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FARMACOGNOSIA I

FITOQUÍMICA I

• DOCENTE

• Professora Doutora 
• Maria Adelaide Gonçalves Lobo

   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I
DEFINIÇÕES 
Fitoquímica 
É a ciência que estuda os constituintes químicos das plantas. 

Farmacognosia
É a ciência que estuda os princípios  activos dos animais e plantas  
aplicados em farmacologia. 
O termo deriva de duas palavras gregas, pharmakon, droga, e gnosis, 
conhecimento
É um dos mais antigos ramos da farmacologia.

Normalmente, estas áreas são de actuação de químicos e farmacêuticos, 
mas ocasionalmente coordenadas por botânicos. 


   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I
• OBJECTIVOS

• 1º Dominar a linguagem e a terminologia específicas desta área 
cientifica
•  
• 2º Conhecer os grandes grupos de substâncias de origem natural 
dotados de actividade farmacológica ou com interesse tecnológico 
farmacêutico

• 3º Adquirir conhecimentos que habilitem ao reconhecimento dos 
fármacos, em particular, dos referenciados nas Farmacopeias 
Portuguesa ou Europeia e conhecer todos os processos 
intermédios de processamento, desde a origem até à utilização 
farmacêutica final. 
   
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FITOQUÍMICA I
• 4ºCompreender as ferramentas básicas da biotecnologia 
aplicadas à produção de medicamentos e suas implicações 
bioéticas

• 5ºAdquirir conhecimentos sobre as técnicas aplicáveis ao 
controle de qualidade dos fármacos, em obediência às 
normas oficiais e para executar as metodologias analíticas 
e métodos instrumentais de análise aplicáveis a esse fim. 

• 6º Respeitar o conhecimento popular sobre o uso de 
plantas medicinais
   
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FITOQUÍMICA I
• 7º Estudar as propriedades físicas, químicas, 
bioquímicas e biológicas das drogas de origem 
natural

• 8º Procurar novas drogas de origem natural.

• 9º Efectuar pesquisa científica nas áreas de 
fitoquímica, química microbiana, biosíntese, 
biotransformações e quimiotaxonomia e em outras 
ciências biológicas e químicas.

   
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FITOQUÍMICA I
APLICAÇÕES
• Estes estudos podem ser utilizados na áreas:
• 1­Médica e farmacêutica (pesquisa de novas 
substâncias a serem usadas em medicamentos)
• 2­Na taxonomia (uso pelos botânicos dos 
caracteres químicos para diferenciar as espécies)
• 3­Na química (estudos das vias metabólicas que 
originam as diferentes substâncias presentes nos 
vegetais).
   
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• IMPORTÂNCIA

• Sendo o farmacêutico o profissional de maior 
relevância comunitária no aconselhamento  público, 
em geral, sobre a segurança e eficácia dos produtos 
terapêuticos a importância destas áreas permite:

• 1º Ter  uma perspectiva alargada dos modos de 
interacção dos compostos naturais com os organismos 
vivos
•  
•   2º Conhecer os seus usos terapêuticos, 
 
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• 3º Conhecer a sua toxicidade 

• 4º Conhecer  as possíveis interferências dos 
produtos fitofarmacêuticos com outros 
produtos medicamentosos tomados 
simultaneamente

   
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• Enquanto ciência multidisciplinar, o estudo da 
Farmacognosia deve fundamentar­se em 
conhecimentos essenciais da biologia e da 
fisiologia vegetais, em bases sólidas de química 
orgânica e analítica, na compreensão de 
fundamentos de metodologias extractivas, 
separativas e analíticas, incluindo o domínio de 
técnicas instrumentais, no conhecimento e 
integração de elementos de fisiologia humana e 
de farmacologia experimental. 
   
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• HISTÓRIA

• O conhecimento sobre as plantas acompanha a 
evolução do homem na Terra. As civilizações 
primitivas adquiriram conhecimentos empíricos 
sobre a utilização das plantas na sua alimentação e 
simultaneamente verificaram a sua toxicidade e 
aplicaram­nas no tratamento de doenças. pois 
apresentam propriedades curativas. São
• as plantas medicinais.

