modo geral a prevalência > c/ a idade.
( Demência Depressão)

4 - Conflitos e catástrofes
5 - Doenças físicas graves
6 - Factores familiares e ambientais

Acontecimentos significativos
negativos – depressão;
de todos os tipos – outras pert. Mentais

Ambiente social e emocional na famíliares


Recaídas de esquiofrenia – emoção expressa
SNR – 1995
Inquérito Nacional às incapacidades deficiências e
desvantagens

 Deficiência - perda ou alteração de uma estrutura ou função


psicológica, fisiológica ou anatómica de carácter temporário ou definitivo
 Incapacidade - restrição ou falta de capacidade para realizar uma
actividade dentro dos limites considerados normais para o ser humano
 Desvantagem – condição social de prejuízo sofrida por um indivíduo
resultante de deficiência ou incapacidade que limita ou impede o
desempenho de uma actividade considerada normal para um ser humano,
tendo em atenção a idade, sexo e posição sócio-económica

 9,16% de pessoas com alguma incapacidade (equivalente à prevalência


observada noutros países da Europa)
 Tendência crescente do peso relativo às pessoas com pelo menos uma
incapacidade ao longo da vida
 A faixa etária entre os 45-54 anos é um período crítica para o
aparecimento de alguma incapacidade
SNR – 1995
Inquérito Nacional às incapacidades deficiências e
desvantagens

 Levantamento, por amostragem estatística,


do número e caracterização das deficiências,
incapacidades e desvantagens

 Levantamento dos recursos de reabilitação


existentes
SNR – 1995
Inquérito Nacional às incapacidades deficiências e desvantagens
SNR – 1995
Inquérito Nacional às incapacidades deficiências e desvantagens

12/ 1000 pessoas c/ deficiência psíquica (défice intelectual, doença


mental, défice de funções gnósicas e práxicas)
SNR – 1995
Inquérito Nacional às incapacidades deficiências e
desvantagens

Deficiências que beneficiaram de alguma modalidade de reabilitação por


grupo etário

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