   
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• O seu uso baseia­se nas práticas da medicina 
tradicional, variando de país para país.
• Esta informação ainda hoje é transmitida 
oralmente nas civilizações mais primitivas e não 
só, e foi, após o aparecimento da escrita, 
compilada e guardada.
• Documentos sumérios datando de 3000 anos a.C. 
mostram o uso do ópio, o gálbano, a assafétida, o 
meimendro e outros produtos vegetais usados em 
processos curativos.

   
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• No Museu Britânico existe um papiro decifrado 
em 1873 pelo egiptólogo Georg Ebers que se 
considera o primeiro tratado médico datado de 
1800 a.C., onde se descrevem as preparações de 
remédios para todas as partes do corpo. A 
medicina egípcia já utilizava o sene, o zimbro, 
sementes de linho, funcho, rícino e muitas outras 
plantas. 
• Nas civilizações chinesa e indú o papel da 
aplicação de fármacos de origem vegetal e animal 
é muito relevante. 
   
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FITOQUÍMICA I
• Em 1973 a descoberta de 14 livros médicos 
clássicos em Chang­She, província de 
Hunan, trouxe alguns dados sobre o início 
da medicina herbária chinesa. Estas fontes 
mencionam 52 doenças 283 prescrições e 
247 de plantas incluindo: alcaçus, 
scutellaria, atractylodes, cnidium e muitas 
outras ainda utilizadas actualmente. 

   
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• Na China muitos outros livros médicos clássicos, 
foram escritos antes da época de Cristo mas parece 
que só Shan Hai Ching sobreviveu. Escrito em 
duas partes, Shan Ching data de cerca de 250 a.C. 
e Hai Ching de 120 a.C. Ambos descrevem 250 
plantas e animais, dos quais apenas 68 são usadas 
como medicinais 47 de origem animal e 21 de 
origem vegetal incluindo a canela, angélica, 
gambir, platycodon, peônia, jujuba e outras.

   
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FITOQUÍMICA I

• A medicina tradicional chinesa utiliza 
diversos métodos para classificar as ervas 
que emprega nos seus medicamentos:
• As 4 Naturezas 
• Os 5 Sabores
• Os Meridianos 
• Na medicina chinesa actualmente utilizam­
se 50 ervas fundamentais
   
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FITOQUÍMICA I
• De acordo com as indicações anteriores as plantas podem 
ser classificadas:
• ­ segundo as suas propriedades térmicas (4 naturezas): 
quentes, mornas, frescas e frias, podendo ainda falar­se de 
uma quinta propriedade, a neutra.
• ­ segundo os cinco sabores: azedo (ácido), amargo, doce, 
picante e salgado, teoria elaborada por Chou Li em 470­
476 a.C.
• ­ segundo as quatro direcções( Meridianos): ascendente, 
descendente, circulante (flutuante) e submersão. Sistema 
de classificação geralmente atribuído a Li Tung 1180­1251 
d.C.

   
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• De acordo com a lenda, após experimentar 
várias plantas, Shen Nung, o fundador da 
Medicina Herbária chinesa, escreveu o livro 
“Shen Nung Pen Tsao Ching”. O livro 
sobrevive numa cópia feita por Tao Hung – 
Ching por volta de 500 anos d.C. e 
relaciona 365 ervas.

   
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• Duzentos anos depois, Su Ching compilou 
“Hsin Hsiu Pen Tsao”, baseado no original 
Shen Nung Pen Tsao. Contendo 850 
substâncias medicinais em 27 volumes, este 
livro, popularmente conhecido como Tang 
Pen Tsao, representa a farmacopeia mais 
antiga oficial no mundo.

   
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• O governo chinês publicou um dicionário de drogas 
herbais chinesas abrangendo 5767 tipos de 
substâncias medicinais, ainda que na realidade na 
prática clínica só são usadas regularmente cerca de 
300 ervas. É curioso que muitas das fórmulas 
utilizadas ainda hoje são as mesmas da Dinastia Han 
com pequenas alterações. Estas fórmulas magistrais 
encontradas nos livros em diversos idiomas são 
utilizadas e estudadas em quase todos os países. No 
Japão, desde 1950 que o Ministro da Saúde Japonês 
reconhece 148 dessas fórmulas como de utilidade 
pública.
   
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FITOQUÍMICA I
•  Para se fazer uma fórmula fitoterápica chinesa, é 
preciso conhecer­se as capacidades energéticas, 
curativas e sinérgicas das ervas, ou seja, a interacção 
de uma planta com as outras. Na formulação Chinesa 
existe uma erva Imperador, que vai determinar a 
acção da fórmula, as ervas Ministros, que ajudam a 
pontencializar a acção do Imperador, as ervas 
Assistentes que são necessárias para o bem­estar da 
pessoa e cuidam do estômago para que este receba a 
fórmula, e por fim as ervas Mensageiras que levam 
os princípios activos para o local necessário do 
organismo.
   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I

• O Ayurveda, também chamado de Medicina 
Indiana, é um sistema de saúde que tem 
como pilar a individualização do tratamento 
através do diagnóstico do desequilíbrio do 
paciente. Nesta abordagem, a 
Medicina Ayurvédica, não trata a doença e 
sim o desequilíbrio psicofísico, a raiz da 
patologia. 

   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I
• O Ayurveda ensina que o nosso corpo físico é 
formado pelos cinco elementos básicos da 
natureza (em sânscrito, Panchamahabhutas); estes 
elementos são expressos na nossa fisiologia 
através dos humores biológicos ou doshas. Assim, 
Vata Dosha é formado por espaço (éter) e ar; Pitta 
Dosha por fogo e água e Kapha Dosha por água e 
terra. Estes humores biológicos ou Doshas, 
quando em excesso ou deficiência, geram sinais e 
sintomas de doenças. 

   
FARMACOGNOSIA I
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• O primeiro objectivo da Medicina 
Ayurvédica é diagnosticar o desequilíbrio 
do paciente em relação aos três doshas e a 
partir daí traçar uma conduta terapêutica 
para harmonizar estes humores. Dentro das 
possíveis ferramentas terapêuticas do 
Ayurveda destaca­se a fitoterapia 
(utilização das plantas medicinais). 
   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I
• Na rica fitoterapia ayurvédica cada planta 
medicinal possui quatro importantes propriedades: 
o sabor (rasa), o efeito pós­digestivo (vipaka), a 
energia (virya) e a potência especial (prabhava). 
O Ayurveda afirma que existem seis sabores e 
cada um deles apresenta qualidades e propriedades 
medicinais importantes: doce (húmido, frio e 
pesado), ácido (úmido, quente e leve), salgado 
(úmido, quente e pesado), picante (seco, quente e 
leve), amargo (seco, frio e leve) e adstringente 
(seco ­ frio e pesado). 

   
FARMACOGNOSIA I
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• O efeito pós­digestivo, vipaka, é o que surge após 
a digestão das plantas medicinais. Segundo 
Caraka, existem apenas três a partir dos seis 
sabores: os sabores doce e salgado têm um efeito 
pós­digestivo doce, o sabor ácido apresenta após a 
digestão o mesmo sabor, ou seja, ácido e os 
sabores picante, amargo e adstringente tornam­
se picantes após a digestão.

   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I
• A terceira propriedade é a energia da planta 
medicinal, virya, que é a potência pela qual a 
acção do medicamento acontece. Virya 
literalmente quer dizer vigor, uma vez que uma 
planta sem vigor não apresenta 
propriedade medicinal. Classicamente a energia 
dos fitoterápicos é dividida em amornante (yang 
na Medicina Chinesa) e refrescante (yin na 
tradição chinesa).

   
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FITOQUÍMICA I

• A potência especial ou prabhava, ocorre quando 
duas drogas vegetais têm sabor, energia e efeito 
pós­digestivo similares, mas diferem em acção 
terapêutica, pois algumas substâncias têm 
propriedades especiais. Por exemplo, o mel tem 
sabor doce, mas não agrava a obesidade (aumento 
de Kapha no Ayurveda) quando utilizado dentro 
dos conceitos ayurvédicos. 

   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I

• Quando os médicos indianos prescrevem a 
fitoterapia, estas quatro propriedades são 
levadas em conta. Normalmente as plantas 
medicinais são utilizadas na forma de 
fitocomplexos, ou seja, fórmulas com três a 
10 plantas, às vezes mais, valendo­se do 
efeito sinérgico e complementar entre as 
várias plantas onde o todo é maior que a 
soma das partes. 
   
FARMACOGNOSIA I
FITOQUÍMICA I

• Em relação a outras  
civilizações, os gregos 
deram um contributo 
importante ao receber dos 
persas as informações que 
foram usadas por 
Hipócrates (460 a.C.­377 
a.C.) que é considerado o 
“Pai da Medicina”
   
Hipócrates
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• Foi o líder da chamada "Escola de Cós“. 
Rejeitava a superstição e as práticas 
mágicas da "saúde" primitiva, 
direccionando os conhecimentos em saúde 
no caminho científico. É muito conhecido o 
chamado “Juramento de Hipócrates”.  

   
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• Teofrasto (372 a.C.­287 
a.C.) foi sucessor de 
Aristóteles na escola 
peripatética. As suas 
actividades estenderam­se a 
todos os campos do 
conhecimento do seu 
tempo.
   
Teofrasto
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• Os seus escritos mais importantes são dois 
volumosos tratados botânicos:
– Historia plantarum (História das plantas), em 
nove livros (originalmente dez). 
– De causis plantarum (Sobre as causas das 
plantas), em seis livros (originalmente oito). 
• Estes tratados constituem a mais importante 
contribuição à ciência botânica de toda a 
antiguidade até ao Renascimento.
   
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FITOQUÍMICA I

• Pedanius Dioscorides (40 
d.C.­90 d.C) é um greco­
romano, farmacologista e 
botânico que é considerado 
o fundador da 
Farmacognosia por 
intermédio da sua obra “De 
materia medica” que é 
precursora das modernas 
farmacopeias. 
    Pedanius Dioscorides
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• Foi uma das mais influentes obras sobre ervas 
medicinais tendo sido usada desde o século I até 
ao século XVII. 
• Neste tratado são descritas mais de 600 produtos 
de origem vegetal, animal e mineral com as 
indicações do seu uso médico. Este tratado foi 
usado no ensino no mundo romano e no mundo 
árabe até finais da Idade Média.

   
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• Cláudio Galeno (131 d.C­200 
d.C.) foi médico  particular do 
Imperador Marco Aurélio a quem 
se deve formas farmacêuticas 
precursoras das que são usadas 
actualmente. As suas obras 
perderam­se mas sabe­se que 
investigou anatomia, fisiologia, 
patologia, sintomatologia e 
terapêutica. 
   
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FITOQUÍMICA I
• Durante a Idade média há uma paragem e mesmo 
um retrocesso na evolução da “Arte de Curar”, 
entrando em jogo o “obscuro” e o “maravilhoso”, 
isto é a magia. Entre os produtos vegetais mágicos 
encontra­se o visco (Druidas), mandrágora, arruda 
e até o alho (feiticeiros e bruxos).
• O esforço das Ordens Religiosas altera pouco a 
pouco esta situação porque como depositários dos 
conhecimentos greco­romanos sobre o uso de 
plantas medicinais passam a cultivá­las junto aos 
mosteiros.
   
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FITOQUÍMICA I

• A partir do século VIII da nossa era, os 
Árabes tiveram acesso a muitas plantas da 
Índia e de África, tais como o ruibarbo, o 
tamarindo, a cânfora, a noz moscada e o 
cravinho, tendo­se destacado no século  
XIII o médico árabe Ibn al­Baitar (Abu 
Muhammad  Abdallah Ibn Ahmad Ibn 
al­Baitar Dhiya al­Din al­Malaqi ), que 
morreu em 1248 em Granada.
   
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• É considerado  um dos maiores cientistas do Reino 
Muçulmano de Espanha e um dos maiores 
botânicos e farmacêuticos da Época Dourada do 
Islamismo e da Revolução Agrícola Mulçulmana.  
No seu livro “Corpus simplicium 
medicamentarium” incorpora os conhecimentos 
clássicos e a experiência árabe caracterizando 
mais de 2000 produtos, dos quais 1700 são de 
origem vegetal.
   
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• Escrever ainda a Inciclopédia  da Medicina 
Islâmica que incorpora o seu vasto conhecimento  
das plantas e dos tratamentos de várias doenças  
incluindo doenças de olhos, cabeça e ouvidos.  
• Na terapia do cancro, Ibn al­Baitar descobriu o 
mais recente tratamento com ervas a "Hindiba“. 
Após se ter experimentalmente verificado a acção 
anti­tumoral desta droga vegetal ela foi patenteada 
em  1997 por Nil Sari, Hanzade Dogan, e John K. 
Snyder. 
   
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• No Renascimento o charlatanismo e 
empirismo na Medicina e na Farmácia 
cederam lentamente à experimentação, 
tendo sido introduzidos novos fármacos 
com a chegada dos Portugueses à África, 
Índia, costas da Malásia, Brasil e China e 
dos Espanhóis, Holandeses e Ingleses à 
América do Norte e do Sul, ilhas do 
Pacífico e Japão.
   
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• Seguiam nas naus físicos e boticários que 
recolhiam toda a informação possível junto 
das populações dos países descobertos mas 
muitas vezes o segredo de Estado impedia a 
sua divulgação. Um exemplo o boticário 
português Tomé Pires que em 1516 envia 
ao rei D. Manuel I uma carta relatando a 
aplicação de muitas drogas que só foi 
descoberta 300 anos depois.
   
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FITOQUÍMICA I
• O médico judeu  português 
Garcia Avraham da Orta (1500­
1568) autor pioneiro sobre 
Botânica, Farmacologia, 
Medicina tropical e 
Antropologia, viveu na Índia. A 
obra que perpetuou o nome de 
Garcia de Orta foi o livro 
Colóquio dos simples e drogas e 
coisas medicinais da Índia, 
editado em Goa em 1563. 

   
Estátua de Garcia da Orta
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• Estuda um número aproximadamente igual 
de drogas orientais, principalmente de 
origem vegetal, como o aloés, o benjoim, a 
cânfora, a canafístula, o ópio, o ruibarbo, os 
tamarindos e muitas outras.
• Já fala da Rauwolphia serpentina uma 
espécie vegetal que só vai entrar na 
terapêutica no século XX.
   
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FITOQUÍMICA I

• A divulgação deste 
trabalho de Garcia da Orta 
é feita posteriormente pelo 
francês Jacques de l’Écluse 
conhecido por Clusius 
(1525­1609) um médico e 
botânico flamengo, um dos 
mais famosos do século 
XVI. 
   
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FITOQUÍMICA I

• Foi o criador de um dos primeiros jardins 
botânicos da Europa em Leiden e é considerado 
como um dos fundadores da horticultura. Foi 
também um dos primeiros a realizar descrições 
realmente científicas de plantas.
• Em 1601 publicou um importante tratado de 
botânica, Rariorum plantarum historia, ilustrado 
com mais de mil gravuras e onde tratou de agrupar 
as espécies pela sua afinidade.
   
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• As suas observações são notavelmente 
precisas. 
• Clusius foi sem dúvida o primeiro botânico 
a fazer descrições científicas. Também foi o 
primeiro a descrever numerosas espécies 
como o Jasmim, o Castanheiro e as Aralias. 
Também se interessou pelos Cogumelos. 

   
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• Em 1605 publicou Exoticorum libri decem onde 
tentou descrever todas as espécies exóticas, 
animais ou vegetais, que conseguiu obter. O seu 
livro descreve numerosas espécies novas, como o 
Casuar (género Casuarius), o Pinguim de 
Magalhães (Spheniscus magellanicus), vários 
papagaios (Deroptyus accipitrinus e Lorius 
garrulus), o íbis­escarlate (Eudocimus ruber), 
entre muitas outras. 
   
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• Descreveu também o Pinguinus impennis a 
partir de um especíe que recebeu em 1604 
junto com outras espécies de Henrik Højer, 
que explorou as Ilhas Feroe. Várias espécies 
vegetais, como a Ganteiana clusii e a 
Primula clusiana foram dedicadas a 
Clusius. O botânico Charles Plumier (1646­
1704) dedicou­lhe o género Clusia da 
família das Clusiaceae.  
   
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• Os Jesuitas, especialmente o 
Padre José de Anchieta, (1534­
1597) padre jesuíta espanhol, 
nascido em La Laguna em 
Tenerife, um dos fundadores 
da cidade de  São Paulo e 
declarado beato pelo papa João 
Paulo II e cognominado de 
Apóstolo do Brasil refere o uso 
da ipecacuanha e as 
propriedades cicatrizantes do 
  bálsamo da copaíba.    Padre José de Anchieta
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• Um outro Jesuita o Padre Fernão Cardim, 
português nascido em Viana do Castelo  (1549­
1625) divulgou  plantas como o jaborandi, a 
canafístula, o estramónio e o aloés.
• Pierre Pomet, um droguista francês (1658­1699) 
publicou “Histoire géneral des Drogues” que 
permitiu a entrada no período científico ao adoptar 
a classificação e descrição taxonómicas, o que 
permitiu uma identificação botânica mais precisa 
dos fármacos.
   
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• Foi a partir desta época que as 
Universidades encorajaram o estudo das 
plantas medicinais, criando jardins 
botânicos, alguns exclusivamente dedicados 
à cultura de plantas para aplicação no 
tratamento de doenças. A partir destas 
altura são aplicados produtos medicinais 
exóticos como a quina, a baunilha, as folhas 
de coca e a sénega.
   
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• Só a partir dos finais do século 
XVIII é que a Farmacognosia 
envereda pela procura sistemática, 
isolamento e determinação da 
estrutura dos constituintes activos 
dos fármacos.
• O químico farmacêutico sueco Carl 
Wilhelm Scheele (1742­1786) na 
sua farmácia de Koping obteve 
vários ácidos orgânicos, lactose e 
glicerina, todos a partir de produtos  Carl Wilhelm Scheele 
 
naturais.  
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• Descobriu ainda o oxigênio o nitrogénio e 
• outros elementos químicos, tais como bário 
(1774), cloro (1774), manganês (1774), 
molibdênio (1778) e o tungstênio (1781), assim 
como diversos compostos químicos, incluindo o 
ácido nítrico, o glicerol e o cianeto de hidrogênio 
(também conhecido como ácido prússico). Além 
disso descobriu um processo semelhante à 
pasteurização. 
   
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• Outros químicos e farmacêuticos do século XIX  
distinguiram­se pelo isolamento de várias 
substâncias tais como a narcotina a partir do ópio 
(Derosne 1803), a morfina  a partir de uma mistura 
de opiáceos (Serturner, 1816), a estricnina 
(Pelletier e Caventou, 1818),  a salicina do 
salgueiro (Lerou, 1830) que irá levar à síntese do 
ácido acetilsalicílico, a amigdalina a partir das 
amêndoas amargas (Robiquet, 1868) e a digitalina 
a partir da dedaleira (Nativelle, 1858).
   
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• Tem de se distinguir no 
isolamento de alcalóides o 
papel do médico português 
Bernardino António 
Gomes (1768­1823) que 
isolou a cinchonina a partir 
da quina, (1812) tendo sido 
pioneiro em Portugal no 
isolamento de fármacos 
 
vegetais.   Bernardino António Gomes
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• Bibliografia
• "http://pt.wikipedia.org/wiki
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• http://pt.wikipedia.org/wiki/Farmacognosia 
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• http://www.jasfarma.pt/artigo.php?publicacao=m
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Lisboa 2005

   
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PT  Química de Inositóis

   
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 Bernardino António Gomes

   

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